[ABE-L] RES: Bertrand Arthur William Russell e os nossos dias

Luiz Sergio Vaz 400373 em sarah.br
Seg Mar 28 10:06:11 -03 2016


Caro Professor,
Só quem sabe muito é capaz de explicar algo, de forma tão simples. E este é o caso de Bertrand Russell.
Obrigado pelo texto.

-----Mensagem original-----
De: abe [mailto:abe-bounces em lists.ime.usp.br] Em nome de Carlos Alberto de Bragança Pereira
Enviada em: sexta-feira, 25 de março de 2016 19:41
Para: abe-l em ime.usp.br; g-mae em ime.usp.br; g-mac em ime.usp.br; g-map em ime.usp.br; g-mat em ime.usp.br
Assunto: [ABE-L] Bertrand Arthur William Russell e os nossos dias


Achei que valeria a pena compartilhar com os coleagas e amigos a mensagem de um amigo.
Carlinhos



Em 1960, a rede de televisão BBC realizou uma entrevista com o filósofo Bertrand Russell, ícone do pacifismo. Eis a transcrição e as respostas que cabem perfeitamente à época atual:

Jornalista: Uma última pergunta: suponhamos professor Russell... que esta gravação seja vista por nossos descendentes como os Manuscritos do Mar Morto, após centenas de anos. O que pensa você que valeria a pena dizer a essa geração sobre a vida que você levou e as lições que dela aprendeu?

R: Gostaria de dizer duas coisas: uma intelectual e uma moral.

A intelectual que gostaria de dizer-lhes é a seguinte:

Quando estiver estudando qualquer tema ou considerando qualquer filosofia, pergunte apenas a si mesmo: - Quais são os fatos? E qual é a verdade que os fatos sustentam? - Nunca se deixe desviar, seja pelo que desejas acreditar ou pelo que acredita que lhe traria benefício se assim fosse acreditado. Observe única e indubitavelmente quais são os fatos. Este é o intelectual que quisera dizer.

O moral que quisera dizer-lhes é muito simples. Devo dizer:

O amor é sábio, o ódio é estúpido.

Neste mundo, que cada vez se torna mais e mais estreitamente interconectado, temos que aprender a tolerar-nos uns aos outros, temos que aprender a aceitar o fato de que alguém nos dirá coisas que não gostaremos. Só podemos viver juntos dessa maneira. Se vamos viver juntos, e não morrer juntos, devemos aprender um pouco de caridade e um pouco de tolerância, que é absolutamente vital para a continuação da vida humana no planeta.


Bertrand Arthur William Russell, filósofo, matemático e escritor britânico.
(18 de maio de 1872, Ravenscroft, País de Gales
  2 de fevereiro de  1970, Penrhyndeudraeth, País de Gales)




--
Carlos Alberto de Bragança Pereira
http://www.ime.usp.br/~cpereira
http://scholar.google.com.br/citations?user=PXX2AygAAAAJ&hl=pt-BR
Stat Department - Professor & Head
University of São Paulo


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