[ABE-L] Desconhecimento da profissão de Estatística

Basilio de Braganca Pereira basiliopereira em gmail.com
Ter Set 22 14:29:01 -03 2015


Tenho algumas opiniões bem explicativas para o problema:
1) Estatísticos mais antigos tem receio de contratar ou indicar recém
formados em nossos excelentes cursos de pós graduação , menos porque são
acadêmicos mas sim pela concorrência de jovens mais talentosos em suas
empresas.
2) Não existe essa dicotomia de acadêmico e aplicado e sim falta de
experiência em área de aplicação. Por isso nossa desconfiança de que
estatística deveria ser ensinada apenas na pós graduação e os CONRE darem
certificados.
3) Sempre lecionei para engenheiros e médicos , que sabem tudo , comparado
com esses profissionais os estatísticos são menos confiantes , audazes,
metidos. Caros estatísticos vocês tem que ser mais metidos.
Basilio

Em 22 de setembro de 2015 13:59, <poliveir em ime.usp.br> escreveu:

> Prezada Sandra e demais colegas
>
> Aqui voce coloca um assunto interessante que também, por estranho que
> pareça já reparei isso em diversas ocasiões, sejam universidades ou
> empresas com vagas que ficam um longo tempo para serem preenchidas.
> No que diz respeito a empresa existe um perfil que é muito claro, ou seja,
> se a vaga for de trainee tem de ser jovem e recem formado, jorgão de RH que
> significa idade de até 25 com no máximo dois de formado, padrão este que
> muito embora tenho empresa que aceite até digamos idade de até 3o anos no
> máximo em alguns casos. Mais que isso só é oossível se tiver experiência e
> muita experiência se não esquece. Este é uma questão e em termos gerais
> funciona assim, se compeltou o bacharelado , depois trabalhou um tempo como
> estatístico em empresa e depois digamos fez o mestrado e doutorado, essa
> pessou ainda tem chance de ternar ao mercado corporativo por ter tido
> experiência, agora, se completou graduação, mestrado e doutorado
> diretamente essa pessoa , no geral, pode-se dizer que está fora do mercado
> corporativo. Por que? Além de não ter experiencia, passa a ter uma formação
> que é considerada mais acadêmica e empresa nenhuma contata e CV de casos
> assim é considerado nas empresas motivo de piada e as empresas preferem
> simplesmente não contratar a contratar pessoas que estejam nessa situação.
>
> Saudações,
>
>                    Paulo Tadeu Oliveira
>
>
> Citando sandra Brignol <sandrabrignol em hotmail.com>:
>
>
> Acho que uma boa orientação de como se inserir no mercado ajudaria a
>> muitos estatísticos a encontrar trabalho!
>> No LinkedIn tem um monte de empresas procurando estatísticos!
>> Eu mesma tive dificuldade de encontrar estatísticos para trabalharem
>> comigo na consultoria que montei (os perfis e nível de conhecimentos não
>> eram bons para a área que atuamos).
>> Existe um pouco de falta de interesse em entrar no mercado, o foco ainda
>> está na pós-graduação e na atuação como professor nas Universidades!
>> absSandra
>>
>>> Date: Mon, 21 Sep 2015 21:16:30 -0300
>>> From: poliveir em ime.usp.br
>>> To: basilio em hucff.ufrj.br
>>> CC: sandrabrignol em hotmail.com; abe-l em ime.usp.br
>>> Subject: Re: [ABE-L] Desconhecimento da profissão de Estatística
>>>
>>> Pre4zados coelgas
>>>
>>> O mais interessante é que existem estatísticvos que não conseguem
>>> trabalho.
>>>
>>> Saudações,
>>>
>>>                 Paulo tadeu Oliveira
>>> Citando Basilio de Bragança Pereira <basilio em hucff.ufrj.br>:
>>>
>>> > Culpado destas coisas , são os médicos e alguns estatísticos que
>>> aceitam
>>> > prestar serviços de analise de dados para artigos , dissertações e
