[ABE-L] Usos e abusos dos números

Rodrigo Targino targino em dme.ufrj.br
Ter Dez 26 11:00:04 -03 2017


Hedibert,
obrigado pela análise. É sempre bom ver alguém tratando os números (sejam
eles quais forem!) com carinho e cuidado! :)

Só pra botar um pouco de lenha na fogueira (e tentar fazer a Lista reviver
seus bons momentos de longas discussões!) faço uma pergunta:
*O quão confiáveis são os dados de renda compilados pela Andifes?*

Vocês mesmo mencionam (com razão!) que "verificar quem pode ou não pagar
(uma operação complexa)" teria custos. Nos 6 anos que passei como estudante
na UFRJ não me recordo de nenhum censo entre os alunos. Imagino, portanto,
que esses dados sejam de alguma "renda informada", provavelmente em um dos
inúmeros formulários que os alunos preenchem quando fazem o
vestibular/ENEM/inscrição.

Sendo a renda uma "renda informada", vejo pelo menos dois problemas
simples: (1) o candidato/aluno não sabe a renda da sua família e (2) dada a
eterna discussão sobre cobrança de mensalidades dos alunos de "alta renda"
o candidato/aluno tem um incentivo para diminuir sua renda familiar.

A única informação que encontrei sobre as pesquisas da Andifes foi o
seguinte texto, que me leva a crer que houve uma pesquisa por amostragem:

*"HISTÓRICO*

*A última pesquisa realizada pelo ANDIFES foi em 2010 e teve a participação
de estudantes de 56 instituições federais de ensino superior. Naquele ano,
a pesquisa constatou que 43,74% dos alunos das universidades federais
pertenciam às classes C, D e E; e que o percentual de estudantes de
raça/cor/etnia preta aumentou de 5,9% em 2004 (período da pesquisa
anterior) para 8,7%, em 2010."*

http://www.andifes.org.br/politicas-de-expansao-e-inclusao-contribuem-para-que-as-classes-d-e-e-sejam-a-maioria-dos-estudantes-das-universidades-federais/

Minha experiência diz também que a variabilidade de renda entre os alunos
das IFES é muito grande, tanto dentro da mesma universidade (Eng. Produção
vs Letras, por exemplo), como entre universidades. Acho importante manter
isso em mente, e lembrar que alguma forma de cobrança em IFES geraria uma
transferência de renda entre cursos/IFES "ricas" para "pobres". Esse tipo
de política pública poderia dar isenções para cursos/IFES sabidamente de
"baixa renda", canalizando alunos de mais alta renda para cursos gratuitos,
como Licenciaturas, por exemplo.

Abraços a todos e bom final de ano!

Rodrigo

On Sun, 24 Dec 2017 at 08:13 Lisbeth Cordani <lisbethkcordani em gmail.com>
wrote:

> Bom dia Hedibert
>
>
> EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA PARA TODOS... a começar dos primeiros anos
> escolares...
>
> Quem sabe assim podemos reverter o quadro das interpretações
> estapafúrdias.
>
> Parabéns por trazer o tema para a lista.
>
> Aproveito para desejar Boas Festas a tod em s, compartilhando Carlos
> Galhardo e Assis Valente, gravação de 1933...
>
>
>
> https://www.youtube.com/watch?v=fJy6rp4maDU&list=PLCkmYOs4j7omCGvD2cUHPWQ2G6s12vzPp
>
> Abrcs esperançosos, Lisbeth
>
>
> Em sábado, 23 de dezembro de 2017, Hedibert Lopes <hedibert em gmail.com>
> escreveu:
>
>> Queridos Denise, Alexandre, Elias, Basilio e demais,
>>
>> Obrigados por dividir suas visões e/ou questionamentos.  Esse é um tema
>> que tem me interessado muito (educação, desigualdade, cotas)
>> particularmente nesse momento em que parece que todos viraram especialistas
>> em estatística.   Tem muitas interpretações estapafúrdias nesse e em muitos
>> outros temas e é nosso dever tentar esclarecer, colocar os pingos nos is.
>>
>> Abraços a todos,
>> Hedibert
>>
>> Sent from Hedibert's iPhone
>>
>> On Dec 22, 2017, at 6:51 PM, Denise Britz do Nascimento Silva <
>> denisebritz em gmail.com> wrote:
>>
>> Alexandre
>>
>> acredito sim que os efeitos seriam bons .
>>
>> Coloquei os gráficos escolhidos para a análise dos dados porque estávamos
>> tratando do ensino superior.
>>
>> Acho também que é necessário melhorar a qualidade e acesso ao ensino
>> público em todos os níveis (fundamental, médio e superior).
>>
>> Acredito que os esforços devem ser concomitantes caso contrário uma
>> geração de jovens que atualmente conclui o ensino médio em escolas
>> públicas  (e deseja seguir o ensino superior) continuará sem oportunidades
>> nesta corrida de obstáculos. Entendo que a cota é um instrumento para
>> promover equidade . Muitos discordam da minha opinião.
>> E assim... vamos construindo um debate na busca de um caminho para um
>> país melhor.
>>
>> Mas..agora...reconheço ... já falo da minha opinião e não da análise
>> informada dos dados...que era o foco inicial das mensagens.
>>
>> Abraços
>> Denise
>>
>>
>>
>> Em 22 de dezembro de 2017 17:23, Alexandre Galvão Patriota <
>> patriota.alexandre em gmail.com> escreveu:
>>
>>> Oi Elias ,
>>>
>>> "me parece claro que diminuir a desigualdade financeira não é o mesmo
>>> que diminuir a pobreza." Nessa frase, "diminuir a desigualdade" significa
>>> apenas diminuir a lacuna entre o mínimo e o máximo. A principio, isso não
>>> tem nada a ver com manter a média fixa. Ilustro abaixo dois casos.
>>>
>>> Distribuição de renda (caso com baixa desigualdade):
>>> B: --[--]--------------------------
>>>
>>> Distribuição de renda (caso com alta desigualdade):
>>> A: ----------------[-------------]--
>>>
>>> Claro que tem todos os outros casos que não foram citados (alta
>>> desigualdade e muitos pobres, baixa desigualdade e poucos pobres). Há
>>> politicas econômicas cujo objetivo principal é diminuir a desigualdade
>>> punindo os mais ricos (proposta por neo-marxistas como Piketty, por
>>> exemplo). Há políticas econômicas que se preocupam em diminuir a pobreza
>>> pouco se importando com a desigualdade (proposta por economistas austríacos
>>> e outros), e assim por diante.
>>>
>>>
>>> Denise,
>>>
>>> Muito interessante os gráficos.
>>>
>>> Seria interessante ver o que aconteceria na renda familiar das pessoas
>>> mais pobres, se o Estado aumentasse significativamente a qualidade do
>>> ensino básico (fundamental e médio). Por exemplo, professores com
>>> bacharelado na área, algumas poucas disciplinas da pedagogia (e não o
>>> inverso como é feito hoje) e um bom mestrado, como a Finlândia faz. Os
>>> dados do ENADE mostram claramente que os alunos de licenciatura em
>>> matemática sabem menos sobre a matéria do que os alunos de bacharelado.
>>> Talvez o problema realmente esteja no ensino superior, mas não do jeito que
>>> muitos estão pensando...
>>>
>>>
>>> 2017-12-22 16:23 GMT-02:00 Denise Britz do Nascimento Silva <
>>> denisebritz em gmail.com>:
>>>
>>>> Alexandre  e Hedibert
>>>>
>>>> é verdade que podemos diminuir a desigualdade sem reduzir a pobreza, ou
>>>> podemos manter a desigualdade mesmo ficando todos em pior situação
>>>> econômica.
>>>>
>>>> Para contribuir no debate, peço que vejam o gráfico 4.8 da publicação
>>>> Síntese de Indicadores Sociais do IBGE 2016 - que compara o acesso dos
>>>> estudantes mais pobres ao ensino público superior ( que reproduzo abaixo).
>>>>
>>>> https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98965.pdf
>>>>
>>>> O gráfico indica que, ao considerar a distribuição do rendimento
>>>> domiciliar per capita de estudantes da rede pública de ensino superior,   a
>>>> parcela proveniente das famílias mais pobres aumentou ao longo de 10 anos,
