[ABE-L] Polêmica sobre pesquisa estatística da FEE

Richard Santos jamesrichardsantos em gmail.com
Qua Maio 13 15:55:40 -03 2015


Na estatística, vejo um cenário bom, para todos os lados, pois:
há o R como excelente opção, além de Python, Julia, etc. E como
proprietário para quem tem preferência pessoal por outras linguagens, como
SAS e SPSS, Ou seja, não há dependência, nem do software proprietário, pois
há opções de código aberto, e nem do software livre (que tem seus contras e
todo mundo não é obrigado a preferir), pois há opções de software
proprietário.
Acho que um cenário bom, pelo menos, para os estatísticos. Aceito estudos
de softwares proprietários e livres, não acho que tem que ser de um nem de
outro, acho melhor poder optar.
Att.
Richard

Em 13 de maio de 2015 15:50, Richard Santos <jamesrichardsantos em gmail.com>
escreveu:

> A discussão código aberto X software proprietário é uma questão rica,
> interessante e está em todas as áreas.
> Na computação se discute softwares proprietários versus aberto em software
> de banco de dados, de mapas geo, e outros, também há na engenharia, etc. Na
> estatística do mesmo jeito, não poderia deixar de ter.
> Vejo o pessoal discutindo aspectos como:
> - já há software livre bom e confiável o suficiente para substituir o
> software proprietário, mas, essa situação ainda não é consolidado para a
> maioria. Porque, o software livre ainda tem pouco tempo de desenvolvimento
> com relação ao software proprietário, assim, ainda leva mais tempo para, em
> algumas áreas, o software livre chegar à completude e à confiança de um
> software proprietário. Em banco de dados ainda não há consenso, e em mapa
> geo o pessoa já apresenta o software livre de mapas, o melhor livre,
> quantumgis, falando: "bom, pessoal, este é o excelente software livre de
> mapas, erros, todos sabemos que por ser  um software livre vai ter, pq
> ainda não está totalmente aperfeiçoado, etc etc". Você vê isso também no
> pouco uso da versão livre do MS Office, pq não usa muito mais o BR Office,
> para coisas mais simples como planilha e em edição de texto, se software
> livre é tão bom???
> - se der problema, você não tem nem como cobrar, porque o software não foi
> pago, não temo como ir para a justiça cobrando.
> Na estatística o R parece ser parelho com o SAS, mas vai ver o PSPP, nem
> consigo abrir o Excel nele que dá erro.
> Essa discussão de software livre e proprietário é bem rica e interessante,
> e tende a ficar mais no futuro. :-)
> Abçs.
> Att.
> Richard
>
>
>
> Em 13 de maio de 2015 15:39, Julio Stern <jmstern em hotmail.com> escreveu:
>
>> >>> O código eu acrescentaria SAS e SPSS,
>>
>> Eu nao.
>> Sciencia aberta nao pode depender de
>> licencas comerciais, com politicas de precificacao
>> discriminarorias contra paises do 3o mundo.
>> Sciencia aberta ===>>> Codigo aberto,
>> + plataformasd GPL = GNU Licence.
>> O resto eh lixo.
>> ---Julio Stern
>>
>>
>> ------------------------------
>> Date: Wed, 13 May 2015 14:30:47 -0300
>>
>> Subject: Re: [ABE-L] Polêmica sobre pesquisa estatística da FEE
>> From: jamesrichardsantos em gmail.com
>> To: jmstern em hotmail.com
>> CC: abe-l em ime.usp.br; marchesilopes em hotmail.com
>>
>> Caro Julio,
>> Dados são apenas dados, concordo, mas assim creio que os dados possam ser
>> usados para confirmar teorias.
>> Concordo que todo estudo tem que ter os pontos que você citou. A tradução
>> da hipótese no modelo usado é importante, pois é preciso ter tanto a
>> justificativa teórica quanto estatística para o modelo.
>> O código eu acrescentaria SAS e SPSS, que também tem opção de
>> programação, como o R, e tem os métodos estatísticos que o R tem (mais o
>> SAS), as interações que o R possibilita (big data, python, odbc, etc),
>> macros, execução batch, funções de manuseio de bases de dados, etc.
>> Att.
>> Richard
>>
>> Em 13 de maio de 2015 14:21, Richard Santos <jamesrichardsantos em gmail.com
>> > escreveu:
>>
>> Caros,
>> E, acrescento, eles dão as médias calculadas, para comparar, mas, também,
>> fazem um modelo de análise multivariada para estudar o que explica as
>> diferenças entre os salários.
>>
>> Em 13 de maio de 2015 12:04, Richard Santos <jamesrichardsantos em gmail.com
>> > escreveu:
>>
>> Mas eu comecei a ler o relatório, eles usam os dados da PNAD mesmo, kkk,
>> além da rais e da PME. Também falam em escolaridade, etc. Eh uma analise de
>> dados do ibge e do mte. Pelo visto ja fazem parecido com o que falei.
>> Em 13/05/2015 11:58, "Richard Santos" <jamesrichardsantos em gmail.com>
>> escreveu:
>>
>> Media salarial eh uma estimativa, minha hipótese eh que esta variável que
>> estah na pesquisa da PNAD do IBGE tem uma amostra probabilística com menor
>> margem de erro e maior representatividade (mais de 150 mil domicílios) do
