[ABE-L] Cotas, quotas,...

Neale El-Dash neale.eldash em gmail.com
Dom Out 26 09:24:12 -03 2014


Raphael, valeu pelo link.

Sobre como os institutos, esta claro que nao fazem a APC rigorosamente como
eu falo, ate porque parecem nao saber distinguir APC de AC. Porem tambem
nao sabemos como fariam a APV, entao continua valido meu ponto sobre
dificil dizer qual teria mais vies.

Abraco

Em 26 de outubro de 2014 09:19, Raphael Nishimura <
raphael_nishimura em yahoo.com.br> escreveu:

> Neale,
>
> Segue o link da entrevista com a Márcia Cavallari: https://www.youtube.
> com/watch?v=ox6Fm7bEXVk
>
> O problema, Neale, é que, como discutimos anteriormente aqui e em outros
> e-mails, aparentemente nenhum dos institutos realizam amostragem por cotas
> rigorosamente como você descreveu, em que o entrevistador percorre um
> trajeto bem definido no setor censitário a partir de um ponto inicial
> aleatório. Em geral, o entrevistador tem a liberdade de realizar as
> entrevistas da forma como quiser no setor, desde que obedeça as cotas. Eu
> até acho a amostragem por cotas como descrita por você uma alternativa
> interessante, mas me parece que nenhum instituto a utiliza por demandar bem
> mais tempo e esforço para realizar a pesquisa, comparado com a forma como é
> feita atualmente.
>
> Um abraço,
> Raphael
>
>
>   Em Domingo, 26 de Outubro de 2014 6:44, Neale El-Dash <
> neale.eldash em gmail.com> escreveu:
>
>
> Alguem tem o link da entrevista da Márcia Cavallari?
>
> Chequei no site do TSE. A descricao metodologica da ultima pesquisa
> publicada pelo IBOPE e'  de APC, e nao de AC. Vejam:
>
>
> http://pesqele.tse.jus.br/pesqele/publico/pesquisa/Pesquisa/visualizacaoPublica.action?id=29228
>
> Representativa do eleitorado da área em estudo, elaborada em três
> estágios. No primeiro estágio faz-se um sorteio probabilístico dos
> municípios, onde as entrevistas serão realizadas, pelo método PPT
> (Probabilidade Proporcional ao Tamanho), tomando o eleitorado como base
> para tal seleção. No segundo estágio faz-se um sorteio probabilístico dos
> setores censitários, onde as entrevistas serão realizadas, pelo método PPT
> (Probabilidade Proporcional ao Tamanho), tomando a população de 16 anos ou
> mais residente nos setores como base para tal seleção. No terceiro e último
> estágio, dentro dos setores sorteados, os respondentes são selecionados
> através de quotas amostrais proporcionais em função de variáveis
> significativas, a saber: IDADE: 16-24 (masculino) 20% (feminino) 18%; 25-34
> (masculino) 25% (feminino) 25%; 35-44 (masculino) 21% (feminino) 21%; 45-54
> (masculino) 17% (feminino) 17%; 55 e+ (masculino) 17% (feminino) 18%;
> INSTRUÇÃO: Até Ensino Médio (masculino) 84% (feminino) 80%; Ensino Superior
> (masculino) 16% (feminino) 20%; NÍVEL ECONÔMICO: Economicamente ativo
> (masculino) 81% (feminino) 57%; Não Economicamente ativo (masculino) 19%
> (feminino) 43%
>
> Concordo com o Pedrao. Se tem algo que falta aos institutos sem qualquer
> duvida e' transparencia.
>
> Raphael: vou insistir no tema. A APC, feita como ja escrevi aqui diversas
> vezes e supondo que dentro de cada cota as probabilidades de resposta sao
> iguais, tem o EQM menor do que da amostragem probabilistica com voltas
> (APV). Quanto mais voltas, melhor a qualidade da APV. Claro que essas
> comparacoes dependem das cotas e do criterio de substituicao da APV. Sob as
> mesmas suposicoes, se a APC substituir por alguem dentro da mesma cota (ou
> perfil)  da pessoa originalmente selecionada, entao elas sao equivalentes.
