[ABE-L] RES: Ciência

Pledson Guedes de Medeiros pledson em ccet.ufrn.br
Qua Abr 13 17:08:29 -03 2016


Caro Luiz Sérgio,

você está certo quanto ao fato da questão da corrupção não está associada a este pedido de impeachment mas, ao meu ver, equivocado quanto a questão das pedaladas fiscais e crédito suplementar.
O placar de 8x0 do TCU, ao qual você se refere, está relacionado ao julgamento referente às contas de 2014, ou seja, o TCU ainda não julgou as contas de 2015...
Quanto à liberação de créditos suplementares, sem autorização do Congresso, durante o ano de 2015, o próprio congresso autorizou, em dezembro, o ajuste no orçamento da união, o que tornou esses créditos suplementares válidos.
 
Lembrando que esse processo de impeachment se refere aos atos praticados no ano de 2015, como bem esclareceu o presidente da Câmara, o nosso ilustre Eduardo Cunha, dado que um governante não pode sofrer impeachment por algo que ocorreu em um mandato já finalizado. Ele pode ser processado, mas jamais sofrer impeachment.

O fato é que este julgamento não possui crime de responsabilidade tipificado. Ademais, o relator colocou em seu relatório fatos ocorridos em anos anteriores (2014) e também citou fatos de corrupção o que, como você bem esclareceu, não é objeto desse processo. Ao meu ver, apesar de não ser advogado, esse processo deverá ser anulado no STF pelas diversas inconsistências existentes. Digo deverá porque o direito é interpretativo....

O bom da Democracia é que todos podemos emitir nossa opinião.

Att,
 
Prof. Pledson Guedes de Medeiros 
Professor Associado 
Sala 80 - Departamento de Estatística(DEST) - CCET - UFRN 
Fone: (84) 3215-3786

---------- Original Message -----------
From: Luiz Sergio Vaz <400373 em sarah.br> 
To: ABE Lista <abe-l em ime.usp.br> 
Sent: Wed, 13 Apr 2016 18:55:15 +0000 
Subject: [ABE-L] RES:  Ciência

