<div dir="ltr"><div>Caro Gabriel,</div><div><br></div><div>Nos colegiados dos cursos de graduação e pós (de maior interesse aos pontos que você colocou) </div><div>já existe a representação dos alunos, que é muito importante como você citou. </div><div><br></div><div>Ademais, a Lei (vigente) de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabelece a participação </div><div>dos três segmentos, com pelo menos 70% de representação docente em qualquer órgão colegiado.</div><div><br></div><div>O que não podemos aceitar é a paridade em decisões de gestão, pois engessariam as universidades</div><div>públicas. </div><div><br></div><div>Fiquei estupefato ao saber hoje que alunos participam das escolhas das bancas de professor</div><div>titular da USP. Entendo como inusitado esse fato. O que o Basílio disse é deveras correto: </div><div>experiência se adquire e não se aprende. </div><div><br></div><div>Gauss</div><div><br></div><span style="font-size:11pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif;background-image:initial;background-repeat:initial"> <br></span></div><div class="gmail_extra"><br><div class="gmail_quote">Em 13 de novembro de 2015 13:39, Gabriel Afonso Marchesi Lopes <span dir="ltr"><<a href="mailto:marchesilopes@hotmail.com" target="_blank">marchesilopes@hotmail.com</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">


<div><div dir="ltr"><div>Prezados,</div><div><br></div><div>Durante minha graduação em Estatística na UFRGS, atuei como Representante Discente em diversas instâncias do Instituto de Matemática (atual Instituto de Matemática e Estatística) da UFRGS.</div><div><br></div><div>Fui, por dois mandatos, Representante Discente no Colegiado do Departamento de Estatística da UFRGS e, por um mandato, Representante Discente na Comissão de Graduação em Estatística, no Núcleo de Avaliação do Instituto de Matemática e no órgão máximo do IM/UFRGS, o Conselho da Unidade. Além disso, também fui vogal na Comissão Eleitoral para eleição do Vice-Diretor do IM/UFRGS.</div><div><br></div><div>Sou contra a paridade, em parte pela inexperiência dos alunos em comparação aos professores e em parte pelo próprio descaso dos estudantes com o mandato que lhe é outorgado, pois percebi nestes anos, não apenas no IM, mas também em outras unidades da UFRGS, que vários representantes discentes simplesmente não comparecem às reuniões, pois possuem interesses diversos daqueles colocados em pauta, sejam apenas os créditos complementares, o currículo acadêmico-profissional ou qualquer outro motivo estranho aos escopo da representação.</div><div><br></div><div>Por outro lado, tenho a firme convicção de que a representação não pode ser nula, devendo haver ao menos uma cadeira discente nos órgãos colegiados. Digo isto, pois também percebi que muitas vezes os professores simplesmente se “adonam” (no sentido de se sentir donos) da Universidade. Por exemplo, no caso onde existem inúmeras críticas ao docente, mas ele continua na mesma disciplina, seja por uma questão corporativista, no caso em que se mantém na disciplina por permissividade de seus colegas nos órgãos colegiados, seja por simplesmente as reclamações não chegarem às instâncias justamente pela falta de representação dos alunos. Outra situação é quando não existe um local adequado para que os alunos sejam atendidos pelos monitores acadêmico e é aprovado um novo prédio para a unidade, porém ao invés de reservarem uma sala para as monitorias, os representantes dos professores simplesmente ficam com todos os gabinetes. Ainda, existem outras questões que são muito presentes no cotidiano dos alunos e por vezes bem distantes dos professores, como problemas com falta de segurança nos pontos de ônibus (a maioria dos professores tem carros) ou problemas de atendimento e qualidade dos restaurantes universitários (a maioria dos professores almoçam em outros locais, como restaurantes mais caros).</div><div><br></div><div>Logo, a prática me mostrou que um colegiado apenas com professores é tão danoso quanto um colegiado paritário. Os professores tendem a ficar alheios às demandas dos alunos e se fechar apenas nas próprias necessidades, por vezes por simples desconhecimentos de problemas dos alunos que por “n” motivos não chegam até eles, por vezes, devemos reconhecer, por puro egoísmo, afinal não é o fato de ser professor universitário que implica no fato do indivíduo ser necessariamente um perfeito altruísta.</div><div><br></div><div>Enfim, reforço minha posição contra a paridade, mas também alerto para os danos que podem ser causados por um colegiado composto por apenas uma categoria. Não saberia dizer nenhuma fórmula mágica para a divisão das cadeiras, mas acredito que a divisão adotada pela UFRGS é satisfatória, sendo esta: 70% docentes, 15% Técnicos, 15% discentes.