[ABE-L] Saudosismo e Inversão de Mérito

Alexandre Galvão Patriota patriota.alexandre em gmail.com
Sáb Jul 7 15:43:56 -03 2018


Francisco, eu concordo que o Qualis é problemático. Apesar de sabermos no
fundo quais são as revistas relevantes na nossa área, novas revistas vão
surgindo e fica difícil acompanharmos a dinâmica das mudanças. Acho que
devemos evitar a inversão de valores do seguinte tipo: tem gente que
prefere ter o artigo publicado o mais rápido possível e sem estresse para
garantir um ponto a mais no relatório de prestação de contas. Isso o leva a
submeter seu artigo para uma revista de baixa reputação e o pesquisador
acaba invertendo os valores. Precisamos estimular a publicação em revistas
de alta qualidade e em vez de aumentarmos o número de publicações, devíamos
aumentar a qualidade e o impacto da nossa pesquisa. Essa mensagem deveria
ficar clara para os estudantes.

Gauss, interessante essa qualificação, onde eu encontro as criticas? Mudei
a área para Statistics, Probability and Uncertainty e a revista Statistics
in medicine não apareceu na lista nem a BJPS, esquisito.

Nenhuma classificação está livre de criticas, mas esta pode ser uma métrica
a ser considerada pois pelo menos envolve qualidade das citações.
Obviamente vai depender da definição de qualidade para eliciar os pesos de
cada citação.

Vejam mais detalhes sobre esse índice:
SJR: https://en.wikipedia.org/wiki/SCImago_Journal_Rank

Abraços


2018-07-07 14:46 GMT-03:00 Gauss Cordeiro <gauss em de.ufpe.br>:

> Caros,
>
> Nos exemplos do Alexandre, Statistics in Medicine tem o maior H, mas é A2.
>
> Entendo que seja uma tarefa impossível que qualquer comissão que se
> reúna na CAPES (por 2 ou 3 dias)
> revisando/classificando 1434 periódicos em 7 níveis não produza erros
> grosseiros levando em conta
> apenas fatores de impacto e meia vida.
>
> Da última vez, alteraram os níveis do Qualis de inúmeros periódicos em
> menor tempo do que o intervalo de tempo médio
> que gasto para trocar o óleo do meu Gol 1.0. Encontramos periódicos
> com baixos FIs nos estratos A1 e A2.
>
> Esse Qualis representa para mim, sem dúvidas, um dos grandes problemas
> que assolam os
> nossos pesquisadores da Estatística por grande variabilidade e falta
> de consistência.
>
> Uma melhor classificação de periódicos pode ser encontrada em
>
>
> https://www.scimagojr.com/journalrank.php?category=2613&page=1&total_size=217
>
> Em tempo: alguns matemáticos têm reclamado desse Qualis.
>
> Cordiais Saudações,
>
> Gauss
>
>
>
> Em 7 de julho de 2018 13:39, Alexandre Galvão Patriota
> <patriota.alexandre em gmail.com> escreveu:
> > Basilio,
> >
> > Nós todos sabemos que é difícil medir relevância e excelência. Creio que
> > tempo cuida bem da seleção dos trabalhos realmente relevantes.
> >
> > Assuntos que estão na moda hoje não estarão mais amanhã. Um artigo
> altamente
> > citado hoje pode ser esquecido amanhã (artigos de algumas áreas tem
> tempo de
> > vida curtíssimo). No fundo, o que tende a permanecer são os fundamentos
> das
> > disciplinas, os problemas conceituais, as questões semânticas. Daqui a
> pouco
> > as máquinas vão assumir a geração de trabalhos epsilon-publicáveis que
> > demandam apenas repetição e aplicação de procedimentos simples e exigem
> > pouca inventividade.
> >
> > Esperemos o tempo passar para vermos o que será relevante.
> >
> >
> > 2018-07-07 13:25 GMT-03:00 Basilio de Braganca Pereira
> > <basilio em hucff.ufrj.br>:
> >>
> >> Alexandre
> >> Enquanto estatísticos pensarem assim e não se envolverem em problemas
> >> relevantes da ciência e da sociedade não adianta ficar reclamando que
> outros
> >> profissionais estão tomando seu lugar.
> >> Pegar dados para ilustrar novos métodos às vezes irrelevantes para que
> >> serve?
> >> Recomendo ler o endereço presidencial da RSS de Henry Daniels (
> orientador
> >> de David Cox) e que fez a formulação matemática de um problema de Prêmio
> >> Nobel de bioquímica     e expansão de ponto de sela
> >> Basilio
> >>
> >> Enviado do meu iPhone
> >>
> >> Em 7 de jul de 2018, à(s) 12:57, Alexandre Galvão Patriota
> >> <patriota.alexandre em gmail.com> escreveu:
> >>
> >> Obviamente eu não precisaria dizer que os trabalhos do Professor
> Carlinhos
> >> impactaram tanto a estatística como a Ciência.
> >>
> >> A mensagem a nós jovens doutores: que façamos o nosso melhor!
> >>
> >> Abraços
> >>
> >>
> >>
> >> 2018-07-07 12:50 GMT-03:00 Alexandre Galvão Patriota
> >> <patriota.alexandre em gmail.com>:
> >>>
> >>> Prezados,
> >>>
> >>> Os senhores e senhoras aceitariam em uma defesa de tese de doutorado na
> >>> área de probabilidade e estatística que aplicasse uma ANOVA ou um
> modelo
> >>> Bayesiano simples (p~f0, X|p~B(p)) em um problema relevante publicado
> na
> >>> NATURE com centenas de milhares de citações?
