[ABE-L] índice de produtividade

Richard Santos jamesrichardsantos em gmail.com
Ter Nov 11 03:34:40 -03 2014


Eu tenho 5 publicações como co-autor, umas 13 não como co-autor mas como
assessor, e várias citações das minhas co-autorias. Minha carreira começou
em 2000. Será que meu índice possibilitaria o quê? Rsrs :-)
Att.
Richard
Em 10/11/2014 13:21, "Richard Santos" <jamesrichardsantos em gmail.com>
escreveu:

> * não tenho experiencia em publicar como estatístico na academia, mas
> presto consultoria em estatística para mestrandos e doutorandos, além de
> publicar nos órgãos em que trabalho.
> Em 10/11/2014 12:48, "Richard Santos" <jamesrichardsantos em gmail.com>
> escreveu:
>
>> Prezados,
>> Se me permitem, vou dar uma impressão, não sobre o cálculo do índice, e
>> como leigo no que se refere a publicações na academia, pois atuo no
>> governo, não na academia, apesar de estudar bastante teoria (necessário
>> para aplicar). Este índice, além de levar em conta o número de publicações,
>> a linha no tempo, etc, não tem uma componente que possa medir e incorporar
>> nele um indicador de qualidade (talvez o número de citações já seja uma
>> proxy de qualidade, e eu acho até que pode ser...)? Se não tem, seria uma
>> idéia apropriada?
>> Richard
>> Em 10/11/2014 09:29, "Elias T. Krainski" <eliaskrainski em yahoo.com.br>
>> escreveu:
>>
>>>  Já ouvi comentários de pessoa experiente (pessoa A) dizendo que fatores
>>> de impacto não é a régua mais adequada. Mas há quem (pessoa B) defenda-os.
>>> Para agradar A, é preciso "ler" os trabalhos para ver se o pesquisador é
>>> bom. Para agradar B, basta olhar o google scholar. Que tal conciliar?
>>>
>>> Dois pontos:
>>>
>>> A avaliacao precisa necessariamente levar em conta
>>> 1) todas as publicações?
>>> 2) o passado longínquo?
>>> Acho que depende do objetivo da avaliação.
>>>
>>> Todas? Os índices H, I10 e G não levam em conta todas as publicações,
>>> apenas as mais citadas. Então que tal olhar apenas as n mais citadas? Pode
>>> ser que um papercitadíssimo tenha sido um na folha de são paulo (desculpem,
>>> não tive outro exemplo) explicando o que é correlação. Este paper não
>>> agradaria o avaliador A.
>>>
>>> Passado? Faz sentido levar em conta todas as publicações ao avaliar a
>>> produtividade dos ultimos k anos? Isso gera dificuldade para o avaliador B,
>>> pois papers recentes não têm razoáveis estatísticas de citações.
>>>
>>> Há sempre a possibilidade de combinar as coisas, ou seja, considerar os
>>> mais importantes (ou mais citados) e os mais recentes. Não faz sentido
>>> olhar fator de impacto de artigos recém publicados, mas faz sentido
>>> considerá-los.
>>>
>>> Assim, considerando o autor com 84 papers do exemplo do artigo enviado
>>> pelo Paulo C Rodriques, bastaria avaliar os 15 papers mais citados (por
>>> exemplo) além dos mais recentes (nos últimos k anos), em vez de "ler" todos
>>> os 84 papers.
>>>
>>> Elias
>>>
>>> On 10/11/14 03:40, Paulo C Rodrigues wrote:
>>>
>>> De um modo mais concreto, uma sugestão seria:
>>>
>>>  h*g/log(n+2), em que n será o máximo entre o número de anos após o
>>> doutorado e o número de anos após a primeira publicação.
>>>
>>>  Não testei com nenhum exemplo, mas parece-me coerente que a influência
>>> do número de anos de experiência seja menor à medida que o tempo de
>>> experiência aumenta.
>>>
>>>  Um abraço,
>>> Paulo.
>>>
>>>
>>>
>>>  Sent from my BlackBerry Q10.
>>>    *From: *Paulo C Rodrigues
>>> *Sent: *Domingo, 9 de Novembro de 2014 18:34
>>> *To: *Carlos Alberto de Bragança Pereira
>>> *Cc: *abe-l em ime.usp.br
>>> *Subject: *Re: [ABE-L] índice de produtividade
>>>
>>>  Carlinhos,
>>>
>>>  acho essa discussão bastante importante e interessante. Envio em anexo
>>> um relatório que foca esse e outros assuntos relacionados com citações. A
>>> discussão da produtividade individual começa no final da página 12.
>>>
>>>  Sem dúvida que o índice g e mais justo que o índice h! No entanto,
>>> ambos são muito injustos para jovens cientistas que ainda não tiveram tempo
>>> para publicar muitos artigos e ganhar muitas citações. O índice m (índice h
>>> dividido pelo número de anos desde a primeira publicação) no final da
>>> pagina 12 ajuda a compensar esse fato, mas não acho que ainda seja
>>> suficiente (o número de citações deverá crescer de forma exponencial ao
>>> longo da carreira, pelo que essa divisão linear ainda continua a prejudicar
>>> os cientistas mais jovens). Na minha opinião, o "ideal" será combinar o
