[ABE-L] Deu na Folha de S ão Paulo

Dani Gamerman dani em im.ufrj.br
Qui Jun 18 10:26:01 -03 2015


A propósito da msg do Gauss sobre a situação das univ federais,
segue link para texto de uma colega nossa da matematica da UFRJ.

http://www.cartacapital.com.br/educacao/greve-docente-e-movimento-estudantil-
tensoes-entre-processo-e-resultado-4587.html 

Abs
Dani

> Ola Júlio,
> 
> Não estava me referindo apenas a USP mas as federais no global que
> não têm orçamento suficiente para cobrir as despesas básicas. 
> Esse ano está faltando recursos até para pagar o pessoal de 
> limpeza terceirizado.
> 
> Os recursos nas federais não são mal aplicados no geral, 
> simplesmente, eles inexistem.
> 
> Por que não cobrar dos 10% ricos que estudam de graça e poderiam
> pagar?
> 
> Grato.
> 
> Abs,
> 
> Gauss
> 
> Em 18 de junho de 2015 08:14, Julio Stern <jmstern em hotmail.com> escreveu:
> 
> >  Caro Gauss:
> >
> > Como assim?
> > A USP atari menos alunos estrageiros  porque eh gratuita?
> >
> > Acho este argumento dicifil de aceitar.
> > Mesmo porque o orcamento da USP eh muito bom.
> > O dinheiro eh muitas vezes mal gasto,
> > mas isto eh outra conversa...
> >
> > Eh verdade que muitas da melhores universidades dos USA
> > sao pagas, mas alunos de pos (ao menos de ciencias basicas)
> > costumam ter bolsa integral (tuition +TA ou RA).
> >
> > Nao tenho nada contra tornar os cursos universitarios no
> > Brasil pagos, mas que as decisoes de quem e o quanto paga
> > sejam sempre tomadas por criterios de Merito Academico!
> >
> > Todo mundo acha muito natural que a escolinha do
> > Corinthians escolha como seus alunos (todos bolsistas)
> > os meninos com mais talento para o futebol.
> > Todos concordam porque sabem que esta eh a forma
> > de formar grandes jogadores, e ter um grande time,
> > e ganhar os campeonatos, o que eh muito Importante!
> >
> > Todavia, na hora de pensar a universidade, as pessoas
> > comecam a inventar um monte de criterios alheios aa
> > missao da universidade...  Por que?   Porque, no fundo,
> > a missao da universidade NAO eh la muito importante.
> > Assim, da para fazer toda sorte de compromissos.
> >
> > Para mim, a missao da universidade eh prioritaria.
> > Mais importante ate que a da escolinha do Corinthians!
> > Ergo: Dentro da universidade, creio que os criterios
> > devam ser sempre puramente academicos.
> > Nada mais.
> >
> > Abraco a todos,
> > ---Julio Stern
> >
> >
> >
> > Abraco,
> > ---Julio Stern
> >
> >
> > ------------------------------
> > Date: Thu, 18 Jun 2015 07:34:35 -0300
> > From: gauss em de.ufpe.br
> > To: cribari em de.ufpe.br
> > CC: abe-l em ime.usp.br
> > Subject: Re: [ABE-L] Deu na Folha de São Paulo
> >
> >
> > Caro Francisco,
> >
> > A iniciativa da USP deve ser aplaudida. O texto é muito bom e concordo com
> > todos
> > os pontos mas como tudo na vida tem um "porém".
> >
> > O percentual de estrangeiros na graduação da USP é realmente pequeno, mas
> > esse percentual não pode ser comparado com Harvard ou qualquer 
universidade
> > americana, pois a USP é uma instituição gratuita enquanto as americanas
> > são pagas.
> >
> > Por essa razão (há bem mais de 30 anos) sou favorável a universidade
> > pública paga
> > no Brasil para aqueles que "realmente podem pagar". Alunos das 
engenharias,
> > medicina, direito e outros cursos mais elitizados são em geral de famílias
> > mais
> > abastadas. A gratuidade poderia ser equacionada por meio do IR da família.
> >
> >
> > Abs,
> >
> > Gauss
> >
> > Em 18 de junho de 2015 07:17, Francisco Cribari <cribari em de.ufpe.br>
> > escreveu:
> >
> > Folha de São Paulo, 18 de junho de 2015 - *EDITORIAL*
> >
> > University of São Paulo
> >
> > A USP deu um pequeno passo que poderá revelar-se precedente de
> > consequências gigantescas para o relativo isolamento do meio universitário
> > brasileiro: autorizou suas primeiras disciplinas de graduação em língua
> > estrangeira. A licença vale só para matérias optativas, mas já é um 
começo.
> >
> > Não que a principal instituição superior do país não mantivesse contatos e
> > vínculos com o exterior. Ela nasceu como universidade, em 1934, com a
> > contribuição inestimável de uma missão francesa composta de jovens
> > intelectuais que ganhariam projeção mundial, como o antropólogo Claude
> > Lévi-Strauss (1908-2009) e o historiador Fernand Braudel (1902-1985).
> >
> > Não foram poucos, desde então, os catedráticos estrangeiros que ajudaram a
> > formar brasileiros. Tampouco era incomum, até o final do século 20, que
> > pesquisadores nacionais cursassem a pós-graduação em países avançados 
(hoje
> > em dia é mais usual obter mestrado e doutorado no Brasil).
> >
> > O caminho inverso, no entanto, costuma ser pouco trilhado. A USP atrai
> > escassos estudantes além-fronteiras, em especial para os cursos de
> > graduação: apenas 1.440, segundo registro de janeiro, aí incluídos todos 
os
> > que afluíram a ela por meio de convênios.
> >
> > Há na instituição paulista 55.451 alunos, de modo que a parcela de
> > estrangeiros na graduação corresponde a meros 2,6%. Em universidades
> > verdadeiramente internacionalizadas, como a americana Harvard, essa
> > proporção chega a 11%.
> >
> > Até a recente autorização, uma matéria só poderia ser oferecida na USP em
> > inglês, por exemplo, se apresentada também, simultânea e inviavelmente, em
> > português.
> >
> > Agora, alunos brasileiros e estrangeiros passam a ter a opção de cursar ao
> > menos algumas disciplinas em outra língua. Para os nacionais, surge a
> > oportunidade de familiarizar-se com o vocabulário técnico e conceitual de
> > sua área de especialidade em outro idioma.
> >
> > Para atrair estudantes do exterior, contudo, ainda é pouco. A USP deveria
> > considerar o exemplo da Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou um
> > curso de administração todo ele dado em inglês.
> >
> > Esse passo mais ousado serviria ainda para fazer a USP ganhar pontos em
> > rankings internacionais que valorizam tais iniciativas.
> >
> > O principal benefício, porém, viria da volta dos formandos para os países
> > de origem. Os vínculos aqui criados favoreceriam a inserção da USP em 
redes
> > mundiais de pesquisa e o enraizamento de sua boa reputação em solo
> > estrangeiro.
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Dani Gamerman
Depto. de Métodos Estatísticos (DME)
Lab. de Sistemas Estocásticos (LSE)
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