> >>>
> >>> Imagino que não. O artigo acima pode ser extremamente relevante para a
> >>> ciência, mas isso não lhe confere relevância na área de probabilidade e
> >>> estatística.
> >>>
> >>> Agora notem que, segundo o site do CNPq, a bolsa de produtividade tem
> >>> como objetivo:
> >>>
> >>>> Valorizar pesquisadores que possuam produção científica, tecnológica e
> >>>> de inovação de destaque em suas respectivas áreas do conhecimento e
> >>>> incentivar o aumento da produção científica, tecnológica e de
> inovação de
> >>>> qualidade.
> >>>
> >>>
> >>> grifos meus. Por isso acredito que o pesquisador de produtividade CNPq
> é
> >>> julgado pelos artigos publicados em revistas internacionais de alto
> impacto
> >>> dentro de sua área. Nós sabemos que algumas revistas são mais fácies de
> >>> publicar do que outras, as taxas de rejeição são baixas, as revisões
> fracas.
> >>> Algumas usam formas agressivas para aumentar o fator de impacto.
> >>>
> >>> Um índice interessante para se considerar é o SJR que mede as citações
> >>> recebidas em revistas renomadas, pois não adianta ter muitas citações
> em
> >>> outras revistas de baixa relevância.
> >>>
> >>> Seguem alguns:
> >>>
> >>>
> >>> Entropy:
> https://www.scimagojr.com/journalsearch.php?q=13715&tip=sid&clean=0
> >>>
> >>> Statistics in Medicine:
> >>> https://www.scimagojr.com/journalsearch.php?q=20086&tip=sid&clean=0
> >>>
> >>> Annals of Probability:
> >>> https://www.scimagojr.com/journalsearch.php?q=24724&tip=sid&clean=0
> >>>
> >>> Annals of Statistics:
> >>> https://www.scimagojr.com/journalsearch.php?q=13649&tip=sid&clean=0
> >>>
> >>> Bernoulli:
> >>>
> https://www.scimagojr.com/journalsearch.php?q=4700152871&tip=sid&clean=0
> >>>
> >>>
> >>>
> >>> 2018-07-04 20:48 GMT-03:00 Basilio de Braganca Pereira
> >>> <basiliopereira em gmail.com>:
> >>>>
> >>>> Capes e Cnpq falando para a galera mencionam multidisciplinaridade ,
> >>>> interdisciplinaridade e outros nomes atrativos e agradáveis.
> >>>> Na hora que isso ocorre na prática e não na retórica e prejudica seus
> >>>> protegidos a coisa muda
> >>>> Basilio
> >>>>
> >>>> Enviado do meu iPhone
> >>>>
> >>>> Em 4 de jul de 2018, à(s) 17:24, Julio Stern <jmstern em hotmail.com>
> >>>> escreveu:
> >>>>
> >>>> Caros Redistas:
> >>>>
> >>>>
> >>>> (1) Comparando comparacoes:
> >>>>
> >>>>
> >>>> <Entropy>, com a qual eu e o Carlinhos
> >>>>
> >>>> colaboramos desde do inicio, aparece na
> >>>>
> >>>>
> >>>> > 4016 posicao, com fator de impacto 2.305
> >>>>
> >>>>
> >>>>
> >>>> <Brazilian journal of probability and statistics>  aparece na
> >>>>
> >>>>
> >>>>
> >>>> > 9537 posicao, com fator de impacto 0.819
> >>>>
> >>>>
> >>>> Pouco importa!  Os donos do Qualis torcem o narizinho
> >>>>
> >>>> para a Entropy,  que eh classifica como B2
> >>>>
> >>>> e tem muito amor para dar aa Rebrape, que eh B1
> >>>>
> >>>>
> >>>> A diferenca de B1 para B2 nas avaliacaos utilizadas
> >>>>
> >>>> pela CAPES e CNPq eh brutal, de modo que nao ha
> >>>>
> >>>> justificativa plausivel para tamanho disparate.
> >>>>
> >>>>
> >>>> (2) Quanto ao arguento de que o QUALIS nao deve
> >>>>
> >>>> ser utilizado para avaliar pessoas e sim programas:
> >>>>
> >>>>
> >>>> O argumento eh uma falacia obvia!
> >>>>
> >>>> > Por um lado, todo mundo eh estimulado pelas
> >>>>
> >>>> metricas de avaliacao a fazer exatamente isto;
> >>>>
> >>>> > Por outro lado, injusticas sao ``desculpadas'' automaticamente
> >>>>
> >>>> com a alugacao de erro de interpretacao.
> >>>>
> >>>>
> >>>>  Mais do um afalacia, este ah um argumento de
> >>>>
> >>>> manipulacao, que eu considero profundamente desonesto.
> >>>>
> >>>> Tecnicamente este tipo de argumento manipulativo recebe o
> >>>>
> >>>> nome do ``Double-Bind'' ,  e foi estudado em profundidade
> >>>>
> >>>> pelo antropologo e filosofo Gregory Bateson.
> >>>>
> >>>>
> >>>> Da Wikipedia:
> >>>>
> >>>>  ``Double binds are often utilized as a form of control
> >>>> without open coercion -- the use of confusion makes
> >>>> them both difficult to respond to as well as to resist.''
