<div dir="ltr">Caros,<br><br>Temos o prazer de anunciar o primeiro encontro do <b>Grupo de Análise de Sobrevivência (GAS).</b> O GAS tem como objetivo  promover o intercâmbio de ideias e a colaboração entre os participantes, fomentando um ambiente para discussões de novas abordagens metodológicas na área de Análise de Sobrevivência, além de incentivar a interação entre profissionais da área e das áreas aplicadas.<br><br>Data e hora: <b>24 de maio de 2024 às 17h30</b><br><br>Local: Google meet - <font color="#0b5394"> <a href="https://meet.google.com/xjw-jjmw-yok">https://meet.google.com/xjw-jjmw-yok</a></font><br><br>Palestrante: <b>Elisângela Rodrigues - UFC Campus Itapajé - Cidacs/Fiocruz-BA</b><br><br>Título:<b> Risco de suicídio associado ao histórico familiar de suicídio consumado: um estudo de base populacional utilizando uma Coorte de 100 Milhões de Brasileiros<br></b><br>Resumo: O suicídio é um problema crítico de saúde pública global que leva a aproximadamente 700.000 mortes anualmente em todo o mundo. Apesar das tendências globais indicarem uma diminuição nas taxas de suicídio, evidências recentes destacam um aumento alarmante nas taxas de suicídio no Brasil nas últimas décadas. Particularmente dentro da unidade familiar, o agrupamento familiar de suicídio foi documentado na literatura, com alguns estudos também indicando uma associação com histórico familiar de suicídio. A exposição a um histórico familiar de suicídio pode ter um impacto dramático na saúde mental dos membros sobreviventes da família, desencadeando estresse e trauma relacionados ao luto. Estudos anteriores apresentaram limitações metodológicas, como amostras pequenas, falta de desenhos prospectivos e potenciais fatores de confusão. Para abordar essa lacuna de conhecimento, nosso objetivo foi avaliar se ter um histórico familiar de suicídio está associado ao aumento do risco subsequente de suicídio e à mortalidade por todas as causas e causas específicas entre os familiares sobreviventes no Brasil utilizando um modelo de regressão de Cox com uma variável de exposição dependente do tempo. Primeiramente identificamos o caso índice de suicídio, definido como o primeiro caso de suicídio em cada domicílio. Os indivíduos expostos foram aqueles que tiveram algum familiar vítima de suicídio (caso índice de suicídio). Indivíduos não expostos foram aqueles: (a) que nunca tiveram caso índice de suicídio; (b) ou aqueles que tiveram um caso índice de suicídio, mas foram considerados não expostos até a ocorrência do caso índice de suicídio. Nossa coorte analítica foi composta por 101.346.622 indivíduos, dos quais 48.214 morreram por suicídio, sendo 47.982 casos índice. Do total de indivíduos, 2% (n = 167.428) foram expostos em algum momento do período do estudo. Como resultados principais, observamos que um caso índice de suicídio no mesmo domicílio foi associado a um risco 4,61 maior de suicídio (HR = 4,61, IC 95% = 4,05 - 5,25). Indivíduos com histórico familiar de suicídio no mesmo domicílio apresentam um risco geral de mortalidade por todas as causas de 2,7% (HR = 1,27, IC 95% = 1,23 - 1,32). Em relação às causas específicas de mortalidade, o maior risco de mortalidade é observado por Causas Externas (HR = 1,35, IC 95% = 1,27-1,44).<br><div><br></div><div>Atenciosamente</div><div>  Agatha Rodrigues</div><div>   Vera Tomazella</div><div><br></div><div><br></div><div><img src="cid:ii_lwgdl9c80" alt="image.png" width="479" height="479"><br></div></div>