[ABE-L] stop teaching frequentism

asimonis em ime.usp.br asimonis em ime.usp.br
Qui Abr 16 23:20:54 -03 2015



Caro Prof. e amigo Basílio, não vou entrar agora no mérito da questão  
em discussão. Continuem que nós outros aprendemos muito.

Agora, por favor, não peça para esquecer a matemática. Se houver  
concordância de alguém para seu pedido, eu não lerei mais a sequência  
de mensagens ...

Grande abraço


Citando Basilio De Braganca Pereira <basiliopereira em gmail.com>:

> Alexandre
> Que reflexão você precisa se o médico indica um tratamento que  
> supostamente ( depois do uso de um p  <. 05 usado erroneamente) e  
> melhor e não é ?
> Esqueça a matemática se concentre na teoria e pratica
> Basilio
>
> Enviado do meu iPhone
>
>> Em 16/04/2015, às 21:41, Alexandre Galvão Patriota  
>> <patriota.alexandre em gmail.com> escreveu:
>>
>> Prezado Basilio,
>>
>> Se não tem filosofia, não tem reflexão.  O estatístico supõe várias  
>> coisas sobre o mundo sensível para criar modelos, testes,  
>> procedimentos de estimação, etc. O usuário tem que estar ciente de  
>> certas suposições para entender as limitações das decisões feitas  
>> utilizando estes procedimentos, se não estiver vai fazer besteiras  
>> porque irá tratar o procedimento como se fosse uma caixa preta.  
>> Vale lembrar que estamos falando de ciência e não de dirigir um  
>> carro (sempre tem aquele que diz que para dirigir um carro não é  
>> necessário saber toda sua mecânica), portanto além do aparato  
>> técnico também é necessário compreender as limitações e domínios de  
>> aplicação dos procedimentos. Sem isso é fazer ciência às cegas, não  
>> acha? isso seria o tal pragmatismo? as pessoas sempre precisam de  
>> um esquema mental para justificar uma simplificação, mas até que  
>> ponto a tal da simplificação é válida? até o ponto do entendimento?  
>> mas se o entendimento está submetido à linguagem, como definir se  
>> você entendeu definitivamente o procedimento? impossível... seu  
>> entendimento vai ser podado pela simplificação imposta na partida e  
>> isso geralmente impede muitos de compreender o assunto por outra  
>> perspectiva porque usam a tal da linguagem simplificada...
>>
>> Sobre o que o Jim Berger disse "valor p é mais uma estatística  
>> descritiva".  Qualquer procedimento inferencial faz suposições  
>> sobre a realidade e dentro dessas suposições faz-se descrições da  
>> realidade suposta. Existe algum método inferencial que é mais do  
>> que um  procedimento descritivo nestes termos? O Bayesiano poderia  
>> fazer inferências essencialmente não-descritivas? o modelo  
>> estatístico Bayesiano é matematicamente mais abrangente que o  
>> modelo estatístico clássico?
>>
>> Abraços,
>> Alexandre.
>>
>>
>> 2015-04-16 20:10 GMT-03:00 Basilio de Bragança Pereira  
>> <basilio em hucff.ufrj.br>:
>>> Marcelo
>>> Você é estatístico e deve ter pós graduação na área.
>>> A ideia é considerar  como Jim Berger valor p é mais uma  
>>> estatística descritiva.
>>> O problema se encontra em outras áreas onde valor-p , 0.05% etc   
>>> são leis absolutas. Dai o artigo do Ioannides (2005 Why most  
>>> published research finds are false).
>>> Na área de medicamentos e ensaios clínicos com resultados falsos o  
>>> problema é extremamente relevante.
>>> Não é questão de querer discutir ou não, é a realidade. Não tem  
>>> filosofia a questão é pragmática.
>>> Para usar o enfoque Bayesiano voce tem que entender o problema  
>>> científico e não usar uma regra ( 0.05) sim ou não sem pensar no  
>>> problema e no tamanho da amostra.
>>> Basilio
>>>
>>> Em 16 de abril de 2015 19:41, Marcelo Rubens dos Santos do Amaral  
>>> <mrubens em ime.uerj.br> escreveu:
>>>> Em 16/04/2015 19:02, "Marcelo Rubens dos Santos do Amaral"  
>>>> <mrubens em ime.uerj.br> escreveu:
>>>>> Identifico algumas hipóteses para estas posições que preferem  
>>>>> comodamente tentar eliminar as alternativas ou o contraditório  
>>>>> do que refletir sobre eles:
>>>>>
>>>>> 1) Entende do assunto mas discorda dele e acha que a alternativa  
>>>>> ou o contraditório são piores;
>>>>>
>>>>> 2) Acha que entende, mas pelo entendimento equivocado que tem  
>>>>> considera-o errado;
>>>>>
>>>>> 3) Não entende e nem quer entender porque já fez uma escolha prévia.
>>>>>
>>>>> Eu nunca utilizaria um teste de hipótese clássico para concluir  
>>>>> pela aceitação de qualquer destas alternativas, porque este tipo  
>>>>> de conclusão não teria uma medida de probabilidade associada  
>>>>> neste tipo de abordagem, e isto seria um tipo de conclusão  
>>>>> equivocada a partir de um teste clássico, a qual alguns livros  
>>>>> inclusive ensinam erradamente. Se os professores e livros  
>>>>> ensinassem, como seria o correto, a interpretar testes clássicos  
>>>>> com frases do tipo "não há evidências empíricas para se rejeitar  
>>>>> a hipótese nula ao nível de significância especificado" quando  
>>>>> um p-valor é maior que o nível de significância, acho que este  
>>>>> tipo de confusão,  que é comum de fato, poderia diminuir.
>>>>>
>>>>> Pela leitura rápida que fiz do artigo me parece que o autor  
>>>>> encontra-se em uma destas alternativas ou ainda entende do  
>>>>> assunto mas faz uso de uma interpretação e análise  
>>>>> corriqueiramente errada com a intenção de defender a eliminação  
>>>>> do contraditório.
>>>>>
>>>>> Em geral desconfio de posições fundamentalistas. Considero que  
>>>>> tem espaço para análises frequentistas e bayesianas nas  
>>>>> aplicações reais. Em que pese haver situações em que algumas  
>>>>> alternativas são mais indicadas que outras em situações reais,  
>>>>> sou contra pretender escolher uma em detrimento de outra como  
>>>>> regra geral.
>>>>>
>>>>> Abçs,  Marcelo Rubens
>>>>>
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>>> Basilio de Bragança Pereira ,DIC and PhD(Imperial College), DL(COPPE)
>>> *UFRJ-Federal University of Rio de Janeiro
>>> *Titular Professor of  Bioestatistics and of Applied Statistics
>>> *FM-School of Medicine and COPPE-Posgraduate School of Engineering and
>>> HUCFF-University Hospital Clementino Fraga Filho.
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>>> *Tel: 55 21 3938-7045/7047/2618
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