<div dir="ltr"><div><div><div><div><div><div>Engraçado .O governo faz uma desoneração as empresas que de 2011 a 1015 chegou a mais de 500 bilhões de reais sendo que mais de 280 bilhões destes 500 bilhões deveriam para a providencia. E note um governo que dizem de esquerda , imagine um de direita !!!!!<br></div>Ai se fala em deficit da previdência ?<br></div>Nós trabalhadores é que vamos pagar por essas facilidades obtidas pelos empresários ?<br></div>Esse capitalismo financeiro faz com que estas desonerações previstas para aumentar a produção e diminuir o desemprego faz ser mais rentável colocar o dinheiro na bolsa (troca de papeis sem produção, só especulação).<br></div>E vemos economistas que assessoram estas empresas a investir falar que nós e que temos que nos apertar? <br></div>Isso é o tal de liberalismo?<br><br></div>Basilio  <br></div><div class="gmail_extra"><br><div class="gmail_quote">Em 22 de agosto de 2016 14:26, Dani Gamerman <span dir="ltr"><<a href="mailto:dani@im.ufrj.br" target="_blank">dani@im.ufrj.br</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">Estadão - Um tiro que sai pela culatra<br>
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A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o aumento dos gastos<br>
públicos à inflação do ano anterior tem despertado questionamentos<br>
importantes, principalmente da parte de analistas que se dizem preocupados em<br>
preservar os gastos públicos em educação e saúde. Segundo estes analistas,<br>
como as despesas com Previdência e assistência social vão crescer acima da<br>
inflação e o aumento do total de gastos não poderá ultrapassar a inflação do<br>
ano anterior, algum outro componente da estrutura de gastos públicos terá de<br>
ajustar-se para que a regra não seja descumprida. E os candidatos mais claros<br>
são saúde e educação.<br>
<br>
José Márcio Camargo*<br>
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Essas preocupações são bastante relevantes na medida em que educação e saúde<br>
deveriam ser as principais prioridades de qualquer país de renda média, como<br>
o Brasil, que pretenda se tornar um país de renda elevada no futuro. Mas elas<br>
partem da premissa de que é inexorável que os gastos com aposentadorias e<br>
pensões cresçam acima da inflação do ano anterior. Porém, a evolução desses<br>
gastos depende da manutenção ou não das regras hoje vigentes no sistema<br>
previdenciário e assistencial do País, o que, como veremos, é insustentável.<br>
<br>
Nosso sistema de aposentadorias e pensões é extremamente generoso, se<br>
comparado ao de outros países. O Brasil gasta hoje 13% do PIB com<br>
aposentadorias e pensões de inativos do setor público e do setor privado e<br>
tem aproximadamente 7% de sua população com mais de 65 anos de idade. Países<br>
que gastam esse montante do PIB com assistência e Previdência Social<br>
(Alemanha, por exemplo) têm uma porcentagem muito maior da população com mais<br>
de 65 anos (mais de 20%, no caso da Alemanha).<br>
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O Brasil é um claro "outlier", ou seja, fora do normal, neste quesito. É um<br>
dos pouco países que não têm uma idade mínima para se aposentar. Em média, a<br>
idade em que as pessoas se aposentam no Brasil é 55 anos, ou seja, no auge da<br>
capacidade de trabalho. Hoje, 41,5% das despesas do orçamento público federal<br>
se destinam a pagar aposentadorias e pensões. E o pior é que, como a<br>
expectativa de vida da população está aumentando, mantidas as regras atuais,<br>
a tendência ao aumento do gasto é inexorável. Com inflação de 4,5% ao ano, os<br>
gastos com Previdência e assistência social aumentariam 9,8% ao ano. Se nada<br>
for feito e se todos os outros itens do Orçamento forem reajustados pela<br>
inflação, daqui a 20 anos os gastos com Previdência e assistência atingirão<br>
64% do total de gastos do governo federal.<br>
<br>
Por outro lado, caso a PEC seja aprovada, sem reforma do sistema de<br>
aposentadorias e pensões, em 20 anos todo o gasto do governo federal terá de<br>
ser destinado a pagar estes benefícios. Isso mostra que apenas aprovar a PEC<br>
não é uma proposta viável. Será necessário aprovar também uma mudança<br>
abrangente nas regras da Previdência e assistência social. Por outro lado, a<br>
não aprovação da PEC não resolverá o problema, apenas adiaria o dia da<br>
verdade. Seria como dar morfina a um doente em estado quase terminal. Diminui<br>
as dores no curto prazo, mas enfraquece ainda mais o doente no longo prazo. É<br>
fundamental intervir para curar a doença, ainda que o tratamento seja<br>
doloroso.<br>
<br>
A excessiva benevolência do sistema de Previdência e assistência social<br>
brasileiro terá de ser atacada mais cedo ou mais tarde. E, quanto mais cedo,<br>
menos doloroso será o tratamento. A maior virtude da PEC que limita o<br>
crescimento dos gastos é exatamente explicitar esse fato, na medida em que<br>
mostra que o sistema previdenciário é insustentável. Com isso, espera-se que<br>
todos os cidadãos efetivamente interessados em preservar os gastos com saúde<br>
e educação se mobilizem em prol da aprovação de uma reforma que torne o<br>
sistema de aposentadorias e pensões sustentável. Não aprovar esta PEC com o<br>
argumento de que, com ela, os gastos com educação e saúde teriam de ser<br>
reduzidos, seria um tiro que sai pela culatra.<br>
<br>
* José Márcio Camargo é professor titular do Departamento de Economia da<br>
PUC/Rio e economista da Opus Gestão de Recursos<br>
<br>
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******************************<wbr>*******************<br>
Dani Gamerman<br>
Depto. de Métodos Estatísticos (DME)<br>
Lab. de Sistemas Estocásticos (LSE)<br>
Instituto de Matemática - UFRJ<br>
<a href="http://www.dme.ufrj.br/dani" rel="noreferrer" target="_blank">http://www.dme.ufrj.br/dani</a><br>
<a href="http://www.statpop.com.br" rel="noreferrer" target="_blank">www.statpop.com.br</a><br>
fbook: StatPop, twitter: @blogStatPop<br>
******************************<wbr>*******************<br>
<br>
______________________________<wbr>_________________<br>
abe mailing list<br>
<a href="mailto:abe@lists.ime.usp.br">abe@lists.ime.usp.br</a><br>
<a href="https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe" rel="noreferrer" target="_blank">https://lists.ime.usp.br/<wbr>listinfo/abe</a><br>
</blockquote></div><br><br clear="all"><br>-- <br><div class="gmail_signature" data-smartmail="gmail_signature"><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div><div dir="ltr"><div>Basilio de Bragança Pereira, DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE) </div><div>UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro </div><div>*Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics (Retired)</div><div>*FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and </div><div>HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.</div><div>*Tel: 55 21 3938-7045/7047/2618</div><div><a href="http://www.po.ufrj.br/basilio/" target="_blank">www.po.ufrj.br/basilio/</a></div><div><br></div><div>*Mail Address:</div><div>Programa de Produção - COPPE/UFRJ</div><div>Centro de Tecnologia, Bloco F, Sala105 -  Ilha do Fundão</div><div>Caixa Postal 68507 </div><div>CEP 21941-972 Rio de Janeiro,RJ </div><div>Brazil</div></div></div></div></div></div></div>
</div>