[ABE-L] Deu na Folha de São Paulo

dias em ime.unicamp.br dias em ime.unicamp.br
Qui Jun 18 10:07:16 -03 2015


Prezados(as),
 Interessante esta discussão pois releva, mesmo que superficialmente (não
há espaço numa email para algo mais profundo), a opinião das pessoas.
Importante notar que, nem o Espanhol, Francês, Alemão, Arabe, Russo, nem
mesmo o Portugues, é a língua "Universal" escrita e falada na ciência e
tecnologia em nossos dias. Durante, séculos, no ocidente, esta língua
"Universal" foi o grego, por muito mais séculos o Latin (língua morta) e
finalmente a física e matemática escrita em Frances e Alemão até a segunda
guerra mundial. Depois, sim apareceu o Ingles. Os cientistas todos,
incluindo Einstein, jamais pensaram/pensam em Ingles, apenas reportam suas
descobertas nesta lingua. Da mesma forma, assim fazem os chineses,
coreanos e japoneses. Atitude da USP é memorável e vai ajudar seus alunos
latinos de lingua Esponhola também. Parabéns USP.

abs.

Ronaldo



> Prezados,
>
> Muitos alunos estrangeiros da USP são latino-americanos. Ela poderia
> atrair
> mais "vizinhos" se passasse a ofertar disciplinas em espanhol, além de (ou
> até mais que) em inglês.
>
> Cordialmente,
> Rodrigo Bulhões
> Em 18/06/2015 08:41, "Vermelho" <vermelho2 em gmail.com> escreveu:
>
>> Penso que junto com essa iniciativa de cursos em Inglês ou outra língua
>> estrangeira (por que não?), poderíamos pensar em como melhorar os alunos
>> (inclusive os estrangeiros) no manejo da Língua Portuguesa, cada vez
>> mais
>> precário dentro das nossas escolas.
>> Como dizia João Guimarães Rosa (lembram dele?), uma forma eficiente de
>> aprender uma língua estrangeira é conhecer muito bem nossa própria
>> língua,
>> não por acaso também chamada de Língua Mãe.
>> Abraços,
>>
>>
>> Vermelho
>> F.: (21) 2501 2332 - casa
>>            2142 0473 - IBGE
>>
>> Em 18 de junho de 2015 08:38, Vermelho <vermelho2 em gmail.com> escreveu:
>>
>>> Penso que junto com essa iniciativa de cursos em Inglês ou outra língua
>>> estrangeira (por que não?), poderíamos pensar em como melhorar os
>>> alunos
>>> (inclusive os estrangeiros) no manejo da Língua Portuguesa, cada vez
>>> mais
>>> precário dentro das nossas escolas.
>>> Como dizia João Guimarães Rosa (lembram dele?), uma forma eficiente de
>>> aprender uma língua estrangeira é conhecer muito bem nossa própria
>>> língua,
>>> não por acaso também chamada de Língua Mãe.
>>> Abraços,
>>>
>>> Vermelho
>>> F.: (21) 2501 2332 - casa
>>>            2142 0473 - IBGE
>>>
>>> Em 18 de junho de 2015 08:14, Julio Stern <jmstern em hotmail.com>
>>> escreveu:
>>>
>>>>  Caro Gauss:
>>>>
>>>> Como assim?
>>>> A USP atari menos alunos estrageiros  porque eh gratuita?
>>>>
>>>> Acho este argumento dicifil de aceitar.
>>>> Mesmo porque o orcamento da USP eh muito bom.
>>>> O dinheiro eh muitas vezes mal gasto,
>>>> mas isto eh outra conversa...
>>>>
>>>> Eh verdade que muitas da melhores universidades dos USA
>>>> sao pagas, mas alunos de pos (ao menos de ciencias basicas)
>>>> costumam ter bolsa integral (tuition +TA ou RA).
>>>>
>>>> Nao tenho nada contra tornar os cursos universitarios no
>>>> Brasil pagos, mas que as decisoes de quem e o quanto paga
>>>> sejam sempre tomadas por criterios de Merito Academico!
>>>>
>>>> Todo mundo acha muito natural que a escolinha do
>>>> Corinthians escolha como seus alunos (todos bolsistas)
>>>> os meninos com mais talento para o futebol.
>>>> Todos concordam porque sabem que esta eh a forma
>>>> de formar grandes jogadores, e ter um grande time,
>>>> e ganhar os campeonatos, o que eh muito Importante!
>>>>
>>>> Todavia, na hora de pensar a universidade, as pessoas
>>>> comecam a inventar um monte de criterios alheios aa
>>>> missao da universidade...  Por que?   Porque, no fundo,
>>>> a missao da universidade NAO eh la muito importante.
>>>> Assim, da para fazer toda sorte de compromissos.
>>>>
>>>> Para mim, a missao da universidade eh prioritaria.
>>>> Mais importante ate que a da escolinha do Corinthians!
>>>> Ergo: Dentro da universidade, creio que os criterios
>>>> devam ser sempre puramente academicos.
>>>> Nada mais.
>>>>
>>>> Abraco a todos,