> O impeachment não é devido à corrupção, mas às pedaladas fiscais (comprovadas pelos 8x0 do TCU) e à liberação de créditos suplementares, sem autorização do Congresso.
> Corrupção é assunto para a Lava-jato e foi o tema do mensalão.
> 
> O impeachment não influenciará no nível de corrupção do país. O caso Collor é um exemplo. Apenas lançará luz sobre o cuidado que o governante deve ter com o erário.
> Já a lava-jato e as 10 medidas do MP ( http://www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/10-medidas ), estes, sim, terão efeito direto.
> 
> -----Mensagem original-----
> De: abe [mailto:abe-bounces em lists.ime.usp.br] Em nome de poliveir em ime.usp.br
> Enviada em: quarta-feira, 13 de abril de 2016 15:08
> Para: Basilio de Bragança Pereira
> Cc: ABE Lista
> Assunto: Re: [ABE-L] Ciência
> 
> Prezados coelgas
> 
> Para mim, esse impeachment me dá a impressão de que a maior finalidade é de proteger a corrupção e corruptos colocando todoss esses fatos embaixo do tapete.
> 
> Saudações,
> 
>                        Paulo Tadeu Oliveira
> 
> Citando Basilio de Bragança Pereira <basilio em hucff.ufrj.br>:
> 
> > Quando falam em Mensalão , Petrolão me lembram o Mar de Lama na época 
> > do Getulio Vargas , Jacareacanga de Juscelino , Corrupção da época do 
> > Jango  e a midia ladina da honestidade de Assis Chateaubrian, Lacerda e agora Globo,
> > Veja   e companheiros.
> > Mudaram o governo e acabou a corrupção? Ou era para continuar a mesma?
> >
> >
> > Em 13 de abril de 2016 13:24, Marcelo L. Arruda 
> > <mlarruda em terra.com.br>
> > escreveu:
> >
> >> Acho que um ponto de vista discordante faz bem para uma discussão saudável.
> >>
> >> Posso estar sendo otimista e/ou idealista, mas eu acho que a situação 
> >> do país tem uma grande chance de melhorar. Eu vejo em forte andamento 
> >> um movimento que começou lááááá atrás com o Mensalão, que está 
> >> atualmente atingindo o cume com o Petrolão e que tudo indica que 
> >> ainda se alastrará e atingirá outros partidos, outros caciques e 
> >> outras esferas. E o significado desse movimento é tão importante 
> >> quanto auspicioso: a força e a independência do Judiciário se 
> >> firmando na extirpação da impunidade. É claro que trata-se "apenas" 
> >> da impunidade em alto nível e que quem vende DVD pirata, faz TV a 
> >> gato ou fura o sinal vermelho vai continuar tão impune e sem vergonha 
> >> quanto antes, mas essa reviração das entranhas dos altos círculos da 
> >> política já é altamente positiva no mínimo como lição para os mais jovens.
> >>
> >> Em termos de curtíssimo prazo, vejo dois anos de N operações, 
> >> delações e quetais continuando a faxina política nacional e criando o 
> >> cenário sob o qual serão disputadas as eleições de 2018. E só Deus 
> >> sabe quem chegará lá com cacife para vencer o pleito. A esperança é 
> >> que esse período de faxina sob a administração Temer provoque alguma 
> >> conscientização nos eleitores e (por que não?) nos próximos candidatos.
> >>
> >> E com relação à vinda de um regime ditatorial, pergunto: 14 anos com 
> >> pensadores influentes tentando enfiar goela abaixo do povo um 
> >> Pensamento Único, 14 anos em que qualquer palavra mal calculada já 
> >> vira ofensa, preconceito e denegrimento, não são uma forma de regime ditatorial?
> >>
> >> Saudações esperançosas,
> >> Marcelo
> >>
> >> -----Mensagem Original----- From: poliveir em ime.usp.br
> >> Sent: Wednesday, April 13, 2016 11:09 AM
> >> To: Julio Stern
> >> Cc: ABE Lista
> >> Subject: Re: [ABE-L] Ciência
> >>
> >> Prezados colegas
> >>
> >> REsolvi agora dá minha opinião sobre a situação atual que resume no
> >> seguinte:
> >>
> >> 1 - A crise vai piorar com ou sem impeachment
> >>
> >> 2 - O impeachment na verdade só vai fazer acobertar a corrupção e não 
> >> exterminá-la
> >>
> >> 3 - Não vejo perspectiva de futuro nesse país
> >>
> >> 4 - Se já estava sem emprego ou trabalho vai continuar e com 
> >> perspectivas de piorar ainda mais
> >>
> >> 5 - Tende a piorar mais para as minorias como pessoas com 
> >> deficiência, negros e outras com maior discriminação e mais 
> >> dificuldades para serem incluídas.
> >>
> >>
> >> 6 - Vikslumbro a vinda de um regime ditatorial.
> >>
> >>
> >> Saudações mais pessimistas,
> >>
> >>                   Paulo Tadeu Oliveira Citando Julio Stern 
> >> <jmstern em hotmail.com>:
> >>
> >> Fatos:  - Final do velho mandato:    Populismo desvairado com  desperdicio
> >>> macico de recursos.  - Comeco do novo mandato:    Pais  na bancarrota,
> >>> falencia institucional generalizada,     e  consequente corte de muitas
> >>> atividades vitais. Conclusao (nao  juridica  -- sou leigo --  mas ica):   -
> >>> Pedalar (atentar contra a  lei orcamentaria) eh crime! ---Julio 
> >>> Stern
> >>>
> >>> Date: Wed, 13 Apr 2016 10:05:54 -0300
> >>> From: cribari em de.ufpe.br
> >>> To: abe-l em ime.usp.br
> >>> Subject: [ABE-L] Ciência
> >>>
> >>> Fonte:
> >>> http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,com-menor-verba-em-12-a
> >>> nos--ciencia-perde-r-1-bi-e-bolsas-sao-congeladas,1855374
> >>>
> >>> O Estado de São Paulo, 13 de abril de 2016 Ciência perde R$ 1 bi e 
> >>> bolsas são congeladasHERTON ESCOBAR - O  ESTADO DE S. PAULO13 Abril 
