<div dir="ltr"><div class="gmail_quote"><div dir="ltr"><div>Oi Marcelo e Basilio<span class=""><br><br><br>"Eu nunca utilizaria um teste de hipótese clássico para concluir pela 
aceitação de qualquer destas alternativas, porque este tipo de conclusão
 não teria uma medida de probabilidade associada neste tipo de 
abordagem, e isto seria um tipo de conclusão equivocada a partir de um 
teste clássico, a qual alguns livros inclusive ensinam erradamente."<br><br></span></div><div>Se você considerar  que essas três possibilidades são exaustivas e mutuamente exclusivas, então poderá criar um procedimento de decisão clássico para aceitar uma das hipóteses. Não precisa ter medida de probabilidade para cada uma das três possibilidades. Um teste mais simples seria o de Neyman-Person com apenas duas possibilidades, pode-se escolher o alpha que torne o erro tipo II mínimo e aceitar se for o caso. Alias, Neyman fala em aceitação e rejeição de hipóteses quem diz para não aceitar é Fisher. A filosofia de ambos eram diferentes, pois Fisher nunca considerou o universo de possibilidades fechado. Aparentemente Neyman "concordou" que não era bem "aceitação incondicional" que ele se referia nos artigos. Nós estatísticos estamos acostumados a falar: "não há evidências para rejeitar H0 ao nível de significância especificado" apenas porque nossos professores repetiram isso. Tecnicamente não há problemas em usar o procedimento de Neyman-Pearson para aceitar uma hipótese, o problema é conceitual:<br><br></div><div>As três possibilidades <b>não são exclusivas nem exaustivas</b>. Não parece ser coerente fechar este espaço de possibilidades, pois existem muitas outras possibilidades que não foram listadas e provavelmente não podem ser explicitadas completamente. Portanto, para definir qualquer priori sobre essas três simples possibilidades seria necessário desconsiderar toda a complexidade inerente ao nosso sistema de geração de conhecimento/entendimento.<br><br></div><div>O mesmo ocorre com <b>QUAISQUER</b> testes de hipóteses estatísticos: a hipótese alternativa H1 é conceitualmente diferente da negação da hipótese nula H0, ou melhor nenhuma lista de hipóteses exclusivas H1,H2, ..., Hp podem ser consideradas exaustivas sem esbarrar em problemas conceituais. Quando o estatístico define uma priori "pi" tal que pi(H0 ou H1) = 1 está assumindo que H1 é a negação de H0 ou que o espaço analisado é tal que isso seja satisfeito. As decisões utilizando esse tipo de procedimento estará tão equivocada quanto rejeitar a hipótese quando p< 0.05 (ou equivocadamente aceitar quando p> 0.05). Note que sempre é possível criar outras hipóteses H0' e H1' em um universo de possibilidades <b>maior</b> em que sua decisão poderá ser diferente utilizando os mesmos dados.<br><br></div><div><br></div><div><br><br></div><br></div><div class="gmail_extra"><br><div class="gmail_quote">2015-04-16 19:41 GMT-03:00 Marcelo Rubens dos Santos do Amaral <span dir="ltr"><<a href="mailto:mrubens@ime.uerj.br" target="_blank">mrubens@ime.uerj.br</a>></span>:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div><div class="h5"><div class="gmail_quote">Em 16/04/2015 19:02, "Marcelo Rubens dos Santos do Amaral" <<a href="mailto:mrubens@ime.uerj.br" target="_blank">mrubens@ime.uerj.br</a>> escreveu:<br type="attribution"><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><p dir="ltr">Identifico algumas hipóteses para estas posições que preferem comodamente tentar eliminar as alternativas ou o contraditório do que refletir sobre eles:</p>
<p dir="ltr">1) Entende do assunto mas discorda dele e acha que a alternativa ou o contraditório são piores;</p>
<p dir="ltr">2) Acha que entende, mas pelo entendimento equivocado que tem considera-o errado;</p>
<p dir="ltr">3) Não entende e nem quer entender porque já fez uma escolha prévia.</p>
<p dir="ltr">Eu nunca utilizaria um teste de hipótese clássico para concluir pela aceitação de qualquer destas alternativas, porque este tipo de conclusão não teria uma medida de probabilidade associada neste tipo de abordagem, e isto seria um tipo de conclusão equivocada a partir de um teste clássico, a qual alguns livros inclusive ensinam erradamente. Se os professores e livros ensinassem, como seria o correto, a interpretar testes clássicos com frases do tipo "não há evidências empíricas para se rejeitar a hipótese nula ao nível de significância especificado" quando um p-valor é maior que o nível de significância, acho que este tipo de confusão,  que é comum de fato, poderia diminuir.</p>
<p dir="ltr">Pela leitura rápida que fiz do artigo me parece que o autor encontra-se em uma destas alternativas ou ainda entende do assunto mas faz uso de uma interpretação e análise corriqueiramente errada com a intenção de defender a eliminação do contraditório.</p>
<p dir="ltr">Em geral desconfio de posições fundamentalistas. Considero que tem espaço para análises frequentistas e bayesianas nas aplicações reais. Em que pese haver situações em que algumas alternativas são mais indicadas que outras em situações reais, sou contra pretender escolher uma em detrimento de outra como regra geral.</p>
<p dir="ltr">Abçs,  Marcelo Rubens</p>
</blockquote></div>
<br></div></div><span class="">_______________________________________________<br>
abe mailing list<br>
<a href="mailto:abe@lists.ime.usp.br" target="_blank">abe@lists.ime.usp.br</a><br>
<a href="https://lists.ime.usp.br/mailman/listinfo/abe" target="_blank">https://lists.ime.usp.br/mailman/listinfo/abe</a><br>
<br></span></blockquote></div><br></div>
</div><br></div>