>>> teses
>>> > sem um acompanhamento do projeto antes mesmo dele se iniciar.
>>> > O médico,  orientador de alunos  diz , dê os dados para um estatistico
>>> e
>>> > nós pagamos. O estatistico aceita o trabalho sem saber o assunto do
>>> projeto
>>> > . Ai faz testes t, qui quadrado, regressões de Cox e logística que em
>>> geral
>>> > o medico pede , e não analisa se estas são mesmo necessárias e o que os
>>> > resultados significam.
>>> > Eu e minha amiga Emilia M do Nascimento temos feito analises na área
>>> medica
>>> > com a condição de participarmos da equipe do projeto.
>>> > Mesmo assim ao submetermos os artigos temos que pedir que um
>>> estatistico da
>>> > revista olhe o artigo, caso contrario nossas aplicações de Machine
>>> Learning
>>> > não são entendidas pelos editores. Isto é a ignorância não e privilegio
>>> > brasileiro.
>>> > Vale o comentario do Prof Hiley ( Prof Estatistica da LSHTM ) na
>>> discussao
>>> > de um artigo de Altman e al
>>> >
>>> > Eu não sei de nenhuma disciplina além da Estatística na qual seja uma
>>> > recomendação positiva para um novo livro (ou mesmo um curso) e a
>>> > ser mencionado na capa, que o mesmo não foi escrito por um
>>> > especialista. Algum leitor médico, alguma editora médica, algum
>>> > estudante de medicina assistiria minha nova introdução a cirurgia do
>>> > cérebro – muito mais simples e muito mais claro do que aquelas
>>> > escritas por neuro-cirurgiões profissionais, com aquelas quantidades
>>> > de detalhes confusos?
>>> > .(M.J.R Healy, 1991)
>>> >
>>> > Basilio
>>> >
>>> > Em 21 de setembro de 2015 20:24, sandra Brignol <
>>> sandrabrignol em hotmail.com>
>>> > escreveu:
>>> >
>>> >> Aproveito o tema para levantar uma discussão sobre a atuação de
>>> >> profissionais como estatísticos no mercado.
>>> >>
>>> >> Vejam esses três profissionais (um engenheiro, um médico e um
>>> >> "empreendedor") que estão atuando como estatísticos:
>>> >> http://h1estatistica.com.br/a-h1-estatistica/
>>> >>
>>> >> Gostaria de ouvir o pessoal dos CONRES pois eles estão atuando em
>>> vários
>>> >> Estados e usando o nome de universidades como parceiros...muito grave!
>>> >>
>>> >> Que eu saiba é exercício ilegal da profissão, mesmo que eles atuem em
>>> >> outras partes de projetos de pesquisa, para além da análise de dados!
>>> >>
>>> >> E o desconhecimento sobre a atuação dos estatísticos leva a coisas
>>> deste
>>> >> tipo.
>>> >>
>>> >> Já estão causando prejuízos a alguns alunos de graduação e
>>> pós-graduação
>>> >> por análises mal conduzidas e as pessoas nem sabem que podem e devem
>>> >> denunciar!
>>> >>
>>> >> Abraços
>>> >> Sandra Brignol
>>> >>
>>> >>
>>> >>
>>> >>
>>> >>
>>> >> ------------------------------
>>> >> Date: Fri, 11 Sep 2015 11:26:58 -0300
>>> >> From: mrubens em ime.uerj.br
>>> >> To: abe-l em ime.usp.br
>>> >> Subject: [ABE-L] Desconhecimento da profissão de Estatística
>>> >>
>>> >> Este artigo, ao meu ver, ilustra o desconhecimento do profissional de
>>> >> Estatística que campeia na sociedade:
>>> >>
>>> >>
>>> >>
>>> http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/dado-informacao-e-conhecimento/
>>> >>
>>> >> Abçs, Marcelo Rubens
>>> >>
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>>> > UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
>>> > *Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics
>>> > *FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
>>> > HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.
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