<div dir="ltr">Ola Júlio,<div><br></div><div>Não estava me referindo apenas a USP mas as federais no global que</div><div>não têm orçamento suficiente para cobrir as despesas básicas. Esse</div><div>ano está faltando recursos até para pagar o pessoal de limpeza terceirizado. </div><div><br></div><div>Os recursos nas federais não são mal aplicados no geral, simplesmente, eles</div><div>inexistem. </div><div><br></div><div>Por que não cobrar dos 10% ricos que estudam de graça e poderiam <br></div><div>pagar? </div><div><br></div><div>Grato.</div><div><br></div><div>Abs,</div><div><br></div><div>Gauss</div><div><br></div></div><div class="gmail_extra"><br><div class="gmail_quote">Em 18 de junho de 2015 08:14, Julio Stern <span dir="ltr"><<a href="mailto:jmstern@hotmail.com" target="_blank">jmstern@hotmail.com</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
<div><div dir="ltr">
<div dir="ltr">Caro Gauss: <div><br></div><div>Como assim? </div><div>A USP atari menos alunos <span style="font-size:12pt">estrageiros</span><span style="font-size:12pt"> </span><span style="font-size:12pt">porque eh gratuita? </span></div><div><br></div><div>Acho este argumento dicifil de aceitar. </div><div>Mesmo porque o orcamento da USP eh muito bom. </div><div>O dinheiro eh muitas vezes mal gasto, </div><div>mas isto eh outra conversa... </div><div><br></div><div>Eh verdade que muitas da melhores universidades dos USA </div><div>sao pagas, mas alunos de pos (ao menos de ciencias basicas) </div><div>costumam ter bolsa integral (tuition +TA ou RA). </div><div><br></div><div>Nao tenho nada contra tornar os cursos universitarios no </div><div>Brasil pagos, mas que as decisoes de quem e o quanto paga </div><div>sejam sempre tomadas por criterios de Merito Academico! <span style="font-size:12pt"> </span></div><div><br></div><div>Todo mundo acha muito natural que a escolinha do </div><div>Corinthians escolha como seus alunos (todos bolsistas) </div><div><span style="font-size:12pt">os meninos com mais talento para o futebol. </span></div><div><span style="font-size:12pt">Todos concordam porque sabem que esta eh a forma </span></div><div><span style="font-size:12pt">de formar grandes jogadores, e ter um grande time, </span></div><div><span style="font-size:12pt">e ganhar os campeonatos, o que eh muito Importante! </span></div><div><span style="font-size:12pt"><br></span></div><div><span style="font-size:12pt">Todavia, na hora de pensar a universidade, as pessoas </span></div><div><span style="font-size:12pt">comecam a inventar um monte de criterios alheios aa </span></div><div><span style="font-size:12pt">missao da universidade... Por que? Porque, no fundo, </span></div><div><span style="font-size:12pt">a missao da </span><span style="font-size:12pt">universidade NAO eh la muito importante. </span></div><div><span style="font-size:12pt">Assim, da para fazer toda sorte de compromissos. </span></div><div><span style="font-size:12pt"> </span></div><div><span style="font-size:12pt">Para mim, a missao da universidade eh prioritaria. </span></div><div><span style="font-size:12pt">Mais importante ate que a da escolinha do Corinthians! </span></div><div><span style="font-size:12pt">Ergo: Dentro da universidade, creio que os criterios </span></div><div><span style="font-size:12pt">devam ser sempre puramente academicos. </span></div><div><span style="font-size:12pt">Nada mais. </span></div><div><span style="font-size:12pt"><br></span></div><div><span style="font-size:12pt">Abraco a todos, </span></div><div><span style="font-size:12pt">---Julio Stern </span></div><div><span style="font-size:12pt"><br></span></div><div><span style="font-size:12pt"> </span></div><div><br></div><div>Abraco, </div><div>---Julio Stern </div><div><br><br><div><hr>Date: Thu, 18 Jun 2015 07:34:35 -0300<br>From: <a href="mailto:gauss@de.ufpe.br" target="_blank">gauss@de.ufpe.br</a><br>To: <a href="mailto:cribari@de.ufpe.br" target="_blank">cribari@de.ufpe.br</a><br>CC: <a href="mailto:abe-l@ime.usp.br" target="_blank">abe-l@ime.usp.br</a><br>Subject: Re: [ABE-L] Deu na Folha de São Paulo<div><div class="h5"><br><br><div dir="ltr">Caro Francisco, <div><br></div><div>A iniciativa da USP deve ser aplaudida. O texto é muito bom e concordo com todos </div><div>os pontos mas como tudo na vida tem um "porém".