<HTML>
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</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff>
<div align="right">
<br /></div>
<font size="2">
<br /><b>---------- Original Message
-----------</b>
<br />
From: "Maria Eulalia Vares" <eulalia@im.ufrj.br>
<br />
To: abe-l@ime.usp.br
<br />
Sent: Tue, 22 Nov 2016 17:47:03 -0200
<br />
Subject: [ABE-L] COLMEA - 30 de novembro - no CBPF -
<br />
<br />>
<font size="2">
<br />>
<font size="2">
<br />>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">Prezados
colegas,
<br />>
<br />> o próximo encontro do COLMEA,
Colóquio
Interinstitucional Modelos Estocásticos e Aplicações, terá
lugar
no próximo dia 30, no
CBPF
<br />>
<br />> Programa:
<br />>
<br />> 14:00 -
15:20h:
Alexandre Malta Rossi
(CBPF)
<br />> Nanomateriais para a saúde
humana:
avanços recentes na pesquisa científica e tecnológica
e
perspectivas
futuras
<br />>
<br />> 15:40 - 17:00h: Bruno Mota
(IF-UFRJ)</font>
<br />> <font face="Arial, Helvetica"><span style="font-weight: normal;">Como
o cérebro se dobra? Implicações de um modelo simples e
universal
para a morfologia cortical</span></font><font face="Arial,
Helvetica">
<br />>
<br />>
17:00
h: Discussão e lanche
<br />>
<br />> Local: CBPF. Auditório Min.
João
Alberto Lins de Barros.
</font>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">Rua
Xavier Sigaud, 150. Urca. Rio de Janeiro
</font>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">
<br />>
<br />>
Um
cartaz para divulgação encontra-se
aqui:
<br />>
<br />> <a href="http://www.im.ufrj.br/~coloquiomea/cartaz/2016_11.pdf" target="_blank">http://www.im.ufrj.br/~<wbr />coloquiomea/cartaz/2016_11.pdf</a>
<br />>
<br />>
Informações
mais completas sobre o COLMEA podem ser encontradas
aqui:
<br />>
<br />> <a href="http://www.im.ufrj.br/%7Ecoloquiomea/" target="_blank">http://www.im.ufrj.br/~<wbr />coloquiomea/</a>
<br />>
<br />> Todos são muito bem vindos. Agradecemos também
pela
divulgação em sua
<br />> instituição.
<br />>
<br />> Atenciosamente,
<br />>
<br />>
o
comitê organizador: Augusto Q. Teixeira (IMPA), Evaldo M.F.
Curado
(CBPF),
<br />> Fábio D. A. Aarão Reis (UFF), Leandro P. R.
Pimentel
(UFRJ), Maria Eulalia Vares (UFRJ), Simon Griffiths (PUC-Rio)
</font>
<br />>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">Resumos
das palestras:
</font>
<br />>
<br />>
<font face="Arial,
Helvetica">Nanomateriais
para a saúde humana: avanços recentes na pesquisa científica
e
tecnológica e perspectivas futuras
</font>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">Alexandre
Malta Rossi (CBPF)
</font>
<br />>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">O
desenvolvimento da nanociência e da nanotecnologia ocorrido
nos
últimos 20 anos trouxe grande impacto na medicina e no mercado
de
produtos para a saúde humana. Sistemas nanoestruturados
e
nanopartículas têm sido propostos para aplicações clínicas
em
áreas tais como doenças infecciosas e degenerativas, traumas
e
tumores, doenças do aparelho cardiovascular e nervoso e doenças
do
sistema imunológico. A nanomedicina surge como uma das áreas
mais
promissoras para enfrentar os desafios da saúde humana no
nosso
século. O desenho de um dispositivo biocompatível com
dimensões
inferiores a 100 nm é complexo e exige novos métodos preparação
e
processamento, técnicas analíticas não convencionais
de
caracterização de propriedades físico-químicas e, em especial,
o
conhecimento das interações dos nanosistemas com
fluidos
biológicos, células e tecidos. Nesta apresentação farei
uma
análise dos avanços na pesquisa sobre nanomaterias
e
nanodispositivos biocompatíveis e os desafios científicos
e
tecnológicos para torná-los produtos eficientes e seguros para
uso
em seres
humanos.</font>
<br />>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">----</font>
<br />>
<br />>
<font face="Arial,
Helvetica">Como
o cérebro se dobra? Implicações de um modelo simples e
universal
para a morfologia
cortical</font>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">Bruno
