[ABE-L] Ciência e Tecnologia

Sáb Maio 14 00:58:35 -03 2016

Prezado Gabriel e demais,

Nossa rede está calma demais, então faço questão de me manifestar, possivelmente provocar.

Compartilho, há muito tempo, desta opinião exposta pelo Gabriel. No entanto, também sei que não há como exigir que o primeiro escalão seja ocupado apenas por técnicos da área ou administradores de alto nível, até porque estes raramente aceitam trabalhar na administração pública, e aqueles nem sempre aceitam, sejam pelo peso da cadeira, seja pelo inaceitável,  cabível e necessário, retorno ao posto anterior, tendo que responder administrativamente por vários anos a fio.

Temos que considerar que há exdrúxulos 35 partidos políticos na nossa pátria amada, e os "partidos da base" exigem ser representados com ocupantes das principais cadeiras ministeriais.  Se isso está errado, como acredito, assumo mea-culpa, e ninguém está isento.

Sobretudo, também acredito que um Ministro de Estado, independente da área, tem que ser um gestor público comprometido com a causa. Se assim o for, ele se cercará de excelentes assessores que o conduzirão na direção do que a área realmente almeja.  Isso realmente é o mais importante. Não nos iludamos pensando que todas as iniciativas de um ministério saiu da cabeça iluminada do tal ministro. O regime não deve ser "Ministerialista".

Também creio haver dezenas de outros nomes melhores para as cadeiras que nos interessam, mas acho necessário um tempo de observação.  É fato que alguns colegas não compartilharão da mesma linha de pensamento, mas variância nula não é coisa que um estatístico admire (N.R.).

Saudações Acadêmicas,

Héliton

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From: abe <abe-bounces em lists.ime.usp.br> on behalf of Gabriel Afonso Marchesi Lopes <marchesilopes em hotmail.com>
Sent: Friday, May 13, 2016 11:29 PM
To: abe em lists.ime.usp.br
Subject: Re: [ABE-L] Ciência e Tecnologia

Prezados,

O Brasil precisa de gestores. A vivência e a atuação na área é um diferencial, porém não vejo como algo indispensável. O importante é, acima de tudo, saber gerir os recursos escassos e maximizar a eficiência em sua utilização.

É perfeitamente viável um Ministro da Educação sem vivências em docência ou um Ministro que assuma as atribuições de competência da área de ciência e tecnologia que nunca foi um pesquisador de carreira. Colocar pessoas com títulos em áreas correlatas em geral não passa de mera vitrine. Defendo que os Ministérios deveriam ser técnicos desde o primeiro escalão, em detrimento as escolhas puramente políticas que historicamente tem ocorrido em nosso país e que fazem com que o progresso fique engessado, pois aqueles que realmente entendem de administração acabam quando muito no terceiro escalão, mas em geral bem abaixo disso.

O importante, na minha visão, é o Ministro entender de gestão pública e, também, privada, de índices relevantes, de comportamento global, de boas práticas, de alocação de recursos humanos e financeiros, de legislação orçamentária, de distribuição de competências, de logística, e até mesmo de competitividade. Se o indivíduo tiver essas qualificações, então saberá se cercar de bons conselheiros e assessores que o orientarão na especificidade da pasta.

Não precisamos de um Professor no Ministério da Educação, de um Médico no Ministério da Saúde ou de um Jogador de Futebol no Ministério dos Esportes. Precisamos sim é de pessoas que saibam dialogar com os professores e demais servidores educacionais para entender as demandas do Ministério da Educação e, uma vez ciente daquilo que é preciso fazer, saiba exatamente como fazer e, mais que isso, saiba fazer da melhor maneira possível de forma a trazer mais benefícios e qualidade para todos os usuários e agentes dos serviços prestados na área da educação. E mesmo raciocínio para os demais Ministérios.

Abraços,

--
Gabriel Afonso Marchesi Lopes
Atuário MTb/MIBA nº 2.068
Estatístico CONRE/4ª Região nº 9.765
Pós-graduado em Perícia e Auditoria - NECON/UFRGS
Conselheiro Suplente no Conselho Regional de Estatística da 4ª Região
Telefone: (0xx51) 9727.2524

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To: abe em lists.ime.usp.br
From: carvalho em statistika.com.br
Date: Thu, 12 May 2016 19:59:17 -0300
Subject: Re: [ABE-L] Ciência e Tecnologia

Carísssimo Vermelho e colegas:

Lembrei-me de uma peça de Les Luthiers um conjunto de músicos argentinos, muito gozadores, que faziam sucesso com suas críticas no tempo de nossas dtaduras "del cono sur". Fazem blague, na terceira seção, de um "noticiário" do cinema, aqueles bem antigos. Uma das notícias é que o presidente da república irmã de Feudália, dá osse a seu novo ministério. Ministro da Saúde, general fulano de tal; ministro de agricultura contra almirante sicrano, ministro de vias navegáveis, general sicrano; MINISTRO DA EDUCAÇÃO: CABO ZÉZINHO DAS CABROCHAS.

O caso é mais ou menos esse?

Abs

Zé Carvalho

Ps mas a coisa deve melhorar; pois piorar é impossível, do jeito que ficou este país. É a eterna votória da esperança sobre a experiência!

Em temop: assistam a curta peça (áudio): https://www.youtube.com/watch?v=tq95A1oRAe0

On 05/12/2016 09:31 AM, Vermelho wrote:
Caros,
Não quero fazer provocação, mas a troca do pastor pelo Kassab na Ciência e Tecnologia é vantagem o prejuízo?
Castigo ou absolvição?

Vermelho
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