> >>>>
> >>>>
> >>>> Por Enquanto eh so,
> >>>>
> >>>> ---Julio Stern
> >>>>
> >>>>
> >>>>
> >>>>
> >>>> ________________________________
> >>>> From: abe <abe-bounces em lists.ime.usp.br> on behalf of Gauss Cordeiro
> por
> >>>> (abe) <abe em lists.ime.usp.br>
> >>>> Sent: Wednesday, July 4, 2018 6:23 PM
> >>>> To: Ângela Paes
> >>>> Cc: bessa mat; ABE Lista; lrfontes em usp.br
> >>>> Subject: Re: [ABE-L] Saudosismo e Inversão de Mérito
> >>>>
> >>>> Caros,
> >>>>
> >>>> Corroborando com o título do paper que a Ângela enviou (e que eu tb
> >>>> conhecia) segue
> >>>> em anexo uma classificação com os fatores de impacto de 12271
> >>>> periódicos num total de
> >>>> 265 páginas.
> >>>>
> >>>> Para encontrar na lista, por exemplo, a Biometrika, esta aparece como
> >>>> o segundo periódico da página
> >>>> 128 na 5907a posição.
> >>>>
> >>>> Sds,
> >>>>
> >>>> Gauss
> >>>>
> >>>> Em 4 de julho de 2018 14:18, Ângela Paes <atpaes em gmail.com> escreveu:
> >>>> > Essa discussão me fez lembrar de um artigo que li há muito tempo (em
> >>>> > anexo).
> >>>> > É de 2009, mas vale...
> >>>> > Att,
> >>>> >
> >>>> > Ângela
> >>>> >
> >>>> > Em 2 de julho de 2018 20:29, Francisco Cribari por (abe)
> >>>> > <abe em lists.ime.usp.br> escreveu:
> >>>> >>
> >>>> >> Apenas corrigindo o fator de impacto da Mathematics and Computers
> in
> >>>> >> Simulation: IF=1.38. A revista tem classificação A2 na Computação e
> >>>> >> B2 na
> >>>> >> nossa área.
> >>>> >>
> >>>> >> [    ]'s FC
> >>>> >>
> >>>> >> 2018-07-02 19:46 GMT-03:00 Gauss Cordeiro por (abe)
> >>>> >> <abe em lists.ime.usp.br>:
> >>>> >>>
> >>>> >>> Caros,
> >>>> >>>
> >>>> >>> My two cents neste tema:
> >>>> >>>
> >>>> >>> Gostaria apenas de recordar que no passado o Qualis de cada área
> era
> >>>> >>> composto por 3 níveis A, B e C para classificar os periódicos e os
> >>>> >>> erros grosseiros
> >>>> >>> apontados pelo Francisco (e outros que sabemos) eram minimizados.
> >>>> >>>
> >>>> >>> Depois que adotaram 7 níveis (A1-A2, B1-B5), os erros grosseiros
> do
> >>>> >>> Qualis contrários a algumas subáreas da Estatística na CAPES
> >>>> >>> cresceram muito. Eu participei da última reunião da CAPES de
> >>>> >>> classificação dos programas da pós-graduação no ano passado e
> >>>> >>> comentei
> >>>> >>> com alguns colegas presentes sobre inúmeros desses erros.
> >>>> >>>
> >>>> >>> O que observo ainda no macro é que existem conceitos de alguns
> >>>> >>> programas de pós-graduação de Estatística que estão subavaliados
> em
> >>>> >>> relação
> >>>> >>> a outros de áreas afins como, por exemplo,  Engenharia de
> Produção.
> >>>> >>>
> >>>> >>> Cordiais Saudações.
> >>>> >>>
> >>>> >>> Gauss
> >>>> >>>
> >>>> >>>
> >>>> >>>
> >>>> >>> Em 2 de julho de 2018 19:07, Francisco Cribari <cribari em gmail.com
> >
> >>>> >>> escreveu:
> >>>> >>> > 02/07/2018
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Caro Carlinhos,
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Eu servi recentemente como membro do CA-ME do CNPq. Não posso e
> >>>> >>> > não vou
> >>>> >>> > comentar sobre seu caso específico. Sua seriedade como
> pesquisador
> >>>> >>> > é
> >>>> >>> > amplamente conhecida e eu sempre nutri admiração e respeito por
> >>>> >>> > você
> >>>> >>> > enquanto profissional. Por outro lado, conheço as complexidades
> >>>> >>> > das
> >>>> >>> > avaliações feitas no âmbito do CNPq e a seriedade de todos os
> >>>> >>> > membros
> >>>> >>> > do
> >>>> >>> > CA-ME. Assim, nada posso comentar sobre o caso em pauta.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Aproveitarei, todavia, sua mensagem para tocar num ponto
> sensível,
> >>>> >>> > crucial:
> >>>> >>> > O QUALIS é --- reconheçamos --- rotineiramente usado em
> avaliações
> >>>> >>> > individuais, inclusive naquelas feitas no âmbito do CNPq. É até
> >>>> >>> > mesmo
> >>>> >>> > usado
> >>>> >>> > por avaliadores ad hoc nos pareceres que elaboram para tal órgão
> >>>> >>> > de
> >>>> >>> > fomento.
