[ABE-L] Deu na Folha de São Paulo

Vermelho vermelho2 em gmail.com
Qui Jun 18 08:40:05 -03 2015


Penso que junto com essa iniciativa de cursos em Inglês ou outra língua
estrangeira (por que não?), poderíamos pensar em como melhorar os alunos
(inclusive os estrangeiros) no manejo da Língua Portuguesa, cada vez mais
precário dentro das nossas escolas.
Como dizia João Guimarães Rosa (lembram dele?), uma forma eficiente de
aprender uma língua estrangeira é conhecer muito bem nossa própria língua,
não por acaso também chamada de Língua Mãe.
Abraços,


Vermelho
F.: (21) 2501 2332 - casa
           2142 0473 - IBGE

Em 18 de junho de 2015 08:38, Vermelho <vermelho2 em gmail.com> escreveu:

> Penso que junto com essa iniciativa de cursos em Inglês ou outra língua
> estrangeira (por que não?), poderíamos pensar em como melhorar os alunos
> (inclusive os estrangeiros) no manejo da Língua Portuguesa, cada vez mais
> precário dentro das nossas escolas.
> Como dizia João Guimarães Rosa (lembram dele?), uma forma eficiente de
> aprender uma língua estrangeira é conhecer muito bem nossa própria língua,
> não por acaso também chamada de Língua Mãe.
> Abraços,
>
> Vermelho
> F.: (21) 2501 2332 - casa
>            2142 0473 - IBGE
>
> Em 18 de junho de 2015 08:14, Julio Stern <jmstern em hotmail.com> escreveu:
>
>>  Caro Gauss:
>>
>> Como assim?
>> A USP atari menos alunos estrageiros  porque eh gratuita?
>>
>> Acho este argumento dicifil de aceitar.
>> Mesmo porque o orcamento da USP eh muito bom.
>> O dinheiro eh muitas vezes mal gasto,
>> mas isto eh outra conversa...
>>
>> Eh verdade que muitas da melhores universidades dos USA
>> sao pagas, mas alunos de pos (ao menos de ciencias basicas)
>> costumam ter bolsa integral (tuition +TA ou RA).
>>
>> Nao tenho nada contra tornar os cursos universitarios no
>> Brasil pagos, mas que as decisoes de quem e o quanto paga
>> sejam sempre tomadas por criterios de Merito Academico!
>>
>> Todo mundo acha muito natural que a escolinha do
>> Corinthians escolha como seus alunos (todos bolsistas)
>> os meninos com mais talento para o futebol.
>> Todos concordam porque sabem que esta eh a forma
>> de formar grandes jogadores, e ter um grande time,
>> e ganhar os campeonatos, o que eh muito Importante!
>>
>> Todavia, na hora de pensar a universidade, as pessoas
>> comecam a inventar um monte de criterios alheios aa
>> missao da universidade...  Por que?   Porque, no fundo,
>> a missao da universidade NAO eh la muito importante.
>> Assim, da para fazer toda sorte de compromissos.
>>
>> Para mim, a missao da universidade eh prioritaria.
>> Mais importante ate que a da escolinha do Corinthians!
>> Ergo: Dentro da universidade, creio que os criterios
>> devam ser sempre puramente academicos.
>> Nada mais.
>>
>> Abraco a todos,
>> ---Julio Stern
>>
>>
>>
>> Abraco,
>> ---Julio Stern
>>
>>
>> ------------------------------
>> Date: Thu, 18 Jun 2015 07:34:35 -0300
>> From: gauss em de.ufpe.br
>> To: cribari em de.ufpe.br
>> CC: abe-l em ime.usp.br
>> Subject: Re: [ABE-L] Deu na Folha de São Paulo
>>
>>
>> Caro Francisco,
>>
>> A iniciativa da USP deve ser aplaudida. O texto é muito bom e concordo
>> com todos
>> os pontos mas como tudo na vida tem um "porém".
>>
>> O percentual de estrangeiros na graduação da USP é realmente pequeno, mas
>> esse percentual não pode ser comparado com Harvard ou qualquer
>> universidade
>> americana, pois a USP é uma instituição gratuita enquanto as americanas
>> são pagas.
>>
>> Por essa razão (há bem mais de 30 anos) sou favorável a universidade
>> pública paga
>> no Brasil para aqueles que "realmente podem pagar". Alunos das
>> engenharias,
>> medicina, direito e outros cursos mais elitizados são em geral de
>> famílias mais
>> abastadas. A gratuidade poderia ser equacionada por meio do IR da
>> família.
>>
>>
>> Abs,
>>
>> Gauss
>>
>> Em 18 de junho de 2015 07:17, Francisco Cribari <cribari em de.ufpe.br>
>> escreveu:
>>
>> Folha de São Paulo, 18 de junho de 2015 - *EDITORIAL*
>>
>> University of São Paulo
>>
>> A USP deu um pequeno passo que poderá revelar-se precedente de
>> consequências gigantescas para o relativo isolamento do meio universitário
>> brasileiro: autorizou suas primeiras disciplinas de graduação em língua
>> estrangeira. A licença vale só para matérias optativas, mas já é um começo.
>>
>> Não que a principal instituição superior do país não mantivesse contatos
>> e vínculos com o exterior. Ela nasceu como universidade, em 1934, com a
>> contribuição inestimável de uma missão francesa composta de jovens
>> intelectuais que ganhariam projeção mundial, como o antropólogo Claude
>> Lévi-Strauss (1908-2009) e o historiador Fernand Braudel (1902-1985).
>>
>> Não foram poucos, desde então, os catedráticos estrangeiros que ajudaram
>> a formar brasileiros. Tampouco era incomum, até o final do século 20, que
>> pesquisadores nacionais cursassem a pós-graduação em países avançados (hoje
>> em dia é mais usual obter mestrado e doutorado no Brasil).
>>
>> O caminho inverso, no entanto, costuma ser pouco trilhado. A USP atrai
>> escassos estudantes além-fronteiras, em especial para os cursos de
>> graduação: apenas 1.440, segundo registro de janeiro, aí incluídos todos os
>> que afluíram a ela por meio de convênios.
>>
>> Há na instituição paulista 55.451 alunos, de modo que a parcela de
>> estrangeiros na graduação corresponde a meros 2,6%. Em universidades
>> verdadeiramente internacionalizadas, como a americana Harvard, essa
>> proporção chega a 11%.
>>
>> Até a recente autorização, uma matéria só poderia ser oferecida na USP em
>> inglês, por exemplo, se apresentada também, simultânea e inviavelmente, em
>> português.
>>
>> Agora, alunos brasileiros e estrangeiros passam a ter a opção de cursar
>> ao menos algumas disciplinas em outra língua. Para os nacionais, surge a
>> oportunidade de familiarizar-se com o vocabulário técnico e conceitual de
>> sua área de especialidade em outro idioma.
>>
>> Para atrair estudantes do exterior, contudo, ainda é pouco. A USP deveria
>> considerar o exemplo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou um
>> curso de administração todo ele dado em inglês.
>>
>> Esse passo mais ousado serviria ainda para fazer a USP ganhar pontos em
>> rankings internacionais que valorizam tais iniciativas.
>>
>> O principal benefício, porém, viria da volta dos formandos para os países
>> de origem. Os vínculos aqui criados favoreceriam a inserção da USP em redes
>> mundiais de pesquisa e o enraizamento de sua boa reputação em solo
>> estrangeiro.
>>
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