Mota
(IF-UFRJ)</font>
<br />>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">O
córtex cerebral mamífero é provavelmente a mais complexa
e
versátil estrutura já estudada pela ciência. Ele é composto
por
dezenas de bilhões de neurônios, conectados entre si por
trilhões
de sinapses, organizados em estruturas espacialmente complexas
e
apresentando atividade ocorrendo em escalas de tempo que vão
de
milissegundos a décadas. Este não parece ser um sistema
cujas
propriedades essenciais possam ser obtidas a partir de
primeiros
princípios.</font>
<br />>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">A
comparação entre espécies diferentes demonstra a existência
de
algumas regularidades sugestivas, porém. Morfologicamente, há
uma
distinção aparentemente clara entre cortices girificados
(i.e.,
dobrados, e tipicamente maiores) e lisoencefálicos (i.e., lisos,
e
tipicamente menores). Mas, de forma geral, os principais
elementos
constituintes do sistema nervoso
são</font>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">conservados
entre diferentes espécies apesar da sua enorme variedade de
volumes
cerebrais, número de neurônios e capacidade cognitiva, e o
seu
desenvolvimento é controlado por uns poucos milhares de kilobits
de
informação genética. De fato, estudos da neuroanatomia
comparada
sugerem fortemente que existe um mecanismo não-procedural
e
invariante por escala que resulta na girificação do cortex como
um
todo.</font>
<br />>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">Na
procura por tal mecanismo, mostramos que a maneira como
cortices
giroencefálicos se dobram, os lisoencefálicos não se dobram, e
a
transição entre ambos, podem ser todas expressas por uma lei
de
potência que relaciona três variáveis morfológicas. Esta
relação,
por sua vez, resulta da minimização de uma energia livre
efetiva
associada à forma do cortex, de acordo com um modelo físico
simples
baseado em mecanismos conhecidos da distensão axonal e da
natureza
auto-evitante da superfície cortical. O modelo prevê o
valor
correto da dimensão fractal desta última sem ajuste de
parâmetros,
e mostra que a única escala de tamanho relevante para a
girificação
é dada pela espessura cortical. Empiricamente, ele se mostra
em
excelente concordância com dados obtidos a partir de córtices
de
mais de 60 espécies de mamíferos, que vão do camundongo
ao
elefante.</font>
<br />>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">Usando
superfícies corticais reconstruídas a partir de MRI,
mostramos
ainda que a mesma relação universal se aplica a humanos,
sem
distinção entre sexos; mas que ao longo do envelhecimento
sadio
ocorre uma redução monotônica de uma constante multiplicativa
(que
não é especificada pela teoria) associada à plasticidade
mecânica
dos axônios. Indivíduos com doença de Alzheimer, por outro
lado,
apresentam uma redução muito mais dramática deste parâmetro,
o
que indica que, pelo menos do ponto de vista morfológico,
o
Alzheimer pode ser visto como um envelhecimento prematuro do
córtex.</font>
<br />>
<br />> <font face="Arial,
Helvetica">Todas
estas regularidades parecem implicar que, apesar de toda
a
diversidade morfológica e funcional, a evolução de fato dispõe
de
somente um número limitado de graus de liberdade com os quais
moldar
um córtex em resposta às diferentes restrições e
pressões
adaptativas que afetam diferentes espécies de mamíferos. Em
termos
adaptativos, isto implica que as propriedades globais de todos
os
córtices são em grande parte consequências necessárias, e
não
contingentes, da minimização vinculada do cabeamento axonal de
uma
superfície cortical auto-evitante em
crescimento.</font>
<br />>
<br />> --
<br />>
Maria Eulalia Vares
<br />>
Instituto de Matemática - UFRJ
<br />>
<a href="http://www.im.ufrj.br/~eulalia" target="_blank">http://www.im.ufrj.br/~eulalia</a>
<br />>
#fica MCTI
<br />>
<br />>
</font>
<br />>
<br />>
</font>
<br /><b>------- End of Original Message
-------</b>
<br />
</font>
</BODY>
</HTML>