> >>>> >>> > O CA-MA tipicamente conta com dois membros de nossa área
> >>>> >>> > (Probabilidade
> >>>> >>> > e
> >>>> >>> > Estatística) e com quantitativo consideravelmente superior de
> >>>> >>> > membros
> >>>> >>> > da
> >>>> >>> > Matemática. Quando um processo é analisado no CNPq, o sistema
> >>>> >>> > online
> >>>> >>> > disponível aos membros do comitê mostra uma listagem das
> >>>> >>> > publicações
> >>>> >>> > mais
> >>>> >>> > recentes do pesquisador solicitante juntamente com as
> >>>> >>> > classificações
> >>>> >>> > QUALIS
> >>>> >>> > de cada revista (e outras informações). Após me debruçar
> >>>> >>> > detidamente e
> >>>> >>> > ao
> >>>> >>> > longo dos últimos vários anos sobre o QUALIS, meu sentimento é
> que
> >>>> >>> > muitas
> >>>> >>> > revistas da nossa área (Probabilidade e Estatística, Estatística
> >>>> >>> > em
> >>>> >>> > especial) se encontram subclassificadas relativamente às da
> >>>> >>> > Matemática
> >>>> >>> > e da
> >>>> >>> > Matemática Aplicada. Obviamente, trata-se --- e é importante
> >>>> >>> > ressaltar
> >>>> >>> > ---
> >>>> >>> > de sentimento de cunho pessoal.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Lembremos que há um QUALIS único para as revistas de: (i)
> >>>> >>> > Probabilidade
> >>>> >>> > e
> >>>> >>> > Estatística, (ii) Matemática Aplicada e (iii) Matemática.
> Contudo,
> >>>> >>> > os
> >>>> >>> > critérios usados por essas três áreas para qualificar as
> revistas
> >>>> >>> > que
> >>>> >>> > consideram ser de seu domínio ou em que pesquisadores de
> programas
> >>>> >>> > de
> >>>> >>> > pós-graduação daquela área publicaram são muito distintos.
> Suponha
> >>>> >>> > que
> >>>> >>> > o
> >>>> >>> > pesquisador X publicou na revista Y que ainda não está
> qualificada
> >>>> >>> > no
> >>>> >>> > QUALIS. Se tal pesquisador fizer parte do corpo docente de um
> >>>> >>> > programa
> >>>> >>> > de
> >>>> >>> > pós-graduação em Matemática Aplicada a revista receberá, de
> acordo
> >>>> >>> > com
> >>>> >>> > os
> >>>> >>> > critérios elencados, o conceito Z1; se o autor do artigo
> integrar
> >>>> >>> > um
> >>>> >>> > programa da Probabilidade e Estatística, o conceito será Z2. E
> nem
> >>>> >>> > sempre Z1
> >>>> >>> > é igual a Z2. Em geral, Z1 é diferente de Z2. Muitas vezes, Z1 é
> >>>> >>> > consideravelmente diferente de Z2. Isso é um problema? Creio que
> >>>> >>> > sim,
> >>>> >>> > pois o
> >>>> >>> > QUALIS é único para as três áreas e esperar-se-ia que quaisquer
> >>>> >>> > desvios
> >>>> >>> > de
> >>>> >>> > classificação, mesmo inevitáveis, fossem minimizados.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Para piorar, há divergência entre os critérios divulgados
> >>>> >>> > publicamente
> >>>> >>> > como
> >>>> >>> > tendo sido usados para se chegar à classificação QUALIS e as
> >>>> >>> > classificações
> >>>> >>> > QUALIS efetivamente divulgadas. Aqui está um exercício
> >>>> >>> > interessante:
> >>>> >>> > Pegue
> >>>> >>> > os critérios divulgados pela CAPES para classificação de
> revistas
> >>>> >>> > em
> >>>> >>> > nossa
> >>>> >>> > área, pegue os indicadores bibliométricos das revistas da área e
> >>>> >>> > tente
> >>>> >>> > reproduzir a classificação QUALIS divulgada pela CAPES. Fica a
> >>>> >>> > sugestão.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Outro problema é a volatilidade nas classificações. Os
> integrantes
> >>>> >>> > da
> >>>> >>> > comissão da CAPES que produzem a classificação de nossa área têm
> >>>> >>> > mudado
> >>>> >>> > constantemente (às vezes de ano para ano) e isso termina
> >>>> >>> > acarretando
> >>>> >>> > volatilidade apreciável. Recentemente, foram divulgados dois
> >>>> >>> > QUALIS de
> >>>> >>> > nossa
> >>>> >>> > área num intervalo, creio, de aproximadamente seis meses.
> >>>> >>> > Nominalmente,
> >>>> >>> > os
> >>>> >>> > critérios que deveriam ser usados para produzir as
> classificações
> >>>> >>> > não
> >>>> >>> > mudaram entre essas duas instâncias, mas houve considerável
> >>>> >>> > mudança nas
> >>>> >>> > classificações de nossas revistas. Eu imagino que seus
> indicadores
> >>>> >>> > não
> >>>> >>> > variaram substancialmente em meio ano. Pergunta: Por que então
> >>>> >>> > tantas
> >>>> >>> > classificações foram alteradas?
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Voltemos agora às classificações feitas segundo os critérios
> >>>> >>> > listados
> >>>> >>> > para:
> >>>> >>> > (i) Probabilidade e Estatística, (ii) Matemática Aplicada e
> (iii)
> >>>> >>> > Matemática. Na Matemática, noto, há revista com fator de impacto
> >>>> >>> > (FI)
> >>>> >>> > inferior a 0.7 que tem classificação A1 (para citar apenas um
> >>>> >>> > exemplo).
