[ABE-L] RES: A verdade é que a Copa foi um sucesso...

Luis Paulo Braga lpbraga em geologia.ufrj.br
Qua Jul 16 18:18:28 -03 2014


http://brasil.elpais.com/brasil/2014/07/11/opinion/1405089994_921237.html


Em 16 de julho de 2014 14:20, Luiz Sergio Vaz <luizvaz em sarah.br> escreveu:

> A Copa foi bem melhor que esperávamos, graças ao povo brasileiro, que foi
> acolhedor. Este foi o único legado que ficou, mas não esqueçamos das vidas
> perdidas, do mal uso do dinheiro público, das obras inacabadas, dos
> superfaturamentos e das verbas do BNDES, que deveriam ter sido aplicadas
> para o desenvolvimento social do país e foram para estádios de futebol.
> Estádios caríssimos e que foram reformados ou erguidos sem a menor condição
> de serem mantidos. Brasília, Manaus e Cuiabá para citar alguns.
>
>
>
> Nessa ponderação, me desculpe, mas não podemos ignorar os problemas
> brasileiros. Jamais concordarei que uma Copa é mais importante do que obras
> de saneamento público.
>
>
>
> *De:* abe [mailto:abe-bounces em lists.ime.usp.br] *Em nome de *Pledson
> Guedes de Medeiros
> *Enviada em:* quarta-feira, 16 de julho de 2014 13:34
> *Para:* abe-l em ime.usp.br; Carlos Alberto de Bragança Pereira
> *Assunto:* [ABE-L] A verdade é que a Copa foi um sucesso...
>
>
>
> Caro Carlinhos e demais, gostaria de enfatizar os pontos abaixo na
> pesquisa citada:
>
> "A organização do Mundial foi avaliada como ótima ou boa por 83% dos
> estrangeiros; 12% a consideraram regular; e 3%, ruim ou péssima.
>
> Uma maioria de 76% achou ótima ou boa a qualidade do transporte até os
> estádios. A mobilidade urbana foi avaliada como melhor do que o esperado
> para 46%, dentro do esperado para 40% e pior que o esperado para 11%.
>
> O transporte aéreo recebeu avaliação ótima ou boa de 76% das pessoas
> ouvidas. 10% deram nota regular; e 4%, ruim."
>
> Ou seja, está claro que a aprovação foi sim para a organização do evento.
> Entretanto, vou mais além, e darei aqui a minha impressão pessoal:
> Tive a oportunidade de assistir a jogos nas 4 capitais nordestinas(Natal,
> Recife, Fortaleza e Salvador) com todos os ingressos comprados pelo site
> oficial, e posso testemunhar aqui que a organização do evento foi
> impecável. Do acesso ao estádio em Recife via BRT, aos ônibus de acesso nos
> bolsões de estacionamento em Fortaleza e ao acesso facilitado em Natal e
> Salvador, em função da localização dos estádios. Ao chegar próximo ao
> estádio tínhamos centenas de voluntários orientando a todos e era
> impressionante a alegria dos estrangeiros e a festa que foi a Copa, muitos
> deles ainda estão por aqui, fazendo turismo. Quanto aos aeroportos,
> pontualidade incrível e também muita organização, muito diferente do que se
> previa antes da Copa.
>
> Ao voltar de Salvador para Natal conheci um indiano que tinha vindo ao
> Brasil para a Copa e estava maravilhado com o evento, assim como todos os
> outros que ficava a observar nos estádios, fossem eles americanos,
> mexicanos ou alemães. Não tenho dúvida do impacto positivo e do efeito
> multiplicador que esta imagem positiva da organização do evento e da
> hospitalidade do povo brasileito terá nos países de origem, agora que essas
> pessoas estão regressando, pois não há propaganda turística melhor do que
> um depoimento pessoal.
>
> Quanto ao investimento nos estádios, via financiamento do BNDES, não tenho
> dúvida que serão recuperados em pouco tempo com a imagem e a propaganda
> positiva que o nosso país teve durante a Copa. Mesmo nos casos de Manaus e
> Cuiabá, sempre citados, precisamos entender que a construção deles