>>>> ---Julio Stern
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> Abraco,
>>>> ---Julio Stern
>>>>
>>>>
>>>> ------------------------------
>>>> Date: Thu, 18 Jun 2015 07:34:35 -0300
>>>> From: gauss em de.ufpe.br
>>>> To: cribari em de.ufpe.br
>>>> CC: abe-l em ime.usp.br
>>>> Subject: Re: [ABE-L] Deu na Folha de São Paulo
>>>>
>>>>
>>>> Caro Francisco,
>>>>
>>>> A iniciativa da USP deve ser aplaudida. O texto é muito bom e concordo
>>>> com todos
>>>> os pontos mas como tudo na vida tem um "porém".
>>>>
>>>> O percentual de estrangeiros na graduação da USP é realmente pequeno,
>>>> mas
>>>> esse percentual não pode ser comparado com Harvard ou qualquer
>>>> universidade
>>>> americana, pois a USP é uma instituição gratuita enquanto as
>>>> americanas
>>>> são pagas.
>>>>
>>>> Por essa razão (há bem mais de 30 anos) sou favorável a universidade
>>>> pública paga
>>>> no Brasil para aqueles que "realmente podem pagar". Alunos das
>>>> engenharias,
>>>> medicina, direito e outros cursos mais elitizados são em geral de
>>>> famílias mais
>>>> abastadas. A gratuidade poderia ser equacionada por meio do IR da
>>>> família.
>>>>
>>>>
>>>> Abs,
>>>>
>>>> Gauss
>>>>
>>>> Em 18 de junho de 2015 07:17, Francisco Cribari <cribari em de.ufpe.br>
>>>> escreveu:
>>>>
>>>> Folha de São Paulo, 18 de junho de 2015 - *EDITORIAL*
>>>>
>>>> University of São Paulo
>>>>
>>>> A USP deu um pequeno passo que poderá revelar-se precedente de
>>>> consequências gigantescas para o relativo isolamento do meio
>>>> universitário
>>>> brasileiro: autorizou suas primeiras disciplinas de graduação em
>>>> língua
>>>> estrangeira. A licença vale só para matérias optativas, mas já é um
>>>> começo.
>>>>
>>>> Não que a principal instituição superior do país não mantivesse
>>>> contatos
>>>> e vínculos com o exterior. Ela nasceu como universidade, em 1934, com
>>>> a
>>>> contribuição inestimável de uma missão francesa composta de jovens
>>>> intelectuais que ganhariam projeção mundial, como o antropólogo Claude
>>>> Lévi-Strauss (1908-2009) e o historiador Fernand Braudel (1902-1985).
>>>>
>>>> Não foram poucos, desde então, os catedráticos estrangeiros que
>>>> ajudaram
>>>> a formar brasileiros. Tampouco era incomum, até o final do século 20,
>>>> que
>>>> pesquisadores nacionais cursassem a pós-graduação em países avançados
>>>> (hoje
>>>> em dia é mais usual obter mestrado e doutorado no Brasil).
>>>>
>>>> O caminho inverso, no entanto, costuma ser pouco trilhado. A USP atrai
>>>> escassos estudantes além-fronteiras, em especial para os cursos de
>>>> graduação: apenas 1.440, segundo registro de janeiro, aí incluídos
>>>> todos os
>>>> que afluíram a ela por meio de convênios.
>>>>
>>>> Há na instituição paulista 55.451 alunos, de modo que a parcela de
>>>> estrangeiros na graduação corresponde a meros 2,6%. Em universidades
>>>> verdadeiramente internacionalizadas, como a americana Harvard, essa
>>>> proporção chega a 11%.
>>>>
>>>> Até a recente autorização, uma matéria só poderia ser oferecida na USP
>>>> em inglês, por exemplo, se apresentada também, simultânea e
>>>> inviavelmente,
>>>> em português.
>>>>
>>>> Agora, alunos brasileiros e estrangeiros passam a ter a opção de
>>>> cursar
>>>> ao menos algumas disciplinas em outra língua. Para os nacionais, surge
>>>> a
>>>> oportunidade de familiarizar-se com o vocabulário técnico e conceitual
>>>> de
>>>> sua área de especialidade em outro idioma.
>>>>
>>>> Para atrair estudantes do exterior, contudo, ainda é pouco. A USP
>>>> deveria considerar o exemplo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que
>>>> anunciou
>>>> um curso de administração todo ele dado em inglês.
>>>>
>>>> Esse passo mais ousado serviria ainda para fazer a USP ganhar pontos
>>>> em
>>>> rankings internacionais que valorizam tais iniciativas.
>>>>
>>>> O principal benefício, porém, viria da volta dos formandos para os
>>>> países de origem. Os vínculos aqui criados favoreceriam a inserção da
>>>> USP
>>>> em redes mundiais de pesquisa e o enraizamento de sua boa reputação em
>>>> solo
>>>> estrangeiro.
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