> >>>> >>> > E na
> >>>> >>> > nossa área? Tomemos alguns poucos casos:
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > * Computational Statistics & Data Analysis: FI=1.69,
> >>>> >>> > classificação: B1
> >>>> >>> > * International Journal of Forecasting: FI=2.34, classificação:
> B2
> >>>> >>> > * Journal of Statistical Software: FI=9.91, classificação: B1
> >>>> >>> > * Mathematics and Computers in Simulation: FI=1.22,
> classificação:
> >>>> >>> > B2
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Alguém poderia desejar recorrer ao uso do indicador conhecido
> como
> >>>> >>> > "Article
> >>>> >>> > Influence" (AI) para justificar algumas aberrações
> identificadas,
> >>>> >>> > mas o
> >>>> >>> > AI
> >>>> >>> > do JSS é 4.70 (sim, quase cinco!), o do IFJ é 1.33, o do CSDA é
> >>>> >>> > 0.93 e
> >>>> >>> > assim
> >>>> >>> > por diante. Ademais, embora esse indicador seja relevante, há
> que
> >>>> >>> > se
> >>>> >>> > ter
> >>>> >>> > cuidado com seu uso em classificações de periódicos. Ele é
> >>>> >>> > fortemente
> >>>> >>> > bimodal e parece ser mais útil para ordenar e classificar apenas
> >>>> >>> > revistas do
> >>>> >>> > estrato mais superior de qualidade (como feito num artigo
> >>>> >>> > recentemente
> >>>> >>> > publicado sobre o tema em tela). Ele não deve ser usado
> cegamente.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Algumas classificações de revistas da nossa área (Probabilidade
> e
> >>>> >>> > Estatística) têm sido fortemente pautadas no tempo mediano das
> >>>> >>> > citações
> >>>> >>> > ("Cited Half-Life", CHL). Eu concedo que esse indicador tem
> alguma
> >>>> >>> > relevância para revistas que publicam primordialmente artigos de
> >>>> >>> > Estatística
> >>>> >>> > Matemática, pois espera-se que novos resultados teóricos tenham
> >>>> >>> > perenidade
> >>>> >>> > temporal. Mas por que tal indicador é tão importante para
> artigos
> >>>> >>> > de
> >>>> >>> > Estatística Aplicada e para artigos de Estatística
> Computacional?
> >>>> >>> > É bom
> >>>> >>> > lembrar que a Estatística é uma área diversa. Assim, sustento
> que
> >>>> >>> > nenhum
> >>>> >>> > critério adotado deve punir certos aspectos de tal diversidade.
> >>>> >>> > Adicionalmente, a CHL pune severamente novas revistas, que ainda
> >>>> >>> > não
> >>>> >>> > conseguiram amealhar tempo mediano de citações elevado.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Chegamos agora a um ponto delicado e relevante: Como tratar uma
> >>>> >>> > revista
> >>>> >>> > que
> >>>> >>> > se perceba ser de outra área? Pelo que entendo, nas
> classificações
> >>>> >>> > feitas
> >>>> >>> > segundo os critérios da Matemática Aplicada, boas revistas de
> >>>> >>> > alguma
> >>>> >>> > outra
> >>>> >>> > área não são duramente penalizadas nem há a imposição de que não
> >>>> >>> > podem
> >>>> >>> > integrar o estrato A do QUALIS. Na Probabilidade e Estatística,
> >>>> >>> > contudo,
> >>>> >>> > parece imperar outra valoração. (Lembremos que estamos
> >>>> >>> > classificando
> >>>> >>> > revistas, ou seja, estamos avaliando a qualidade de revistas, e
> >>>> >>> > não
> >>>> >>> > avaliando quanto uma publicação em uma dessas revistas deve
> contar
> >>>> >>> > numa
> >>>> >>> > avaliação de carreira de um pesquisador.) Há excelentes revistas
> >>>> >>> > em
> >>>> >>> > áreas
> >>>> >>> > afins e em outras áreas que devem, entendo, ser avaliadas
> segundo
> >>>> >>> > seu
> >>>> >>> > mérito. Tome, por exemplo, a PLoS ONE. Ela é A1 na
> Biotecnologia,
> >>>> >>> > Interdisciplinar, Odontologia, Psicologia, Saúde Coletiva,
> >>>> >>> > Sociologia e
> >>>> >>> > Zootecnia. É A2 na Física, Química, Economia e outras áreas.
> Nossa
> >>>> >>> > área
> >>>> >>> > a
> >>>> >>> > coloca como B1. O fator de impacto da PLoS ONE é 3.54 e seu
> >>>> >>> > article
> >>>> >>> > influence é 1.21. Será que uma revista com esses indicadores não
> >>>> >>> > deveria
> >>>> >>> > estar no estrato A do QUALIS (e.g., A2)?
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Tomo agora a liberdade de citar uma experiência pessoal.
> Publiquei
> >>>> >>> > três
> >>>> >>> > artigos de Estatística Aplicada numa revista de psicometria que
> é
> >>>> >>> > tida
> >>>> >>> > como
> >>>> >>> > a melhor do mundo para estudos relacionados a inteligência: a
> >>>> >>> > revista
> >>>> >>> > Intelligence da Elsevier. No ultimo artigo que lá publiquei tive
> >>>> >>> > que
> >>>> >>> > atravessar cinco rodadas de revisões com cinco pareceristas em
> >>>> >>> > cada. O
> >>>> >>> > fator
> >>>> >>> > de impacto da revista é 3.83 e seu article influence é 1.11.
