[ABE-L] Fwd: FW: HOJE: Seminário Acadêmico de Economia com Flavio A. Ziegelmann da UFRGS, dia 31/05 às 12h, sala Paulo Renato de Souza - 2º andar

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Ter Maio 31 09:18:17 -03 2016


Prezados colegas

Quando falei a voce que esse governo pode prejudicar muito as minorias  
como , por exemplo, pessoas com deficiência, veja o que acabo de  
receber de uma das listas que participo sobre esse assunto de um  
problema que ocorreu em São Paulo

Um golpe contra as pessoas com deficiência
Publicado por Lucia Maria em 30 de maio de 2016
Daniela é moradora de uma comunidade na periferia de São Paulo. Há  
coisa de duas semanas, ela e o irmão voltavam a pé de uma festa por  
volta de uma da manhã quando foram abordados por policiais militares.  
O rapaz, que utiliza muletas por conta de uma deficiência de nascença,  
foi interrogado aos gritos de “tá aleijado por quê? Tomou tiro onde?”,  
enquanto era revistado com tamanha agressividade que perdeu o  
equilíbrio e caiu. Ao tentar ajudá-lo a se levantar, pedindo aos  
policiais que fossem embora porque eles não eram bandidos, mandaram  
que calasse a boca e ainda foi chamada de “piranha” porque usava  
vestido curto e salto. Amparando o irmão, que gemia de dor, foi  
chorando para casa.

Ela falou de sua revolta, de como os pobres sempre foram  
desconsiderados e humilhados, que a discriminação é ainda maior por  
serem negros e já constatou que a violência policial aumentou nos  
últimos tempos. “Eles ‘cresceram’ em cima da gente, estão pouco se  
lixando se vai ter denúncia ou não”, concluiu.

Os pobres sempre viveram em um estado de exceção, expropriados de seus  
direitos. Se a diferença, agora, é que todos estamos no mesmo barco, a  
coisa é muito pior para quem não tem dinheiro, não é jovem, branco, de  
classe média, nem heterossexual e sem deficiência. Se as instâncias  
que deveriam cumprir as leis agem ilegalmente com presidenta e  
ex-presidente, o que não farão com o cidadão comum? Estamos nas mãos  
de um governo ilegítimo, autoritário, corrupto, retrógrado e  
entreguista, que busca apenas implementar seu projeto de poder,  
garantindo privilégios e sua própria impunidade à custa da destruição  
de direitos sociais e trabalhistas, muitos deles conquistados a  
duríssimas penas.

O vazamento dos áudios que comprovam que o objetivo da farsa do  
impeachment de Dilma era somente impedir a continuidade da Lava-Jato,  
que os atingiria em cheio, não deixa dúvidas quanto à definição: foi e  
continua sendo um gol-pe, golpe parlamentar, golpe da toga ou golpe  
branco, denunciado pelos mais importantes jornais do mundo. O esgoto  
vem à tona mais e mais todos os dias porque essa gente já não se dá  
nem mesmo ao trabalho de fingir que cumpre a lei. É um perverso jogo  
de cartas marcadas que começou há anos, embora previsível para aqueles  
que sabem que informação confiável deve ser obtida em outras fontes  
que não a mídia tradicional – infelizmente, a única à qual milhões e  
milhões de brasileiros têm acesso.

Mas, vamos voltar à Daniela. Aqui, o que chama atenção em seu relato  
não é apenas o fato em si, não menos importante, mas bem mais leve do  
que os inúmeros episódios diários de violação de direitos de  
populações vulneráveis. O que chama atenção é, principalmente, o  
silêncio de seu irmão. Os dois têm quase a mesma idade, os dois são  
universitários, os dois namoram, se divertem e participam de  
movimentos sociais de luta por direitos. Por que é que somente ela  
contou a história? Talvez, pelo mesmo motivo pelo qual não vimos um  
único documento, uma única reação, uma única nota que fosse de  
indignação ou repúdio de movimentos de pessoas com deficiência a um  
golpe contra a democracia brasileira, orquestrado pelo Legislativo,  
pelo Judiciário, pela mídia. Nenhuma menção nem mesmo a este Congresso  
repulsivo, formado por uma maioria hipócrita e oportunista, um bando  
de Odoricos Paraguaçus, alguns sociopatas e outros tantos falsos  
moralistas de carteirinha que o país, chocado, conheceu de repente.

