[ABE-L] Carta em defesa a CAPES

[Marcos Prates]

Caros colegas,

mais uma vez a ABE vem externar sua preocupação com os recentes
acontecimentos na CAPES. A seguir a carta (também em anexo) que a diretoria
escreveu sobre os acontecimentos recentes.

Carta Aberta em Defesa da CAPES

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) tem
desde a sua criação o objetivo de fomentar o crescimento da pós-graduação
no Brasil. Sendo, portanto, uma das principais agências apoiadoras do
crescimento e desenvolvimento científico e tecnológico no país.

É com pesar que a Associação Brasileira de Estatística (ABE) vem pela
segunda vez no ano elucidar a sua preocupação com a atual situação da
CAPES. Num primeiro momento, externamos nossa preocupação com a escolha da
nova presidente da agência, que no nosso entender não apresenta as
premissas básicas e importantes para o cargo.

As mudanças acontecidas na Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da
CAPES nesta semana são novamente vistas com enorme preocupação pela ABE. A
DRI tem papel fundamental para aumentar e fomentar o intercâmbio e a
internacionalização da ciência brasileira com os diversos pólos mundiais.
Um exemplo recente da relevância dessa diretoria é o Programa Institucional
de Internacionalização (PRINT), o qual possui um investimento anual de 300
milhões de reais desde 2019.

Como ocorrido na nomeação da advogada Cláudia Mansani Queda de Toledo para
presidência da CAPES, entendemos que os nomeados para os cargos de diretora
da DRI e coordenador-geral da DRI, a advogada Lívia Pelli Palumbo e o
historiador Lucas Maia Felippe Bacas,  respectivamente, não possuem a
experiência e qualificação necessárias para o bom desempenho que os cargos
requerem. A Sra. Lívia Pelli Palumbo é atualmente aluna de Doutorado sem
experiência na área de gestão e pesquisa, como pode ser comprovado no seu
lattes (http://lattes.cnpq.br/2243682914468717). Enquanto o Sr. Lucas Maia
Felippe Bacas possui formação até o nível de Mestrado, apresentando apenas
uma publicação nacional e pouca ou nenhuma experiência acadêmica e de
gestão (http://lattes.cnpq.br/0192605330647002).

Entendemos que a CAPES, principal responsável pelo fomento, controle e
qualidade dos nossos programas de pós-graduação, necessita em suas
diretorias pessoas que possuam legitimidade e experiência conferida por uma
carreira embasada em uma formação qualificada e de autoridade na pesquisa
científica. Assim, pelos motivos supracitados, solicitamos ao Ministério da
Educação rever as nomeações e indicar para os cargos de diretor e
coordenador-geral da DRI pessoas que preencham as qualificações necessárias
para o bom desempenho exigido pelos cargos.


Marcos Oliveira Prates
Presidente da Associação Brasileira de Estatística
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