>> que a pesquisa em questão. Assim, a estimativa da PNAD poderia ate validar
>> a estimativa da pesquisa. No caso o estimador de uma estatística, nao deve
>> ter modelo ou teste de hipótese, a comparação foi entre medias simples.
>> Contudo estudo de mercado de trabalho eu faria desagregando por grau/area
>> de formação e tipo de cargo, nao só no global, e preferiria usar a mediana
>> do que a media.
>> Em 13/05/2015 11:35, "Julio Stern" <jmstern em hotmail.com> escreveu:
>>
>>
>> Caro Richard:
>>
>> O assunto em tela (sobre o mercado de trabalho) eh interessante,
>> toca en questoes eticas relevantes, e merece atencao.
>> No entanto, nao tem sentido analisar a questao
>> "comparando dados".
>> Dados sao (apenas e tao somente) dados.
>> Pela sua mensagem, creio que voce tem algo a me dizer.
>> O que exatamente?
>>
>> Que hipotese voce quer demonstrar?
>> Por favor, esclareca:
>> (1) Que dado voce esta utilizando?
>> (de preferencia acessiveis em um repositorio publico)
>> (2) Qual eh o model estatistico que voce implementou?
>> (3) Qual sua hipotese, nos 2 sentidos seguintes:
>>       (3a) Qual a interpretacao desta hipotese?
>>       (3b) Qual a traducao (formulacao) desta hipotese
>>                dentro do seu modelo estatistico?
>> (4) Como vice testou esta hipotese?
>> (5) A que conclusoes voce chegou?
>> (6) Onde esta o codigo (R, Octave, Python, etc)
>> para que eu possa comprovar suas conclusoes?
>>
>> Interessado em ouvir seus argumentos,
>> ---Julio Stern
>>
>> ------------------------------
>> Date: Wed, 13 May 2015 10:51:31 -0300
>> Subject: Re: [ABE-L] Polêmica sobre pesquisa estatística da FEE
>> From: jamesrichardsantos em gmail.com
>> To: jmstern em hotmail.com
>> CC: abe-l em ime.usp.br; marchesilopes em hotmail.com
>>
>> Compara com os dados da PNAD.
>> Em 13/05/2015 10:43, "Julio Stern" <jmstern em hotmail.com> escreveu:
>>
>>
>>
>> Em 1890, o filosofo Gottfried Wilhelm Leibniz ja dizia:
>>
>> ``...quando orientur controversiae, non magis disputatione opus
>> erit inter duos philosophos, quam inter duos computistas.
>> Sufficiet enim calamos in manus sumere sedereque ad abacos,
>> et sibi mutuo (accito si placet amico) dicere: calculemus.''
>>
>> ``... quando houver controversias, nao havera mais necessidade
>> de querelas entre dois  filosofos  que entre dois contadores.
>> Bastara que tomem seus computadores e digam cordialmente
>> um ao outro: Calculemos!''
>>
>> Claro estah que, para tanto, os doutos filosofos precisam dominar
>> o calculo relevante, a saber, hoje, Estatistica (Bayesiana, eh obvio).
>>
>> Que os verdadeiros filosofos exponham seus dados e suas hipotheses,
>> proponham seus modelos, e justifiquem suas conclusoes.
>>
>> Aos demais, restam os recursos dos pitis e chiliquinhos...
>>
>> ---Julio Stern
>>
>> ------------------------------
>> From: marchesilopes em hotmail.com
>> To: abe-l em ime.usp.br
>> Date: Wed, 13 May 2015 13:00:43 +0000
>> Subject: [ABE-L] Polêmica sobre pesquisa estatística da FEE
>>
>> Prezados,
>>
>> Não sei se vocês estão a par da polêmica envolvendo a pesquisa da FEE
>> (Fundação de Economia e Estatística do RS) denominada “Relatório sobre o
>> mercado de trabalho do Rio Grande do Sul — 2001-13”.
>>
>> O relatório foi elaborado pelos pesquisadores Guilherme Stein e Vanessa
>> Neumann Sulzbach (Economistas) e pela Pesquisadora Mariana Bartels
>> (Estatística).
>>
>> A polêmica gira em torno do fato de que a pesquisa concluiu que as
>> mulheres brasileiras ganham 20% menos que os homens, mas só 7% não podem
>> ser explicados pela diferença de produtividade. Esta conclusão, por
>> contrariar algumas teses ideológicas, fez com que surgissem uma série de
>> ofensas contra os pesquisadores, além de pedidos de demissão de Diretores
>> da FEE.
>>
>> Em razão desta série de críticas de cunho ideológico, 135 economistas, a
>> maioria mestres e doutores, muitos de renome nacional e internacional, como
>> Gustavo Franco e Gustavo Loyola, ex-Presidentes do Banco Central, emitiram
>> um manifesto em defesa dos pesquisadores e considerando a metodologia
>> estatística e econômica utilizada por eles como adequada.
>>
>> Para quem se interessar sobre o assunto, segue o “Manifesto de apoio aos
>> pesquisadores da FEE, à própria instituição e a seu presidente” assinado
>> pelos economistas: https://sites.google.com/site/manifestoeconomistasrs/
>>
>> E aqui segue o link da pesquisa:
>> http://www.fee.rs.gov.br/wp-content/uploads/2015/04/20150504relatorio-sobre-o-mercado-de-trabalho-do-rio-grande-do-sul-2001-13.pdf
>>
>> Abraços,
>>
>> --
>> Gabriel Afonso Marchesi Lopes
>> Atuário MTb/MIBA nº 2.068
>> Estatístico CONRE/4ª Região nº 9.765
>> Pós-graduado em Perícia e Auditoria - NECON/UFRGS
>> Telefone: (0xx51) 9727.2524
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