> Porem a APC continua sendo, em media, mais rapida. Agora, no mundo real,
> pra afirmar que uma tem mais vies que a outra, so empiricamente.
>
> Abraco Neale
>
>
>
>
> Em 25 de outubro de 2014 22:10, Raphael Nishimura <
> raphael_nishimura em yahoo.com.br> escreveu:
>
> Caro Pedro,
>
> Concordo plenamente com todas as suas colocações, principalmente no que se
> diz respeito a possibilidade de se coletar uma amostra probabilística em
> tempo idêntico ao de uma amostra por cotas. De fato, não existe nenhum
> impedimento técnico, é mais um problema operacional. É claro que isso
> aumentaria o custo das pesquisas comparativamente com como são feitas
> atualmente, o que seria perfeitamente justificável dado o potencial aumento
> em sua qualidade.
>
> Uma alternativa para isso seria calcular o tamanho de uma amostra
> probabílistica sob suas estruturas de custo (supondo-se um ou dois dias de
> coleta, por exemplo) utilizando-se o mesmo budget das amostras por cotas.
> Obviamente esse tamanho seria bem menor do que é coletado hoje nas amostras
> por cota, mas me parece que muitas delas são bem maiores do que realmente
> precisamos para estimar a proporção de votos em cada candidato com um erro
> de 2 ou 3% para o total da população (o Datafolha por exemplo vem
> utilizando amostras nacionais de quase 10.000 entrevistas).
>
> Por outro lado, pensando sob o paradigma do total survey error, isso
> levanta uma questão empiríca bastante interessante de um trade-off de viés
> e variância amostral: será que o viés (decorrente dos vieses de seleção)
> dessas amostras por cotas justificaria uma amostra probabilística com um
> tamanho potencialmente bem menor (i.e., com uma variância amostral maior)?
> Ou seja, será que em termos de erro quadrático médio compensaria
> utilizar-se uma amostra probabilística bem menor comparativamente a uma
> amostra por cotas grandona? Intuitivamente, eu diria que sim, mas como o
> senhor apontou anteriormente em uma de suas mensagens, faltam estudos
> empíricos no Brasil avaliando-se os vieses das amostras por cotas
> utilizadas em pesquisas eleitorais.
>
> Um abraço,
> Raphael
>
>
>   Em Sábado, 25 de Outubro de 2014 18:43, Pedro Luis do Nascimento Silva <
> pedronsilva em gmail.com> escreveu:
>
>
> Colegas,
>
> Primeiro as postagens trataram da admissão pública pelo IBOPE de que não
> se justificam as margens de erro de estimativas que divulgam.
>
> Na sequencia a postagem do Luis Paulo aponta para possíveis problemas com
> as estimativas das proporções.
>
> O Raphael corretamente aponta para a existência de alternativas de
> modelagem que poderiam ser usadas tanto para obter estimativas pontuais
> melhores como também estimativas de margens de erro. Infelizmente as
> abordagens sugeridas dependeriam de dados coletados 'com altos padrões de
> qualidade', ou ao menos, com 'padrões de qualidade' que sejam bem
> conhecidos e replicáveis.
>
> Um dos Princípios Fundamentais das Estatísticas Oficiais adotados pela
> Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (tradução disponível na
> página do IBGE -
> http://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/eventos/missao/principios_fundamentais_estatisticas.shtm,
> e original disponível em:
> http://unstats.un.org/unsd/methods/statorg/default.htm) diz que:
> *"Princípio 3* Responsabilidade e transparência
> Para facilitar uma interpretação correta dos dados, os órgãos de
> estatística devem apresentar informações de acordo com normas científicas
> sobre fontes, métodos e procedimentos estatísticos."
> É verdade que os tais princípios foram formulados pensando na produção das
> estatísticas oficiais. Mas em minha visão devem aplicar-se igualmente às
> estatísticas públicas, sejam elas produzidas por fontes oficiais ou não. E
> as pesquisas eleitorais, claramente, deveriam ser submetidas a este
> conjunto de princípios, pela relevância que têm na vida dos países.
> Nós assistimos esse debate sobre os métodos empregados pelos institutos de
> pesquisa a cada eleição, e pela primeira vez, esse 'pequeno detalhe' é
> revelado pelo IBOPE. Infelizmente, a falta de transparência por não
> divulgar os microdados, as ponderações, etc. impedem que análises
> alternativas sejam tentadas e se possa avaliar o viés potencial das
> estimativas de intenções de votos produzidas pelas pesquisas eleitorais.
