<div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">Carvalho,</div><div class="gmail_default" style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small"><br></div><div class="gmail_default" style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">Como sempre você escreve exatamente como você fala quando estamos conversando ao vivo e em cores!</div><div class="gmail_default" style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">E como não concordar com algumas suas ideias e e discordar de outras?</div><div class="gmail_default" style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">Que bom será o mundo onde todos possam vir a discordar ou concordar sem  que necessariamente sejam rotulados como do "outro lado"!</div><div class="gmail_default" style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">Que bom poder ter a nossa disposição e ao mesmo tempo o Wase, o Google Maps, o GPS e poder usá-los todos ao nosso bel prazer.</div><div class="gmail_default" style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">Que bom poder ler (e publicar) todas as revistas, livros e assemelhados que nos der na telha e poder filtrar o que é bom ou ruim segundo nossos próprios critérios!</div><div class="gmail_default" style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">Abraços,</div></div><div class="gmail_extra"><br clear="all"><div><div class="gmail_signature"><div dir="ltr"><span></span><span></span>Vermelho<br>F.: (21) 2501 2332 - casa<br>           2142 0473 - IBGE</div></div></div>
<br><div class="gmail_quote">Em 24 de agosto de 2015 22:03, Carlos Alberto de Bragança Pereira <span dir="ltr"><<a href="mailto:cpereira@ime.usp.br" target="_blank">cpereira@ime.usp.br</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><br>
Caros Redistas:<br>
Tive a honra de receber a visita de fraterno amigo de longos anos.  Claro que ele pertence ao nosso meio e é dos bons: Zé Carvalho é como muito de nós o conhece.  De nosso encontro acertamos de enviar um texto mais tranquilo e sobre aquilo que discutimos.  Ele ficou então de fazer o texto o qual não tive coragem de mudar uma vírgula.  Está muito bom, creiam.<br>
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Vejam lá<br>
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Predatórias? As publicações predam o que? Quem é o parasitado, ou expoliado? O establishment editorial, que existe há muito tempo e que emprega recursos pré-Internet? Deve ser. A substituição do velho pelo novo é um dos princípios da dialética de Engels e Marx. Cito, meio de brincadeira, pois eles, Engels e Marx, também estão já fora de moda, já parece propaganda dos atuais governantes deste país, que xingam espertamente os adversários políticos, fazendo muita propaganda com pouco argumento.  Quem não conhece a "zelite branca"?<br>
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O nome "predatório" é malicioso e escolhido de propósito para dar mau tom às publicações abertas.<br>
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Pois bem. Existem publicações abertas, como a Wikipedia, que deram certo e servem a muita gente hoje. Minha Enciclopédia Britannica sequer serve de enfeite hoje. Tenho alguns periódicos top (top?), desde 1975. Eles incluem o JASA, Technometrics e Biometrics, Annals. Muito me serviram. Hoje são um volume morto. Tenho preguiça de andar tres metros e buscar um exemplar. Pego de minha mesa, na Internet. Sei que isso não os faz OPEN. Mas o custo de publicar na Internet é incomensuravelmente mais baixo e abre caminho para quem quiser publicar.<br>
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A qualidade? Ora, a sociedade, o mundo, acaba por filtrar o útil do inútil. Nós gostamos do R? É exatamente a mesma coisa. Quem quiser, pode escrever rotinas para o R. Nem todas são boas, mas muitas são. O software é extremamente útil. E, como a Wikipedia, vai se corrigindo, pela colaboração de milhares de pessoas. Nem preciso falar do Linux, e dos softwares abertos disponíveis para todos nós. Erros existem. Descobertos, são muito rapidamente corrigidos. Enquanto isso, os da Micro$oft, Apple e coleguinhas supostamente passsam por um processo jurássico de qualidade garantida, ISO e sei lá o que mais, e dá no que vocês sabem. Ou deviam saber.<br>