</div><div><br></div><div>Abraços,</div><div><span style="font-size:12pt">-- </span></div><div><b>Gabriel Afonso Marchesi Lopes</b></div><div><i>Atuário MTb/MIBA nº 2.068 </i></div><div><i>Estatístico CONRE/4ª Região nº 9.765</i></div><div><i>Pós-graduado em Perícia e Auditoria - NECON/UFRGS</i></div><div><i>Telefone: (0xx51) 9727.2524</i></div><br><div><hr>From: <a href="mailto:basilio@hucff.ufrj.br" target="_blank">basilio@hucff.ufrj.br</a><br>Date: Fri, 13 Nov 2015 11:27:00 -0200<br>To: <a href="mailto:vermelho2@gmail.com" target="_blank">vermelho2@gmail.com</a><br>CC: <a href="mailto:abe-l@ime.usp.br" target="_blank">abe-l@ime.usp.br</a>; <a href="mailto:gprof@de.ufpe.br" target="_blank">gprof@de.ufpe.br</a><br>Subject: Re: [ABE-L] paridade dos órgãos colegiados<div><div class="h5"><br><br><div>Só que quando perceberem já não serão alunos.</div><div>Experiência não se aprende se adquire . </div><div>Não é possível inexperientes deem palpite no que não entendem, logo nao pode haver paridade<br><br>Enviado do meu iPhone</div><div><br>Em 13/11/2015, às 10:14, Vermelho <<a href="mailto:vermelho2@gmail.com" target="_blank">vermelho2@gmail.com</a>> escreveu:<br><br></div><blockquote><div><div dir="ltr"><div style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">Gauss,</div><div style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small"><br></div><div style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">Você só esqueceu de dizer que os maiores prejudicados disso tudo são os alunos.</div><div style="font-family:comic sans ms,sans-serif;font-size:small">Quando eles perceberem isso, talvez as coisas mudem.</div></div><div><br clear="all"><div><div><div dir="ltr"><span></span><span></span>Vermelho<br>F.: (21) 2501 2332 - casa<br>           2142 0473 - IBGE</div></div></div>
<br><div>Em 13 de novembro de 2015 09:38, Gauss Cordeiro <span dir="ltr"><<a href="mailto:gauss@de.ufpe.br" target="_blank">gauss@de.ufpe.br</a>></span> escreveu:<br><blockquote style="border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div dir="ltr"><p style="text-align:justify"><span style="font-size:14pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif">A foto em anexo é a área
central do Imperial College (IC), Londres, onde estudei entre 1979 e 1982. Os
alunos do IC se dedicam integralmente aos estudos. Política partidária lá
inexiste. Os alunos não participam dos colegiados dos departamentos, a não ser
no conselho universitário sendo numa proporção bem reduzida. </span></p><p style="text-align:justify"><span style="font-size:14pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif"><br></span></p><p style="text-align:justify"><span style="font-size:14pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif">Em todos os
departamentos dessa instituição existe uma estrutura formal de hierarquia e
eles são comandados pelos professores mais experientes. No QS World University
Rankings 2015/16, o IC é a 8a melhor instituição do planeta. Nele, existe um
bureau comandado por alunos apenas para conseguir descontos em viagens nos
trens, guest houses, hotéis, etc. </span></p><p style="text-align:justify"><span style="font-size:14pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif"><br></span></p><p style="text-align:justify"><span style="font-size:14pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif">Em pleno Século XXI, alguns professores das
federais têm defendido uma ideia esdrúxula de regimento em que os conselhos
representativos de gestão sejam paritários, ou seja, professores, servidores e
alunos, na mesma proporção, decidindo sobre mecanismos de gestão e
questões  cruciais da vida acadêmica da
instituição. A variável "mérito" deixa de fazer parte dos objetivos
da vida acadêmica. </span></p><p style="text-align:justify"><span style="font-size:14pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif"><br></span></p><p style="text-align:justify"><span style="font-size:14pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif">Se uma IFES adotar um regimento desses será destruída
literalmente em pouco tempo. Considere, como um exemplo, uma excelente
universidade pública, entre as melhores da América Latina, e bem jovem (menos
de 50 anos). O Conselho Universitário da UNICAMP é constituído da seguinte
forma: reitor, coordenador geral da universidade, pró-reitores, diretores de
Institutos e Faculdades, vinte professores e nove alunos representantes dos
docentes e discentes, sete servidores não docentes, superintendente do Hospital
de Clínicas, dois membros das demais carreiras docentes e cinco representantes
da comunidade externa. Assim, a grande maioria dos membros do órgão
deliberativo supremo da UNICAMP é formada por docentes. </span></p><p style="text-align:justify"><span style="font-size:14pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif"><br></span></p><p style="text-align:justify"><span style="font-size:14pt;line-height:115%;font-family:Arial,sans-serif">A roda já foi inventada,
não vamos tentar transformá-la em quadrada. A quadratura do círculo é
impossível!</span></p></div>
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