> >>>> >>> > Embora
> >>>> >>> > comparações de fatores de impacto entre revistas de áreas
> >>>> >>> > distintas
> >>>> >>> > deva ser
> >>>> >>> > feito com cuidado, deve-se notar que: (i) em qualquer área uma
> >>>> >>> > revista
> >>>> >>> > que
> >>>> >>> > tem fator de impacto próximo de quatro é, provavelmente, uma
> >>>> >>> > revista de
> >>>> >>> > elite e (ii) o article influence permite, em boa medida,
> >>>> >>> > comparações
> >>>> >>> > entre
> >>>> >>> > revistas de áreas diferentes e aquelas que possuem AI superior a
> >>>> >>> > um são
> >>>> >>> > tipicamente revistas de elite. Pois bem, no nosso QUALIS tal
> >>>> >>> > revista
> >>>> >>> > figura
> >>>> >>> > como B1. Parece-me que tal classificação indica um viés
> contrário
> >>>> >>> > a
> >>>> >>> > revistas
> >>>> >>> > de outras áreas, mesmo aquelas de elite. Tanto quanto eu saiba,
> >>>> >>> > tal
> >>>> >>> > posicionamento inexiste na Matemática Aplicada. Dado que o
> QUALIS
> >>>> >>> > é
> >>>> >>> > único,
> >>>> >>> > essa divergência parece-me problemática.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Para piorar as coisas, as revistas que integram o QUALIS são
> >>>> >>> > classificadas
> >>>> >>> > como sendo "core" (da área) e "não core" (de outras áreas) e
> isso
> >>>> >>> > parece ser
> >>>> >>> > feito sem muitos critérios. Por exemplo, se não me falha a
> >>>> >>> > memória, na
> >>>> >>> > última classificação QUALIS, o Journal of Forecasting e o
> >>>> >>> > International
> >>>> >>> > Journal of Forecasting, que são revistas de séries temporais
> >>>> >>> > (portanto,
> >>>> >>> > de
> >>>> >>> > Estatística), figuram como "não core".
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > No final do período passado de classificações e após a
> divulgação
> >>>> >>> > do
> >>>> >>> > último
> >>>> >>> > QUALIS, o Programa de Pós-Graduação em Estatística da UFPE
> enviou
> >>>> >>> > um
> >>>> >>> > ofício
> >>>> >>> > ao Coordenador da Área de Matemática da CAPES apontando sérios
> >>>> >>> > erros e
> >>>> >>> > inconsistências de classificações de revistas (mesmo tomando-se
> >>>> >>> > como
> >>>> >>> > balizador os próprios critérios divulgados pela CAPES para tais
> >>>> >>> > classificações). Foi-nos prometida uma resposta, que nunca
> chegou.
> >>>> >>> > Conjecturo que não houve resposta porque não seria possível
> >>>> >>> > conciliar
> >>>> >>> > as
> >>>> >>> > classificações divulgadas com os critérios listados.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Em suma:
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > 1) O QUALIS da Matemática é construído a partir de critérios
> >>>> >>> > muitos
> >>>> >>> > díspares
> >>>> >>> > usados pela Matemática, pela Matemática Aplica e pela
> >>>> >>> > Probabilidade/Estatística.
> >>>> >>> > 2) Dados os critérios divulgados pela CAPES, não é possível
> >>>> >>> > reproduzir
> >>>> >>> > as
> >>>> >>> > classificações de muitas revistas constantes no QUALIS.
> >>>> >>> > 3) A classificação de diversas revistas da Probabilidade e
> >>>> >>> > Estatística
> >>>> >>> > me
> >>>> >>> > parece ser mais estrita, em teor relativo, com todos os mutatis
> >>>> >>> > mutandis
> >>>> >>> > pertinentes e com o data venia de praxe, do que classificações
> >>>> >>> > correspondentes de revistas da Matemática e da Matemática
> >>>> >>> > Aplicada.
> >>>> >>> > 4) Parece haver um viés contra revistas de outras áreas (mesmo
> >>>> >>> > aquelas
> >>>> >>> > de
> >>>> >>> > elite) nas classificações feitas no âmbito da
> >>>> >>> > Probabilidade/Estatística, mas
> >>>> >>> > não na Matemática Aplicada. Tais revistas não recebem, assim,
> >>>> >>> > tratamento
> >>>> >>> > uniforme.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Ressalto que sei que a classificação QUALIS é feita por uma
> >>>> >>> > comissão
> >>>> >>> > única,
> >>>> >>> > mas noto novamente que há três conjuntos de critérios usados,
> que
> >>>> >>> > eles
> >>>> >>> > são
> >>>> >>> > díspares e que muitas classificações pontuais parecem a eles não
> >>>> >>> > obedecer.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Para que essa longa mensagem não se encerre sem algum tonalidade
> >>>> >>> > propositiva, submeto que em minha opinião o critério que melhor
> >>>> >>> > serve
> >>>> >>> > de
> >>>> >>> > apoio à classificação das revistas de nossa área (Probabilidade
> e
> >>>> >>> > Estatística), em sua amplitude e diversidade, ainda é o fator de
> >>>> >>> > impacto.
> >>>> >>> > Como lidar com revistas de outras áreas dado que é sabido que
> pode
> >>>> >>> > haver
> >>>> >>> > disparidades nesse indicador entre áreas diferentes? Há formas
> de
> >>>> >>> > se
> >>>> >>> > lidar
> >>>> >>> > com isso com certa objetividade e sem penalizações
> discricionárias
> >>>> >>> > e
> >>>> >>> > injustificadas. Por exemplo, o fator de impacto de uma revista
> de
> >>>> >>> > outra
> >>>> >>> > área
> >>>> >>> > poderia ser multiplicado pelo article influente da revista (ou
> >>>> >>> > seja,
> >>>> >>> > poder-se-ia, para revistas de outras áreas tomar FI*AI ao invés
> de
> >>>> >>> > apenas
> >>>> >>> > FI). Se uma dada revista de outra área não for de elevada
> >>>> >>> > qualidade,
> >>>> >>> > mas
> >>>> >>> > possuir fator de impacto elevado, seu article influence será
> >>>> >>> > consideravelmente inferior a um e tal multiplicação (FI*AI)
> >>>> >>> > ofertaria
> >>>> >>> > uma
> >>>> >>> > penalização por qualidade. Revistas de outras áreas com fator de
> >>>> >>> > impacto
> >>>> >>> > alto e article influence elevado (i.e., revistas de elite) não
> >>>> >>> > seriam
> >>>> >>> > penalizadas.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Por fim, ressalto que não critico o trabalho de qualquer
> comissão
> >>>> >>> > e que
> >>>> >>> > entendo as limitações que tais trabalhos usualmente ensejam. Eu
> >>>> >>> > mesmo
> >>>> >>> > já as
> >>>> >>> > enfrentei em dose maior do que gostaria. O importante é que,
> com o
> >>>> >>> > passar do
> >>>> >>> > tempo, aprendamos com eventuais erros cometidos e que busquemos
> >>>> >>> > aperfeiçoamento. Acho que tal aperfeiçoamento, em particular, é
> >>>> >>> > imperativo
> >>>> >>> > para a área de Probabilidade e Estatística no momento atual.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Um abraço para você e saudações a todos os membros da ABE-L.