> A afirmação da diretora do IBOPE, citada no Blog da Miriam Leitão, de que
> pesquisas eleitorais por amostragem probabilística levariam 3 meses para
> fazer é equivocada. A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, por exemplo, com
> uma amostra de 40 mil domicílios, é feita todos os meses pelo IBGE. Seria
> perfeitamente viável fazer uma amostra probabilística domiciliar com coleta
> de amostras de 1000 a 2000 eleitores em tempo idêntico às amostras por
> cotas. Claro que para que isto seja possível, será necessário fazer
> planejamento e preparar o trabalho, mas não há qualquer impedimento técnico
> a coletar uma amostra deste tamanho (ou até maior) em apenas 1 dia. Basta
> usar equipe de coleta dimensionada adequadamente.
> Na verdade, o IBGE vem agora realizando a PNAD contínua com cerca de 211
> mil domicílios selecionados e entrevistados a cada trimestre. Dividindo
> pelo número de dias do trimestre (aprox. 91, dá mais de 2.300 domicílios
> por dia, ou seja, o IBGE que não é privado coleta dados de mais 6.000
> brasileiros todos os dias sem sacrificar os métodos considerados mais
> adequados para amostrar de populações).
> Saudações a todos, e bons votos amanhã.
> Pedro.
>
>
>
>
>
> Em 25 de outubro de 2014 20:03, Raphael Nishimura <
> raphael_nishimura em yahoo.com.br> escreveu:
>
> Neale: como já venho te dizendo, me parece que infelizmente os institutos
> de pesquisa eleitorais no Brasil não se utilizam dos mesmos argumentos que
> você vem defendendo para justificar amostras por cotas. Por isso que
> acredito que eles também não as implementam com o mesmo rigor que você (e
> outros, inclusive eu) gostaria. Além disso, como outros nessa lista, acho
> que eles poderiam se utilizar de uma abordagem de inferência baseada em
> modelos, ao invés de inferência baseada em planejamentos, para calcular a
> margem de erro.
>
> A Márcia Cavallari fala sobre a impossibilidade de incorporar
> características do plano amostral antes da coleta de dados no cálculo da
> margem de erro, mas nesse texto que escrevi com um colega nós mostramos uma
> forma bastante simples de se fazer isso usando dados de eleições (ou turno,
> nesse caso) anteriores para considerar o efeito de conglomerização:
> http://www.brasilpost.com.br/andre-barrence/pesquisas-e-margens-de-erro_b_6037564.html.
> O mesmo poderia ser feito para efeitos de estratificação (mas que não
> fizemos porque os institutos não divulgam a alocação da amostra nos
> estratos). Como disse, é um modelo bastante simplificado, mas é pelo menos
> um pouquinho melhor do que os institutos vem utilizando (no texto há um
> link em que disponibilizamos os programas e dados utilizados para esses
> cálculos). Certamente, podem ser utilizados modelos bem mais sofisticados
> para melhorar essas análises. Lembrando que seria importante os institutos
> fazerem isso com bastante transparência, divulgando os modelos e suposições
> por trás desses cálculos, e, porque não também, os programas e bases de
> dados (procurando-se respeitar a
>
> A matéria enviada pelo Luis Paulo, em que as pesquisas de 2o turno do
> IBOPE e Datafolha são questionadas por apresentarem um proporção de pessoas
> que votaram na Dilma no 1o turno bem diferente da dos resultados oficiais,
> me leva a uma pergunta que venho me fazendo há algum tempo: porque os
> institutos não calibram suas pesquisas de 2o turno com base nos resultados
> do 1o turno? Dado que a correlação entre os votos do 1o e do 2o turno é
> altissíma, fazer essa de calibração deveria melhorar muito a qualidade de
> suas estimativas, potencialmente eliminando viéses não-amostrais a até
> mesmo decorrentes de possíveis problemas de seleção da amostra por cotas.