> >>> 2016 | 03h 00 - Atualizado: 13 Abril 2016  | 07h 40Verba é a menor 
> >>> em 12 anos; MCTI sofreu redução de 25% nos  recursos disponíveis, 
> >>> enquanto MEC perdeu R$ 4,3 bilhõesNovos cortes  orçamentários no 
> >>> Ministério da Educação (MEC) e no Ministério da  Ciência, Tecnologia 
> >>> e Inovação (MCTI) ameaçam agravar a situação de  penúria da ciência 
> >>> nacional, com redução de recursos para bolsas e  para financiamento 
> >>> de pesquisas nas universidades.O MCTI sofreu  contingenciamento de 
> >>> R$ 1 bilhão, uma redução orçamentária de quase  25%, que fez seu 
> >>> limite de empenho despencar para R$
> >>> 3,3 bilhões [UTF-8?]– o  menor dos últimos 12 anos, pelo menos, em valores 
> >>> corrigidos pela  inflação. Já o MEC perdeu R$ 4,3 bilhões, segundo 
> >>> os novos ajustes  fiscais divulgados em 30 de março, no Diário 
> >>> Oficial da União.As consequências foram sentidas imediatamente. O 
> >>> Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
> >>> (CNPq), agência de fomento  do MCTI, suspendeu a concessão de bolsas no exterior por tempo  indeterminado.
> >>> [UTF-8?]“É uma equação muito simples. O orçamento que a gente  tem dá para 
> >>> pagar todos os bolsistas no País e no exterior. O que não dá é para 
> >>> conceder novas [UTF-8?]bolsas”, disse ao Estado o presidente  do CNPq, 
> >>> Hernan Chaimovich.Trata-se de uma situação temporária,  segundo ele, 
> >>> cuja duração vai depender da recuperação econômica do  País. [UTF-8?]“O que 
> >>> é certo é que o CNPq tem responsabilidade com a ciência  nacional e 
> >>> vamos, dentro do orçamento possível, manter todos os  compromissos e 
> >>> pagar todos os [UTF-8?]bolsistas”, afirmou.Queda. Segundo a  agência, não há 
> >>> como prever quantas bolsas deixarão de ser  concedidas, pois o 
> >>> processo é sob demanda, e isso varia ano a ano.  Hoje, 6,9 mil 
> >>> alunos recebem bolsa no exterior do CNPq, ante
> >>> 10,6  mil em 2014 [UTF-8?]– uma redução de 35%. O número de novas bolsas 
> >>> concedidas caiu de forma mais drástica: foram 902 em 2015, ante 9,7  
> >>> mil em 2014. No primeiro trimestre deste ano, foram só 72. Grande 
> >>> parte dessa redução está relacionada ao fim da primeira fase do  
> >>> programa Ciência sem Fronteiras, cuja continuidade também está  
> >>> ameaçada.O único edital de grande porte lançado pelo CNPq neste ano,  
> >>> no valor de R$ 200 milhões, foi a tradicional Chamada Universal [UTF-8?]–  
> >>> que não foi aberta em 2015, por limitações orçamentárias. Segundo  
> >>> Chaimovich, o CNPq não vai abrir nenhum edital sem a certeza de que  
> >>> há recursos disponíveis para executá-lo. A prioridade, por enquanto,  
> >>> segundo ele, ainda é terminar de pagar a Chamada Universal de 2014 e  
> >>> quitar outras dívidas do órgão. [UTF-8?]“Uma vez que fecharmos o passivo, o  
> >>> valor dos editais vai [UTF-8?]aumentar.”O MCTI negocia desde o ano passado [UTF-8?]–  
> >>> quando seu orçamento também foi contingenciado em 25% [UTF-8?]– um 
> >>> empréstimo de US$ 1,4 bilhão do Banco Interamericano de  
> >>> Desenvolvimento (BID), para reabastecer seus cofres. Segundo  
> >>> informações divulgadas nesta terça-feira pelo ministério, o 
> >>> empréstimo foi autorizado pelo governo federal e será encaminhado à 
> >>> Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) para aprovação 
> >>> definitiva.Bolsas congeladas. Assim que o corte no orçamento do MEC  
> >>> foi divulgado, coordenadores dos programas de pós-graduação em todo  
> >>> o País começaram a receber comunicados da Coordenação de 
> >>> Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informando  
> >>> sobre a [UTF-8?]“suspensão do cadastramento de novos bolsistas em cotas  
> >>> verificadas como [UTF-8?]ociosas”.A medida congelou 7.408 bolsas, das mais  
> >>> de 88 mil que a Capes paga no País. Segundo o aviso, a suspensão  
> >>> ficará em vigor por até dois meses, [UTF-8?]“período no qual será conduzida  
> >>> uma análise detalhada acerca do uso das [UTF-8?]bolsas”, seguida de uma  
> >>> [UTF-8?]“recomposição [UTF-8?]gradual” para aqueles programas que apresentarem [UTF-8?]“uso [UTF-8?] satisfatório”. Na noite desta terça-feira, procurada pela  reportagem, a Capes informou que 2.295 bolsas já foram reinseridas no sistema. Membros da comunidade científica foram surpreendidos  pela medida.
> >>> Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 228  bolsas que 
> >>> seriam concedidas nos próximos dois meses para alunos já  
> >>> selecionados foram recolhidas pela Capes [UTF-8?]– redução de quase 20% no  
> >>> total de bolsas disponíveis para a [UTF-8?]instituição.“Enfatizamos que  
> >>> essas bolsas não estavam ociosas, mas aguardando os alunos para ser  
> >>> implementadas a partir deste mês. Não temos nenhuma bolsa sobrando  
> >>> na [UTF-8?]universidade”, diz o vice-coordenador da Câmara de Pós-graduação  
> >>> da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Ruy Campos.
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> > COPPE-Posgraduate School of Engineering and HUCFF-University Hospital 
> > Clementino Fraga Filho.
> > *Tel: 55 21 3938-7045/7047/2618
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