Para não dizer que a coisa passou totalmente em branco, houve um  
manifesto circulando nas redes exigindo a volta da Secretaria Nacional  
de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Apesar de ter sido  
criada com a melhor das intenções, sejamos sinceros: em que é que esta  
secretaria melhorou a vida de quem tem deficiência? De tudo o que se  
propôs, não fez outra coisa senão transitar entre a omissão absoluta e  
a submissão ao assistencialismo. E só.

Eis algumas opiniões de leigos consultados pelo blog sobre a ausência  
de manifestações de quem tem deficiência: “Ah, eles não devem ter uma  
opinião mesmo…”; “Coitados, não têm preparo nenhum, não devem nem  
ficar sabendo…”; ou “Mas, o que eles podem fazer? Tem que perguntar  
para a família ou para a instituição que cuida deles!”. E essa: “Vai  
ver que apoiam, por isso estão quietos!”. Pode ser. Concordando ou  
discordando, o silêncio do segmento apenas reforça o preconceito de  
que pessoas com deficiência são incapazes e precisam de tutela.  
Continuam invisíveis. São excluídas até mesmo dos discursos de  
ativistas de direitos humanos, que com frequencia dizem:…”Negros,  
mulheres, população LGBT, índios etc”. Quarenta e cinco milhões de  
pessoas no país reduzidas a um… etc. Como dizem alguns dos próprios  
gestores de secretarias da deficiência, enquanto não se mobilizarem na  
luta por seus direitos, nada vai mudar.

Tempos sombrios, estes que estamos vivendo. E pode piorar muito. A boa  
notícia é uma resistência como nunca houve antes: dos movimentos  
organizados nas periferias aos coletivos feministas em escolas de  
elite das grandes cidades, tem sido enorme o número de manifestações e  
manifestantes em todo o país na luta pela democracia. Faltam somente  
as vozes da deficiência. E, quem sabe um dia, alguém com a ética e a  
coragem de um Jean Wyllys (eleito ano passado pelo britânico The  
Guardian uma das 50 personalidades que mais lutam pela diversidade em  
todo o mundo) para que realmente sejam representadas no Congresso.

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twitter: @OutrosOlharesAD

Saudações,

                 Paulo tadeu Oliveira
Citando Hedibert Lopes <hedibert em gmail.com>:

> From: Insper - Seminários Acadêmicos <seminariosacademicos em insper.edu.br>
> Date: Friday, May 20, 2016 at 11:17 AM
> To: Insper - Seminários Acadêmicos <seminariosacademicos em insper.edu.br>
> Subject: HOJE: Seminário Acadêmico de Economia com Flavio A. Ziegelmann da
> UFRGS, dia 31/05 às 12h, sala Paulo Renato de Souza - 2º andar
>
>
> *Dynamic Copulas and Market Risk Forecasting*
>
> *Palestrante:*
>
> Flavio A. Ziegelmann
> UFRGS
>
> In this talk we propose forecasting portfolio market risk measures, such as
> Value at Risk (VaR) and Expected Shortfall (ES), via dynamic copula
> modelling. For that we describe several dynamic copula models, from naive
> ones to complex factor copulas. The last are able to tackle the curse of
> dimensionality whereas simultaneously introducing a high level of
> complexity into the model. We start with bi-dimensional copulas, then go to
> vine copulas when increasing moderately the dimension and finally jump to
> factor copulas for high dimensional portfolios. In the factor copula case
> we allow different levels of flexibility for the dependence parameters
> which are driven by a GAS (Generalized Autorregressive Scores) model. Along
> the talk, we show some numerical analyses for both simulated and real data
> sets.
>
> *Data:*
>
> 31 de maio de 2016 (terça-feira)
>
> *Horário:*
>
> 12h
>
> *Local:*
>
> *Campus* Insper
> Rua Quatá, 300 - Vila Olímpia
> Sala Paulo Renato de Souza – 2º andar





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