</div><div><br></div><div>O percentual de estrangeiros na graduação da USP é realmente pequeno, mas </div><div>esse percentual não pode ser comparado com Harvard ou qualquer universidade</div><div>americana, pois a USP é uma instituição gratuita enquanto as americanas </div><div>são pagas. </div><div><br></div><div>Por essa razão (há bem mais de 30 anos) sou favorável a universidade pública paga</div><div>no Brasil para aqueles que "realmente podem pagar". Alunos das engenharias,</div><div>medicina, direito e outros cursos mais elitizados são em geral de famílias mais</div><div>abastadas. A gratuidade poderia ser equacionada por meio do IR da família. </div><div><br></div><div><br></div><div>Abs,<br></div><div><br></div><div>Gauss</div></div><div><br><div>Em 18 de junho de 2015 07:17, Francisco Cribari <span dir="ltr"><<a href="mailto:cribari@de.ufpe.br" target="_blank">cribari@de.ufpe.br</a>></span> escreveu:<br><blockquote style="border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div dir="ltr">Folha de São Paulo, 18 de junho de 2015 - <u>EDITORIAL</u> <br><br><h1 style="font-weight:300;font-style:normal;font-variant:normal;font-stretch:normal;font-size:45px;line-height:47px;font-family:folhaii-heavy,serif;color:rgb(0,0,0)">University of São Paulo</h1><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">A USP deu um pequeno passo que poderá revelar-se precedente de consequências gigantescas para o relativo isolamento do meio universitário brasileiro: autorizou suas primeiras disciplinas de graduação em língua estrangeira. A licença vale só para matérias optativas, mas já é um começo.</p><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">Não que a principal instituição superior do país não mantivesse contatos e vínculos com o exterior. Ela nasceu como universidade, em 1934, com a contribuição inestimável de uma missão francesa composta de jovens intelectuais que ganhariam projeção mundial, como o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908-2009) e o historiador Fernand Braudel (1902-1985).</p><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">Não foram poucos, desde então, os catedráticos estrangeiros que ajudaram a formar brasileiros. Tampouco era incomum, até o final do século 20, que pesquisadores nacionais cursassem a pós-graduação em países avançados (hoje em dia é mais usual obter mestrado e doutorado no Brasil).</p><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">O caminho inverso, no entanto, costuma ser pouco trilhado. A USP atrai escassos estudantes além-fronteiras, em especial para os cursos de graduação: apenas 1.440, segundo registro de janeiro, aí incluídos todos os que afluíram a ela por meio de convênios.</p><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">Há na instituição paulista 55.451 alunos, de modo que a parcela de estrangeiros na graduação corresponde a meros 2,6%. Em universidades verdadeiramente internacionalizadas, como a americana Harvard, essa proporção chega a 11%.</p><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">Até a recente autorização, uma matéria só poderia ser oferecida na USP em inglês, por exemplo, se apresentada também, simultânea e inviavelmente, em português.</p><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">Agora, alunos brasileiros e estrangeiros passam a ter a opção de cursar ao menos algumas disciplinas em outra língua. Para os nacionais, surge a oportunidade de familiarizar-se com o vocabulário técnico e conceitual de sua área de especialidade em outro idioma.</p><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">Para atrair estudantes do exterior, contudo, ainda é pouco. A USP deveria considerar o exemplo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou um curso de administração todo ele dado em inglês.</p><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">Esse passo mais ousado serviria ainda para fazer a USP ganhar pontos em rankings internacionais que valorizam tais iniciativas.</p><p style="color:rgb(0,0,0);font-family:Georgia,verdana,arial;font-size:18px;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:normal;letter-spacing:normal;line-height:normal;text-align:start;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;word-spacing:0px;background-color:rgb(255,255,255)">O principal benefício, porém, viria da volta dos formandos para os países de origem. Os vínculos aqui criados favoreceriam a inserção da USP em redes mundiais de pesquisa e o enraizamento de sua boa reputação em solo estrangeiro.</p></div>
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