[ABE-L] Deu na Folha de São Paulo

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Qui Jun 18 18:26:25 -03 2015


Prezados colegas

Mensalidades em universidades públicas sou contra porque no caso  
brasileiro, no meu modo de ver, anularia a pesquisa, mas mesmo assim,  
vamos supor que isso fosse implementado para os mais ricos conforme  
Gauss apregoa, diria que vai acontecer é o seguinte: esse dinheiro não  
iria para as universidades e sim para o tesouro dos governos sejam  
eles federais, estaduais ou municipais para outras intenções, que não  
seria a do ensino, da mesma maneira que acontecia com a CPMF que era  
para financiar a saúde, mas que na verdade acabava desviando para  
outras fontes, e assim, é a maioria dos impostos e de outras  
arrecadações existentes no Brasil, a verdadeira fonte tende a não  
receber os recursos é sempre assim, em vista disso, para mim, sou  
obrigado a dizer que essa história da emnsalidade acabaria sendo mais  
uma falácia...

Saudações,

              Paulo Tadeu Oliveira


Citando Gauss Cordeiro <gauss em de.ufpe.br>:

> Júlio,
>
> Pagamos muitos impostos - como esses que você citou - mas eles
> não chegam às universidades federais. Com as mensalidades
> (para aqueles ricos) pelo menos os recursos arrecadados já estariam lá.
>
> O Governo Federal está financiando as universidades privadas de péssimo
> nível com essa quantidade exacerbada de bolsas.
>
> Em tempo: o ÚNICO pernambucano listado na FORBES é
> empresário do ensino que fica com uma parte dos nossos impostos.
>
> Para mim mais claro, meu caro Júlio: só as quatro equações de Maxwell.
>
> Gauss
>
> Em 18 de junho de 2015 10:40, Julio Stern <jmstern em hotmail.com> escreveu:
>
>> Caro Gauss:
>>
>> Por que nao cobrar por criterios Nao academicos?
>>
>> Sucintamente: Por principio.
>>
>> Impostos (IR, IPTU, etc) ja sao progressivos,
>> (isto eh que tem mais posses, paga mais).
>> Perfeito!  A Logica do Sistema Tributario
>> reflete a Logica do Sistema Economico.
>>
>> A Logica da Universidade eh (ou deveria ser, na
>> minha opiniao) a Logica do Sistema de Pesquisa.
>>
>> Assumo* como principio que:
>> Cada Sistema Social deve ser Autonomo, isto eh,
>> ter valores e codigos genuinamente proprios, e
>> funcionar coherentemente com este valores.
>>
>> *Na verdade, estou seguindo o sociologo e filosofo
>> Niklas Luhmann;  vide por exemplo seu livro:
>> Ecological Communication (1989). Univ.of Chicago.
>>
>> Abraco,
>> ---Julio Stern
>>
>>
>>
>>
>>
>> ------------------------------
>> Date: Thu, 18 Jun 2015 10:10:51 -0300
>> Subject: Re: [ABE-L] Deu na Folha de São Paulo
>> From: gauss em de.ufpe.br
>> To: jmstern em hotmail.com
>> CC: cribari em de.ufpe.br; abe-l em ime.usp.br
>>
>>
>> Ola Júlio,
>>
>> Não estava me referindo apenas a USP mas as federais no global que
>> não têm orçamento suficiente para cobrir as despesas básicas. Esse
>> ano está faltando recursos até para pagar o pessoal de limpeza
>> terceirizado.
>>
>> Os recursos nas federais não são mal aplicados no geral, simplesmente, eles
>> inexistem.
>>
>> Por que não cobrar dos 10% ricos que estudam de graça e poderiam
>> pagar?
>>
>> Grato.
>>
>> Abs,
>>
>> Gauss
>>
>>
>> Em 18 de junho de 2015 08:14, Julio Stern <jmstern em hotmail.com> escreveu:
>>
>>  Caro Gauss:
>>
>> Como assim?
>> A USP atari menos alunos estrageiros  porque eh gratuita?
>>
>> Acho este argumento dicifil de aceitar.
>> Mesmo porque o orcamento da USP eh muito bom.
>> O dinheiro eh muitas vezes mal gasto,
>> mas isto eh outra conversa...
>>
>> Eh verdade que muitas da melhores universidades dos USA
>> sao pagas, mas alunos de pos (ao menos de ciencias basicas)
>> costumam ter bolsa integral (tuition +TA ou RA).
>>
>> Nao tenho nada contra tornar os cursos universitarios no
>> Brasil pagos, mas que as decisoes de quem e o quanto paga
>> sejam sempre tomadas por criterios de Merito Academico!
>>
>> Todo mundo acha muito natural que a escolinha do
>> Corinthians escolha como seus alunos (todos bolsistas)
>> os meninos com mais talento para o futebol.
>> Todos concordam porque sabem que esta eh a forma
>> de formar grandes jogadores, e ter um grande time,
>> e ganhar os campeonatos, o que eh muito Importante!
>>
>> Todavia, na hora de pensar a universidade, as pessoas