> possibilitará um incremento substancial no turismo desses estados, dado a
> exposição para todo o mundo feita durante um mês.
>
> A FECOMÉRCIO fez um levantamento, aqui em Natal, e os estrangeiros
> gastaram durante a Copa, só aqui, 350 mihões de reais. E olha que outras
> cidades foram beneficiadas como Mossóro, no interior do RN, dado que após o
> jogo MéxicoxCamarões os mexicanos saíram em 30 ônibus para o Mossoró cidade
> junina.
>
> Não vou entrar aqui na discussão dos diversos problemas que temos no nosso
> país mas, quanto ao investimento feito para a Copa, como evento, não tenho
> dúvida que foi mais do que válido e que Copa, que no seu início tinha um
> apoio tímido de todos nós, com alguns até insistindo no "Não vai ter
> Copa!", se mostrou um sucesso total e acima das expectativas, ao seu final.
>
> Se saudade é uma palavra de nosso dicionário, ousaria dizer que ela
> reflete bem o sentimento que estamos vivenciando após o término da Copa...
> E olha Carlinhos que não estou nem falando que ao ligar a tv, a partir de
> hoje, terei que assistir ao Fred jogar pelo seu Fluminense(antes que fique
> chateado comigo, não torço pelo Flamengo, mas pelo América de Natal que,
> por coincidência, enfrentrá o Fluminense daqui há 2 semanas, no Arena das
> Dunas)...
>
> Atenciosamente,
>
>
> Prof. Pledson Guedes de Medeiros
> Professor Associado
> Sala 80 - Departamento de Estatística(DEST) - CCET - UFRN
> Fone: (84) 3215-3786
>
>
> *---------- Original Message -----------*
> From: Carlos Alberto de Bragança Pereira <cpereira em ime.usp.br>
> To: abe-l em ime.usp.br
> Sent: Tue, 15 Jul 2014 22:27:01 -0300
> Subject: [ABE-L] Previsões e pesquisas
>
> > Prezados redistas:
> > Gostaria de fazer dois comentários, uma para a Márcia e outro para o
> Dani.
> > Para a Márcia gostaria de informar-la que não estamos tão bem nas
> > pesquisas quanto os resultados das duas últimas copas.
> > A Alemanha teve 86% de aprovação evidentemente superior a nossa
> > aprovação, bem esperado.  No entanto o que não se esperava é que a
> > Africa do Sul teve 92% de aprovação bem melhor do que nós conseguimos.
> >  A nossa aprovação foi consequência da qualidade de nosso povo e a
> > parte da reprovação deveu-se ao custo e a qualidade de vida no Brasil.
> >
> > Para o Dani devo dizer que o Nate usa sim os dados de observações não
> > permutáveis e claro errou feio.  Mas o Carlinhos usou DADOS (eheh!)
> > extra-sensoriais o que no caso pontual se mostrou superior.  Nossos
> > comentaristas estavam mostrando as fraquezas de nossa seleção, o que
> > não tinha nada haver com o que havia apresentado no passado.  Isso sim
> > é observação relevante.  Outra observação relevante foi a preparação
> > disciplinada tanto da Holanda como da Alemanha.  A garra Argentina já
> > conhecemos e se não dessem para o Messi o troféu tinham de ter dado
> > para o Mascherano - aquele que realmente merecia o troféu -.
> >
> > Lembro sempre de uns modelos que são usados em tempos normais de
> > energia e chuva.  Tudo da certo, mas quando realmente há urgência de
> > boas previsões tudo dá errado.  Na normalidade todos acertam é só
> > seguir a sazonalidade.  O problema é quando as coisas saem do
> > controle, na maioria das vezes por falta de OBSERVAÇÃO não numérica.
> >
> > (Quer produzir ciência produza conflitos.)
> >
> > Carlinhos
> >
> > --
> > Carlos Alberto de Bragança Pereira
> > http://www.ime.usp.br/~cpereira
> > http://scholar.google.com.br/citations?user=PXX2AygAAAAJ&hl=pt-BR
> > Stat Department - Professor & Head
> > University of São Paulo
> >
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