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > Francisco Cribari Neto
> >>>> >>> > Departamento de Estatística
> >>>> >>> > Universidade Federal de Pernambuco
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > cc: Prof. Luis Renato G. Fontes, membro do CA-MA do CNPq (área:
> >>>> >>> > Probabilidade e Estatística)
> >>>> >>> >     Profa. Nancy Lopes Garcia, membro do CA-MA do CNPq (área:
> >>>> >>> > Probabilidade
> >>>> >>> > e Estatística)
> >>>> >>> >     Prof. Gregório Pacelli F. Bessa, coordenador de área de
> >>>> >>> > Matemática
> >>>> >>> > da
> >>>> >>> > CAPES
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > On Mon, Jul 2, 2018 at 12:13 PM Carlos Alberto de Bragança
> Pereira
> >>>> >>> > <cpereira em ime.usp.br> wrote:
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> Copio aos membros do CA do CNPq, rbras e abe. Cópia em pdf
> >>>> >>> >> anexada.
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> __________________________________________________________________________________________________
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> Saudosismo e Inversão de Mérito
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> Meus caros redistas, amigos e colegas
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> A mensagem da Professora Lisbeth sobre a ciência e cultura
> >>>> >>> >> digitalizada me fez lembrar com saudade de minha história na
> >>>> >>> >> academia:
> >>>> >>> >> encontrei meu primeiro artigo “científico”, baseado na minha
> >>>> >>> >> dissertação de mestrado.
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=003069&pasta=ano%20197&pesq=Carlos%20Alberto%20de%20Bragan%C3%A7a%20Pereira
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> 15 de dezembro de 1970 é a data da publicação, consequentemente
> >>>> >>> >> muitos
> >>>> >>> >> de vocês ainda não haviam nascido.  Minha primeira colaboração
> >>>> >>> >> apareceu em 1975: Mutation Research v 28, pp 449-454.  Foi
> >>>> >>> >> submetido
> >>>> >>> >> este artigo em 22/10/54.  Neste artigo eu usei uma
> >>>> >>> >> verossimilhança
> >>>> >>> >> parcial cuja teoria foi publicada por DR Cox em 1975.  Entendi
> >>>> >>> >> então
> >>>> >>> >> que ser útil a sociedade científica era gratificante.
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> Mesmo tendo viajado para meu programa de doutorado TEÓRICO em
> >>>> >>> >> 1977
> >>>> >>> >> (concluído em 1980), minha visão sempre foi o de um estatístico
> >>>> >>> >> que
> >>>> >>> >> tenta apresentar boas soluções e analisa dados de forma
> >>>> >>> >> científica. O
> >>>> >>> >> fato de eu ter descoberto o caminho naquela primeira publicação
> >>>> >>> >> internacional me permitiu ter uma série de artigos na área de
> >>>> >>> >> citogenética.  Continuei dando suporte aos doutorados de muitos
> >>>> >>> >> alunos
> >>>> >>> >> dos programas de biologia e medicina, claro, colaborando também
> >>>> >>> >> com
> >>>> >>> >> cientistas dessas áreas.  Até hoje coordeno a coleta e as
> >>>> >>> >> análises dos
> >>>> >>> >> dados de acadêmicos de várias das áreas médicas e biológicas.
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> Esse breve histórico do meu caminho como estatístico é para
> >>>> >>> >> entenderem
> >>>> >>> >> a minha indignação com acontecimentos recentes ligados à minha
> >>>> >>> >> carreira como estatístico.
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> Como pesquisador (bolsista de produtividade desde 1981) do CNPq
> >>>> >>> >> fui
> >>>> >>> >> galgando níveis na hierarquia do CNPq até parar no nível 1B.
> >>>> >>> >> Fiquei
> >>>> >>> >> ali talvez com a ideia de que algum dia meus pares me
> >>>> >>> >> considerassem
> >>>> >>> >> para o nível 1A, o que nunca ocorreu. Esse ano, no entanto, me
> >>>> >>> >> enviaram para o nível 1C.  Minha convicção, quando me comparei
> >>>> >>> >> com
> >>>> >>> >> meus pares, é a de que minha autoavaliação está correta. Eu não
> >>>> >>> >> devia
> >>>> >>> >> ter sido rebaixado!  Para meu argumento ser entendido por todos
> >>>> >>> >> tive
> >>>> >>> >> de construir a tabela comparativa que apresento na sequência. O
> >>>> >>> >> argumento do rebaixamento foi o de que eu produzia em
> estatística
> >>>> >>> >> aplicada ou publicava em revistas de outras áreas.  Publiquei
> >>>> >>> >> como
> >>>> >>> >> coautor 32 artigos científicos, com 14 deles na área da
> >>>> >>> >> estatística,
> >>>> >>> >> nesses últimos 4 anos.  Além de um livro em colaboração com meu
> >>>> >>> >> irmão
> >>>> >>> >> (na Springer) publiquei 3 capítulos de livros todos na área de
> >>>> >>> >> estatística.