>> comecam a inventar um monte de criterios alheios aa
>> missao da universidade...  Por que?   Porque, no fundo,
>> a missao da universidade NAO eh la muito importante.
>> Assim, da para fazer toda sorte de compromissos.
>>
>> Para mim, a missao da universidade eh prioritaria.
>> Mais importante ate que a da escolinha do Corinthians!
>> Ergo: Dentro da universidade, creio que os criterios
>> devam ser sempre puramente academicos.
>> Nada mais.
>>
>> Abraco a todos,
>> ---Julio Stern
>>
>>
>>
>> Abraco,
>> ---Julio Stern
>>
>>
>> ------------------------------
>> Date: Thu, 18 Jun 2015 07:34:35 -0300
>> From: gauss em de.ufpe.br
>> To: cribari em de.ufpe.br
>> CC: abe-l em ime.usp.br
>> Subject: Re: [ABE-L] Deu na Folha de São Paulo
>>
>>
>> Caro Francisco,
>>
>> A iniciativa da USP deve ser aplaudida. O texto é muito bom e concordo com
>> todos
>> os pontos mas como tudo na vida tem um "porém".
>>
>> O percentual de estrangeiros na graduação da USP é realmente pequeno, mas
>> esse percentual não pode ser comparado com Harvard ou qualquer universidade
>> americana, pois a USP é uma instituição gratuita enquanto as americanas
>> são pagas.
>>
>> Por essa razão (há bem mais de 30 anos) sou favorável a universidade
>> pública paga
>> no Brasil para aqueles que "realmente podem pagar". Alunos das engenharias,
>> medicina, direito e outros cursos mais elitizados são em geral de famílias
>> mais
>> abastadas. A gratuidade poderia ser equacionada por meio do IR da família.
>>
>>
>> Abs,
>>
>> Gauss
>>
>> Em 18 de junho de 2015 07:17, Francisco Cribari <cribari em de.ufpe.br>
>> escreveu:
>>
>> Folha de São Paulo, 18 de junho de 2015 - *EDITORIAL*
>>
>> University of São Paulo
>>
>> A USP deu um pequeno passo que poderá revelar-se precedente de
>> consequências gigantescas para o relativo isolamento do meio universitário
>> brasileiro: autorizou suas primeiras disciplinas de graduação em língua
>> estrangeira. A licença vale só para matérias optativas, mas já é um começo.
>>
>> Não que a principal instituição superior do país não mantivesse contatos e
>> vínculos com o exterior. Ela nasceu como universidade, em 1934, com a
>> contribuição inestimável de uma missão francesa composta de jovens
>> intelectuais que ganhariam projeção mundial, como o antropólogo Claude
>> Lévi-Strauss (1908-2009) e o historiador Fernand Braudel (1902-1985).
>>
>> Não foram poucos, desde então, os catedráticos estrangeiros que ajudaram a
>> formar brasileiros. Tampouco era incomum, até o final do século 20, que
>> pesquisadores nacionais cursassem a pós-graduação em países avançados (hoje
>> em dia é mais usual obter mestrado e doutorado no Brasil).
>>
>> O caminho inverso, no entanto, costuma ser pouco trilhado. A USP atrai
>> escassos estudantes além-fronteiras, em especial para os cursos de
>> graduação: apenas 1.440, segundo registro de janeiro, aí incluídos todos os
>> que afluíram a ela por meio de convênios.
>>
>> Há na instituição paulista 55.451 alunos, de modo que a parcela de
>> estrangeiros na graduação corresponde a meros 2,6%. Em universidades
>> verdadeiramente internacionalizadas, como a americana Harvard, essa
>> proporção chega a 11%.
>>
>> Até a recente autorização, uma matéria só poderia ser oferecida na USP em
>> inglês, por exemplo, se apresentada também, simultânea e inviavelmente, em
>> português.
>>
>> Agora, alunos brasileiros e estrangeiros passam a ter a opção de cursar ao
>> menos algumas disciplinas em outra língua. Para os nacionais, surge a
>> oportunidade de familiarizar-se com o vocabulário técnico e conceitual de
>> sua área de especialidade em outro idioma.
>>
>> Para atrair estudantes do exterior, contudo, ainda é pouco. A USP deveria
>> considerar o exemplo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou um
>> curso de administração todo ele dado em inglês.
>>
>> Esse passo mais ousado serviria ainda para fazer a USP ganhar pontos em
>> rankings internacionais que valorizam tais iniciativas.
>>
>> O principal benefício, porém, viria da volta dos formandos para os países
>> de origem. Os vínculos aqui criados favoreceriam a inserção da USP em redes
>> mundiais de pesquisa e o enraizamento de sua boa reputação em solo
>> estrangeiro.
>>
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