>>>> fornecendo evidência de que a população de estudantes do ensino público
>>>> superior  é composta proporcionalmente de mais jovens de famílias com menos
>>>> recursos financeiros (que estão conseguindo alcançar o ensino superior
>>>> público) .
>>>>
>>>> Ao mesmo tempo, o gráfico 6.3 indica uma leve tendência da renda
>>>> domiciliar per capita mediana (todos os valores corrigidos pela inflação
>>>> para base 2015). Deve-se também reconhecer a queda de 2014 para 2015.
>>>> Adicionalmente,  o gráfico 6.4 indica que a parcela da população com
>>>> rendimento domiciliar per capita mais baixo diminui, se deslocando para
>>>> estratos de rendimento superiores adjacentes (mas também houve leve queda
>>>> nos estrato superior).
>>>>
>>>> Acredito que, unindo as evidências, ainda  é possível concluir que, de
>>>> 2005 a 2015, as famílias brasileiras não ficaram mais pobres, houve aumento
>>>> real de rendimento. Acho então que as famílias dos estudantes não ficaram
>>>> mais pobres, entretanto mais estudantes de famílias pobres alcançaram o
>>>> ensino superior, indicando  mudança de composição da população de
>>>> estudantes do ensino superior público.
>>>>
>>>> Lembro que os dados referem-se à década 2005-2015.
>>>>
>>>> Abraços e seguem os gráficos.
>>>> Denise
>>>>
>>>>
>>>> [image: Imagem inline 1]
>>>>
>>>> [image: Imagem inline 2]
>>>>
>>>> [image: Imagem inline 3]
>>>>
>>>> Em 22 de dezembro de 2017 14:05, Alexandre Galvão Patriota <
>>>> patriota.alexandre em gmail.com> escreveu:
>>>>
>>>>> Parabéns ao Hedibert e a Tatiana pelo artigo.
>>>>>
>>>>> Sobre o último parágrafo:
>>>>>
>>>>> ``Se o objetivo é corrigir as desigualdades do ensino superior
>>>>> público, já temos uma política de sucesso: as cotas. De 2010 a 2014, o
>>>>> percentual de estudantes com renda familiar de até 3 salários mínimos
>>>>> aumentou 27%, ao passo que a faixa acima de 7 salários diminuiu 37%. A
>>>>> política de cotas ainda está em fase de implementação e seus efeitos plenos
>>>>> só poderão ser medidos em 2018. Tudo leva a crer que o melhor caminho é
>>>>> expandir e aprimorar essa política que, em virtude do comprovado aumento
>>>>> salarial dos formados, provoca uma efetiva e duradoura redução das
>>>>> desigualdades.´´
>>>>>
>>>>> Corrijam-me se eu estiver errado, mas: se o percentual de estudantes
>>>>> com renda familiar entre [0,3] aumentou 27% e o percentual de estudantes
>>>>> com renda familiar entre [7,inf) diminuiu 37%, então podemos afirmar que em
>>>>> um certo sentido as famílias dos estudantes estão *mais* pobres. Não
>>>>> quero entrar nos detalhes filosóficos das teorias econômicas, mas me parece
>>>>> claro que diminuir a desigualdade financeira não é o mesmo que diminuir a
>>>>> pobreza.
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> 2017-12-22 9:22 GMT-02:00 Hedibert Lopes <hedibert em gmail.com>:
>>>>>
>>>>>> Usos e abusos dos números
>>>>>> Por Hedibert Lopes e Tatiana Roque
>>>>>>
>>>>>> http://www.valor.com.br/opiniao/5235489/usos-e-abusos-dos-numeros
>>>>>>
>>>>>> A regressividade dos gastos com ensino superior público é apontada
>>>>>> frequentemente como justificativa para a cobrança de mensalidades. O
>>>>>> relatório recente do Banco Mundial afirma, por exemplo, que 65% dos
>>>>>> estudantes das universidades federais estão entre os 40% mais ricos. Quem
>>>>>> são esses "mais ricos"?
>>>>>>
>>>>>> Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2015
>>>>>> mostram que nesse grupo de 40% "mais ricos" estão pessoas com renda per
>>>>>> capita média de R$ 960,00. O Banco Mundial não define a partir de que renda
>>>>>> se pode designar um grupo como o dos mais ricos, nem justifica o foco nos
>>>>>> 40%. Poderíamos selecionar os 30% mais ricos, que ganham acima de R$
>>>>>> 1.200,00; ou os 20%, que ganham acima de R$ 1.700,00. A renda média desses
>>>>>> grupos difere pouco. De fato, a distância só aumenta quando selecionamos os
>>>>>> 10% mais ricos.
>>>>>>
>>>>>> Suponhamos que fossem cobradas mensalidades dos estudantes que
>>>>>> realmente têm condições de pagar, escalonadas de acordo com a renda. Usando
>>>>>> os dados da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de
>>>>>> Ensino Superior (Andifes), verificamos que 81% dos estudantes vêm de
>>>>>> famílias com renda bruta familiar inferior a R$ 6.500,00, logo não poderiam
>>>>>> pagar. Na faixa de renda familiar bruta entre R$ 6.500,00 e R$ 9.300,00
>>>>>> estão 9% dos estudantes (de um total de aproximadamente 1 milhão,
>>>>>> somando-se todas as universidades federais do país). Superestimando a
>>>>>> capacidade de desembolso em 15%, essas famílias pagariam uma mensalidade de
>>>>>> R$ 1.200,00, perfazendo R$ 1,3 bilhão no total. Já a faixa com renda