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> Na tabela comparativa coloquei apenas todos os pesquisadores de
> >>>> >>> >> nível
> >>>> >>> >> 1-A e evidentemente nossa representante da estatística.
> Olhando
> >>>> >>> >> a
> >>>> >>> >> produtividade de nossos dois representantes, constatei que
> >>>> >>> >> tiveram
> >>>> >>> >> apenas 5 artigos publicados nos últimos 5 anos.  Desses 10,
> oito
> >>>> >>> >> foram
> >>>> >>> >> em revistas de outra área e apenas dois em probabilidade.
> >>>> >>> >> Recomendo
> >>>> >>> >> então que as pessoas, antes de avaliarem outros pesquisadores,
> >>>> >>> >> devem
> >>>> >>> >> sempre fazer uma autoavaliação. Tenho certeza que meus
> >>>> >>> >> representantes
> >>>> >>> >> do nosso CA deveriam ter impedido o meu rebaixamento.
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> Finalizo então este meu texto com uma tabela comparativa de
> >>>> >>> >> índices de
> >>>> >>> >> produtividade. Considerei apenas os colegas de nível 1-A
> >>>> >>> >> juntamente
> >>>> >>> >> com nossa representante da estatística com nível 1B.  Coloquei
> o
> >>>> >>> >> número da ordem alfabética dos nomes desses colegas.  Usei
> apenas
> >>>> >>> >> os
> >>>> >>> >> índices do GOOGLE SCHOLAR (dos que permitiram ao GOOGLE
> >>>> >>> >> publicar), WEB
> >>>> >>> >> OF SCIENCE (ISI) e SCOPUS.  Usei obviamente tanto o Lattes
> quanto
> >>>> >>> >> o
> >>>> >>> >> GOOGLE de cada um.
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> A tabela está em anexo, logo após o texto
> >>>> >>> >> 1 de julho é a moda, a média e a moda do ano: Sou assim (aos
> 72)
> >>>> >>> >> um
> >>>> >>> >> estatístico nato.
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> --
> >>>> >>> >> Carlos Alberto de Bragança Pereira
> >>>> >>> >> http://www.ime.usp.br/~cpereira
> >>>> >>> >>
> http://scholar.google.com.br/citations?user=PXX2AygAAAAJ&hl=pt-BR
> >>>> >>> >> Stat Department - Professor & Head
> >>>> >>> >> University of São Paulo
> >>>> >>> >>
> >>>> >>> >> _______________________________________________
> >>>> >>> >> abe mailing list
> >>>> >>> >> abe em lists.ime.usp.br
> >>>> >>> >> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
> >>>> >>> >
> >>>> >>> >
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > --
> >>>> >>> > Francisco Cribari - http://www.cribari.com.br - "All theory, my
> >>>> >>> > friend,
> >>>> >>> > is
> >>>> >>> > gray, but green is life's glad golden tree." --Goethe (Faust)
> >>>> >>> >
> >>>> >>> > _______________________________________________
> >>>> >>> > abe mailing list
> >>>> >>> > abe em lists.ime.usp.br
> >>>> >>> > https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
> >>>> >>> >
> >>>> >>> _______________________________________________
> >>>> >>> abe mailing list
> >>>> >>> abe em lists.ime.usp.br
> >>>> >>> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
> >>>> >>
> >>>> >>
> >>>> >>
> >>>> >>
> >>>> >> --
> >>>> >> Francisco Cribari-Neto, email: cribari em de.ufpe.br - "All theory,
> my
> >>>> >> friend, is gray, but green is life's glad golden tree." --Goethe
> >>>> >> (Faust)
> >>>> >>
> >>>> >> _______________________________________________
> >>>> >> abe mailing list
> >>>> >> abe em lists.ime.usp.br
> >>>> >> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
> >>>> >>
> >>>> >
> >>>>
> >>>> _______________________________________________
> >>>> abe mailing list
> >>>> abe em lists.ime.usp.br
> >>>> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
> >>>>
> >>>>
> >>>> _______________________________________________
> >>>> abe mailing list
> >>>> abe em lists.ime.usp.br
> >>>> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
> >>>>
> >>>
> >>>
> >>>
> >>> --
> >>> Prof. Dr. Alexandre G. Patriota,
> >>> Department of Statistics,
> >>> Institute of Mathematics and Statistics,
> >>> University of São Paulo, Brazil.
> >>
> >>
> >>
> >>
> >> --
> >> Prof. Dr. Alexandre G. Patriota,
> >> Department of Statistics,
> >> Institute of Mathematics and Statistics,
> >> University of São Paulo, Brazil.
> >>
> >> _______________________________________________
> >> abe mailing list
> >> abe em lists.ime.usp.br
> >> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
> >
> >
> >
> >
> > --
> > Prof. Dr. Alexandre G. Patriota,
> > Department of Statistics,
> > Institute of Mathematics and Statistics,
> > University of São Paulo, Brazil.
> >
> > _______________________________________________
> > abe mailing list
> > abe em lists.ime.usp.br
> > https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
> >
>



-- 
Prof. Dr. Alexandre G. Patriota,
Department of Statistics,
Institute of Mathematics and Statistics,
University of São Paulo, Brazil.
-------------- Próxima Parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: <https://lists.ime.usp.br/archives/abe/attachments/20180707/dff75257/attachment.html>


Mais detalhes sobre a lista de discussão abe