>>> índice g (e talvez também o h) e uma ponderação (não linear) do numero de
>>> anos após o término do doutorado (ou da data da primeira publicação).
>>>
>>>  Por exemplo, se pensarmos nas bolsas de produtividade do CNPq de
>>> categoria 2, podemos ter um pesquisador com 3 anos após o Doutorado a
>>> "competir" com um outro com 30 anos após o doutorado. Ao não ter em
>>> consideração esses números, os mais jovens "perdem" quase sempre, se forem
>>> utilizados os índice h ou g para avaliar o seu mérito...
>>>
>>>  Um abraço,
>>> Paulo.
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> ----------------------------------------------------------------------------------------------------
>>> ---------------------------------
>>> Paulo Canas Rodrigues
>>> Assistant Professor
>>> Department of Statistics, Federal University of Bahia, Salvador, BA,
>>> Brazil
>>> Email: paulocanas em gmail.com
>>> CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/0029960374321970
>>> Web: http://sites.google.com/site/paulocanas/
>>>
>>> Managing Editor of the journal Statistics, Optimization and Information
>>> Computing <http://www.iapress.org/index.php/soic>
>>> Co-Editor of the journal Biometrical Letters
>>> <http://www.au.poznan.pl/biometrical.letters/index.php>
>>> Co-Chair of the ISI Young Statisticians Committee
>>> <http://www.isi-web.org/sections/special-interest-groups/44-com/com/257-ys>
>>>
>>> ------------------------------------------------------------------------------------------------------
>>> -------------------------------
>>>
>>>
>>>
>>> 2014-11-09 17:31 GMT-03:00 Carlos Alberto de Bragança Pereira <
>>> cpereira em ime.usp.br>:
>>>
>>>>
>>>> Índice comparativo de produtividade
>>>>
>>>> Com a nossa idade e tempo de academia somos convocados para dar
>>>> pareceres em diversos processos e pedidos de bolsas.  Muitas vezes somos
>>>> obrigados a ordenar colegas pela produtividade científica no trabalho
>>>> acadêmico.  Como devemos fazer isso é a minha questão, pois gostamos sempre
>>>> de racionalidade e não ser influenciados pelo que gostamos.
>>>> Andei então procurando os índices já usados pela nossa comunidade.
>>>> Encontrei 3 índices já estabelecidos.
>>>>
>>>> 1. Índice h é aquele onde contamos o número h de artigos com mais de h
>>>> citações.
>>>>
>>>> 2. Índice i10 é aquele que conta o número de artigos com mais de 10
>>>> citações.
>>>>
>>>> [Notem que esses dois índices não levam em consideração àqueles
>>>> trabalhos com muitas citações que podem ser os mais importantes em relação
>>>> aos outros.]
>>>>
>>>> Encontrei então
>>>>
>>>> 3. Índice g é aquele que conta o maior número g com total de citações
>>>> menor ou igual a g^2.
>>>>
>>>> Estou considerando então que um bom índice deveria ser um número que
>>>> levasse em consideração a área do retângulo formado pelos pontos (0,0),
>>>> (0,g), (h,g) e (h,0); isto é h*g.
>>>>
>>>> Vou considerar dois exemplos de pesquisadores com muitos artigos.  O
>>>> primeiro tem 60 artigos com exatamente 60 citações cada um e o restante com
>>>> menos de 60.  O índice h deste pesquisador seria 60 e seu índice g também
>>>> seria 60.  Se os artigos restantes tivessem menos de 10 citações o i10
>>>> seria também 60.
>>>>
>>>> O segundo pesquisador tem seus 3 artigos mais citados com 3000, 2000 e
>>>> 1000 artigos e os próximos artigos até o quinquagésimo teriam 50 citações.
>>>> Os artigos restantes até o de número 84 tiveram 2 citações. Assim esse
>>>> segundo pesquisador teve um índice h  e um índice i10 de 50 cada um.  No
>>>> entanto o índice g deste pesquisador ficou em 85, muito maior do que o
>>>> primeiro.  As áreas de nossos quadrados seriam no primeiro caso 3600 e no
>>>> segundo caso 4250.  Vejo que colegas meus possuem um número alto de
>>>> citações em seus artigos ou livros, mas estes números não são relevantes
>>>> nos cálculos de h e i10.
>>>>
>>>> O que os colegas acham de minhas sugestões para sermos mais racionais?
>>>> O índice h leva em consideração o número de artigos com citações mas
>>>> abandona, diferentemente do g, o volume de nossas melhores publicações.
>>>>
>>>> Saudações
>>>> Carlinhos
>>>>
>>>> --
>>>> Carlos Alberto de Bragança Pereira
>>>> http://www.ime.usp.br/~cpereira
>>>> http://scholar.google.com.br/citations?user=PXX2AygAAAAJ&hl=pt-BR
>>>> Stat Department - Professor & Head
>>>> University of São Paulo
>>>>
>>>>
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>>>> https://lists.ime.usp.br/mailman/listinfo/abe
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