>>>>>> familiar bruta acima de R$ 9.300,00 compreende 10% dos estudantes, mas é
>>>>>> preciso analisar detalhadamente a distribuição de renda nessa faixa.
>>>>>>
>>>>>> O estudo da desigualdade feito pela Oxfam mostra que, no topo da
>>>>>> população, reproduz-se a aberrante desigualdade brasileira: as famílias 10%
>>>>>> mais ricas têm rendimentos médios de R$ 18.000,00, sendo o rendimento médio
>>>>>> das famílias 1% mais ricas de R$ 160 mil. Logo, mantendo nossa estimativa
>>>>>> do valor da mensalidade em 15% da renda familiar, obtemos que 9% dos
>>>>>> estudantes pagariam R$ 2.700. Já os 1% mais ricos pagariam R$ 4 mil - o
>>>>>> valor da mensalidade nas melhores universidades privadas. Somando-se, ao
>>>>>> fim, todas as mensalidades possíveis, chegamos a um total de R$ 4,7
>>>>>> bilhões, ou seja, em torno de 11% do orçamento anual das universidades
>>>>>> federais (de R$ 41 bilhões). Devemos lembrar, contudo, que é necessário
>>>>>> subtrair desse percentual o custo de se verificar quem pode ou não pagar
>>>>>> (uma operação complexa), além do custo de administrar a cobrança. Na
>>>>>> verdade, implementar medidas para melhorar a administração da universidade
>>>>>> - o que não contradiz seu caráter público - poderia ser bem mais efetivo.
>>>>>>
>>>>>> Resumindo, cobrar mensalidades ajudaria pouco a enxugar o orçamento
>>>>>> público e o Banco Mundial parece ter forçado os números para nos convencer
>>>>>> do contrário. O cerne da disputa está nas faixas intermediárias, que nem
>>>>>> podem realmente pagar nem entram na categoria de pobres (para fazer jus a
>>>>>> bolsas). A solução ventilada para esse grupo de renda média é o crédito,
>>>>>> que já mostrou efeitos perversos nos EUA e na Inglaterra, levando a um
>>>>>> grave endividamento de estudantes - comprometendo o futuro de jovens que
>>>>>> sequer ingressaram no mercado de trabalho.
>>>>>>
>>>>>> Do ponto de vista matemático, o problema é que a curva de
>>>>>> distribuição de renda no Brasil é extremamente assimétrica (quase linear
>>>>>> até o decil mais alto), em nada semelhante a uma curva normal.
>>>>>>
>>>>>> Dito de modo menos técnico, as faixas de renda intermediárias dos
>>>>>> brasileiros são muito similares - e excessivamente baixas. Isso torna pouco
>>>>>> rigorosa a separação entre "mais ricos" e "mais pobres", sob o risco de
>>>>>> distinguir quem ganha R$ 960 por mês de quem ganha R$ 800. Só um critério
>>>>>> qualitativo pode estabelecer a partir de que renda alguém pode ser
>>>>>> considerado "não pobre".
>>>>>>
>>>>>> É positiva a tendência de analisar políticas públicas usando
>>>>>> estatísticas. Deve-se tomar cuidado, todavia, com a dissociação entre
>>>>>> informações quantitativas e qualitativas. A postura científica aconselha o
>>>>>> uso de estatísticas para confirmar ou refutar perguntas em aberto. Mas as
>>>>>> definições dos termos do problema, com impactos sociais significativos,
>>>>>> precisam levar em conta o ideal de sociedade que se quer construir.
>>>>>>
>>>>>> Se o objetivo é corrigir as desigualdades do ensino superior público,
>>>>>> já temos uma política de sucesso: as cotas. De 2010 a 2014, o percentual de
>>>>>> estudantes com renda familiar de até 3 salários mínimos aumentou 27%, ao
>>>>>> passo que a faixa acima de 7 salários diminuiu 37%. A política de cotas
>>>>>> ainda está em fase de implementação e seus efeitos plenos só poderão ser
>>>>>> medidos em 2018. Tudo leva a crer que o melhor caminho é expandir e
>>>>>> aprimorar essa política que, em virtude do comprovado aumento salarial dos
>>>>>> formados, provoca uma efetiva e duradoura redução das desigualdades.
>>>>>>
>>>>>> Hedibert Lopes é professor titular de Estatística e Econometria do
>>>>>> Insper e foi Professor da Booth School of Business da Universidade de
>>>>>> Chicago
>>>>>>
>>>>>> Tatiana Roque é professora do Instituto de Matemática da UFRJ e foi
>>>>>> presidente da Associação dos Docentes da UFRJ (ADUFRJ)
>>>>>>
>>>>>>
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>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> _______________________________________________
>>>>>> abe mailing list
>>>>>> abe em lists.ime.usp.br
>>>>>> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
>>>>>>
>>>>>>
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>>>>>
>>>>> --
>>>>> Prof. Dr. Alexandre G. Patriota,
>>>>> Department of Statistics,
>>>>> Institute of Mathematics and Statistics,
>>>>> University of São Paulo, Brazil.
>>>>>
>>>>> _______________________________________________
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>>> Prof. Dr. Alexandre G. Patriota,
>>> Department of Statistics,
>>> Institute of Mathematics and Statistics,
>>> University of São Paulo, Brazil.
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