> Talvez haja receio de erro de mensuração para a declaração de voto no 1o
> turno (principalmente associado a "social desirability", dado que as
> estimativas de abstenção do 1o turno nessas pesquisas estão muito abaixo
> dos resultados oficiais), mas existem algumas formas de se minimizar isso
> que seriam interessante de serem utilizadas, dado a importância de um
> ajuste como esse.
>
> Um abraço,
> Raphael
>
>
>
>   Em Sábado, 25 de Outubro de 2014 17:08, Luis Paulo Braga <
> lpbraga em geologia.ufrj.br> escreveu:
>
>
>
> http://www.diariodopoder.com.br/noticias/distorcao-na-amostragem-alterou-resultados-das-pesquisas-ibope-e-datafolha/
>
> Em 25 de outubro de 2014 16:47, Neale El-Dash <neale.eldash em gmail.com>
> escreveu:
>
> Eu vou pedir emprego la no Ibope. Po, nem eles sabem o que estao fazendo,
> como e' denominada a metodologia que usam e nem quais sao as suposicoes
> (plausiveis) que tem que ser feitas pra calcular as margens de
> erro....rsrsrsrsrs
>
>
> Abraco
>
> Em 25 de outubro de 2014 16:08, Jose Carvalho <carvalho em statistika.com.br>
> escreveu:
>
> Alertado pelo Carlinhos, soube da entrevista de Márcia Cavallari
> (IBOPE) no Globo News, no programa de Myrian Leitão, em que foi
> declarado que não há como se calcular margens de erros em amostragens
> por quotas. Passei a buscar e achei. A jornalista Myrian Leitão postou
> um sumário no site da Globo. Eis um excerto:
>
> "Na Globo News
> Ibope admite que margem de erro pode ser maior
>
> No meu programa na Globo News, Márcia Cavallari, diretora do Ibope
> Inteligência, contou que a margem de erro de uma pesquisa eleitoral
> pode ser maior do que a divulgada. Isso porque ela não existe no tipo
> de levantamento realizado durante a campanha.
>
> – A gente não pode falar de margem de erro. As pesquisas que fazemos
> não são probabilísticas e margem de erro só se calcula com pesquisas
> probabilísticas. Todos os institutos no Brasil trabalham com
> amostragem por cotas. Por cotas não há literatura que se permita
> calcular margem de erro. Temos que falar de margem de erro porque tem
> uma legislação eleitoral (que) escreve que para regular as pesquisas
> tem que falar qual a margem de erro. A gente registra a margem de erro
> antes de realizar a pesquisa. Isso não existe. Margem de erro só se
> calcula depois da pesquisa realizada."
>
> Venho dizendo isso há mais de 10 anos. Até mesmo estive em um debate
> com Márcia, no CONRE 3, sobre esse mesmo assunto.
>
> A declaração de Márcia é clara e definitiva. Para mim, o assunto está
> encerrado, do ponto de vista técnico, uma vez que o praticante da
> amostragem por quota finalmente admite que não há como se calcular a
> margem de erro.
>
> Mas essa declaração em faz voltar muitos anos. No calor da discussão,
> nesta lista, eu disse que o tribunal eleitoral estava sendo enganado.
> Disse que, meramente registrando as pesquisas sem verificar a
> fidedignidade das informações, o sistema estava coonestando com
> pesquisas mal feitas. Por essa (e algumas outras) fui até processado
> pelo CONFE. Felizmente, processei de volta e ganhei a causa, se não
> teria sido mais um caso de ofensa às liberdades individuais).
>
> Agora, que foi dito que a margem declarada é falsa e assim tem sido,
> como fica esse sistema todo? Que ação vai tomar a Justiça Eleitoral?
> Como ficam os apresentadores de TV, que declaram, naquela maravilhosa
> voz, que a "pesquisa foi registrada sob número XPTO e tem margem de
> erro de 2% para mais ou para menos, com confiança de 95%"????
>
> Abraços a todos. Este é um bom sábado. Com um pouco de sorte, amanhã
> será ainda melhor!!!
>
> Agora, sim, como se diz em tribunais americanos (que vejo em filmes,
> claro): I rest my case! Não tenho mais o que dizer.
>
>
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> There are two routes to success in soccer. One is being good. The other is
> being lucky. You need both to win a championship. But you only need one to
> win a game. (The numbers game)
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