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Sem dúvida alguma, o modelo aberto só funciona com liberdade e facilidade total de comunicação. Este é um fato ainda novo, que veio com a Internet. Mas que já funciona, e funciona bem.<br>
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Os paradigmas vão mudar. Haverá resistência. Alguma resistência de conservadorismo próprio de quem está acomodado no sistema; outra, forte e organizada, das organizações que correm o risco, o grande risco, de morrerem, logo depois de viverem o pináculo da glória. Mas é inevitável. Aposto que daqui a poucos anos, taxis, como os conhecemos, serão lembrados em museus. O Uber vai ficar. Conheço gente que não usa o Waze, pois tem medo de ser levado a passar em locais perigosos. Mas o Waze veio para ficar. Ou ele ou sucedâneos. Eu comprei GPS, logo que surgiram. Gosto de andar nas montanhas e no mato. Gastei dinheiro com mapas, supostamente de qualidade (ah, Garmin!). Logo apareceram mapas colaborativos, gratuitos, muito mais detalhados e atualizados.<br>
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Posso me alongar nos exemplos, mas creio que chega.<br>
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Voltando às revistas, não acredito em tutela. Nem os mais reconhecidos próceres de estatística, ou de que área for, vão me tutelar, e dizer o que devo ler. Aliás, há gente no Brasil, querendo tutelar a imprensa. É quase a mesma coisa. No mundo editorial "científico", isso cria um grupo de companheiros, de padrinhos e afilhados, que pesam mais do que a qualidade que deveria melhorar, com o filtro da censura. Os nihil obstat necessários para publicação muitas vezes decorrem apenas de autores estarem "in". Quanto à qualidade dessas publicações, eu posso arrolar muita coisa fraca. A maioria dos artigos que leio (e eu leio um pouquinho) nada trazem de novo; muitas vezes são comunicações de cálculos que se poderiam fazer, quando - e se - necessários. Ideia nova... ah! isso é raro. Há artigos até errados, que passaram por juizes - os que a turma "in" chama de "referees". Há um exemplo, do Sokal: <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Sokal_affair" rel="noreferrer" target="_blank">https://en.wikipedia.org/wiki/Sokal_affair</a>. Ele publicou um artigo, em revista "séria", repleto de absurdos. Sokal quis provar - provou - que seria possível publicar um artigo que, embora puro besteirol, contivesse as palavrinhas chave e sabujice aos grandões da área. Em tempo: Sokal é físico; a revista é da área de Ciências Sociais. Leiam (leiam mesmo) o link que lhes mando acima. Se tiverem tempo, leiam o livro em que Sokal narra o episódio. E podem escolher rir muito ou chorar.<br>
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Enfim... deve haver muita picaretagem nas publicações abertas. Como há nas da (oops, escrevi nomes de editoras, mas tirei. Elas, que pagam gente do establishment para inventar e divulgar nomes como "predatórias", estão processando todo mundo. Mas vocês, nós todos, as conhecemos.) Viva e deixe viver, é o que é melhor de se fazer. E os pontinhos de Capes e CNPq, ora bolas... às favas (a menos que conte o valor das publicações, por seu conteúdo).<br>
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Obrigado meu caro amigo Zé.<br>
Acabamos de saber que uma das companhias de tefonia quer proibir a parte do áudio do whatsapp<br>
Dizem que é pirataria!<br>
Saudações<br>
Carlinhos<span class="HOEnZb"><font color="#888888"><br>
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Carlos Alberto de Bragança Pereira<br>
<a href="http://www.ime.usp.br/~cpereira" rel="noreferrer" target="_blank">http://www.ime.usp.br/~cpereira</a><br>
<a href="http://scholar.google.com.br/citations?user=PXX2AygAAAAJ&hl=pt-BR" rel="noreferrer" target="_blank">http://scholar.google.com.br/citations?user=PXX2AygAAAAJ&hl=pt-BR</a><br>
Stat Department - Professor & Head<br>
University of São Paulo<br>
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abe mailing list<br>
<a href="mailto:abe@lists.ime.usp.br" target="_blank">abe@lists.ime.usp.br</a><br>
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