<div dir="ltr">Alguém fez uma  caracterização de dois modelos esquemáticos de produção científica - heterônomo e autônomo, como ponte para clarear a discussão sobre periódicos predadores e não predadores. O termo predador foi cunhado por Jeffrey Beall, coordenador de um site "Scholarly Open Access"que monitora a qualidade de editoras, periódicos e eventos científicos. Recentemente, um texto publicado por ele causou furor na comunidade científica  <a href="http://scholarlyoa.com/2015/07/30/is-scielo-a-publication-favela/" target="_blank" style="font-family:Arial,sans-serif;font-size:14.6666669845581px;line-height:16.8666667938232px">O SCIELO é uma favela de publicações?</a> . Boa parte das editoras e periódicos denunciados por Beall pertence ao rol das publicações abertas, de acesso supostamente gratuito. E dentre elas, muitas de origem chinesa. Ao contrário do que se pensa, a CAPES, até o fim da gestão de Jorge Guimarães, incorporou ao Qualis, títulos de periódicos que não constavam de bases tradicionais de periódicos indexados. E mesmo após decisão de seu Conselho Superior, não eliminou todos os periódicos predadores do Qualis. Ou seja, muitos pesquisadores julgarão esses veículos válidos para divulgar seus trabalhos.<div><br></div><div>Ao contrário do que se pensa, as publicações de acesso aberto não são gratuitas, o autor paga, ou melhor dizendo, a instituição do autor paga. Assim as editoras e periódicos abertos multiplicam seus títulos e edições para gerar um enorme volume de publicações. No Brasil, os gastos com pagamentos a editoras abertas chegam a muitos milhões de reais. Dentre elas, o SCIELO, que é sustentado por órgãos públicos, cobra deles por artigo publicado. Talvez, muitos não saibam, mas o SCIELO atende hoje 15 países, no idioma respectivo. A maior parte das despesas é paga pelo contribuinte brasileiro.</div><div><br></div><div>Nem sempre as afirmações de Beall são precisas, já houve pareceres que foram revisados, mas ele tem o mérito de desvendar um sistema global de divulgação de ciência "fake" , <a href="http://www.polbr.med.br/ano15/cpc0115.php#1">Reflexões sobre a carreira docente</a> . Dessa discussão não se deve concluir que as editoras, eventos e revistas de acesso aberto são todas predadoras. As editoras tradicionais também estão introduzindo essa modalidade, assim como as editoras abertas estão se preocupando mais com o conteúdo, alguns editores chineses foram denunciados em seu país. <a href="http://www.elsevier.com/connect/is-peer-review-just-a-crapshoot" target="_blank">http://www.elsevier.com/connect/is-peer-review-just-a-crapshoot</a></div><div><br></div><div>O tema provoca reações dramáticas, como o tom da resposta ao infeliz título do artigo de Beall, <a href="http://blog.scielo.org/blog/2015/08/02/mocao-de-repudio-ao-ataque-classista-do-sr-jeffrey-beall-ao-scielo/" target="_blank">http://blog.scielo.org/blog/2015/08/02/mocao-de-repudio-ao-ataque-classista-do-sr-jeffrey-beall-ao-scielo/</a>  e bom comentário <a href="http://blogdopedlowski.com/2015/08/12/e-a-grita-contra-jeffrey-beall-continua-os-editores-predatorios-agradecem/" target="_blank" style="font-family:Arial,sans-serif;text-align:justify">A reação contra Jeffrey Beal e os editores predatórios</a> Ou das respostas desaforadas de Guimarães aos jornalistas Allegretti(VEJA) e Tuffany(FSP). </div><div><br></div><div><div>Quando um tema deixa de ser tabu e começa a ser amplamente discutido à luz de fatos e dados, sempre há uma esperança de dias melhores.</div><div>

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<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://blogdasciam.com.br/2015/08/13/atitude-realista-da-capes-sobre-qualidade-da-pesquisa-brasileira/" target="_blank" style="font-family:Arial,sans-serif">Chegou
a hora da verdade para a pesquisa brasileira?</a><br></p>

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