[ABE-L] IBGE

Luis Paulo Braga lpbraga em geologia.ufrj.br
Sex Set 5 00:02:51 -03 2014


*Governo corta no IBGE por ser 'último ano'*

Explicação foi dada pelo Ministério do Planejamento para tirar do orçamento
de 2015 despesas com duas pesquisas

Questionada, pasta não esclarece se houve outros cortes dessa natureza no
último ano de governos anteriores

PEDRO SOARES DO RIO

Após determinar um corte de R$ 572 milhões no orçamento do IBGE para 2015,
o Ministério do Planejamento disse, em resposta à Folha, que "considera que
o último ano de governo não é o momento adequado para tomar decisão sobre
uma despesa futura desse montante".

A pasta se refere aos R$ 3 bilhões estimados para a realização do Censo
Agropecuário e da Contagem da População --valor diluído até 2017.

As pesquisas seriam realizadas em 2016. Com o corte orçamentário
determinado pelo Planejamento, pasta sob o comando da petista Miriam
Belchior, o IBGE foi obrigado a postergar os dois levantamentos para 2017.
Ou seja, dois anos após a data inicialmente prevista.

A fase de planejamento das pesquisas seria neste ano, mas já havia sido
adiada porque o Planejamento contingenciou no começo do ano recursos
destinados ao órgão.

Segundo o Planejamento, o corte não representa o "adiamento efetivo dessas
pesquisas", pois caso exista "espaço fiscal" será "possível ampliar a
dotação do IBGE ainda em 2015".

O IBGE pleiteava um orçamento de R$ 776 milhões para 2015. O pedido foi
negado pelo ministério, que prevê despesa de R$ 204 milhões.

O valor só é suficiente para as despesas correntes e a realização da POF
(Pesquisa de Orçamentos Familiares), que serve para atualizar o IPCA,
índice oficial de inflação, pois mapeia o padrão de renda, despesa e
consumo das famílias do país.

Não é a primeira vez que a contagem é adiada. A pesquisa que estava
prevista para 2005 sofreu atraso de dois anos porque o governo Lula cortou
recursos do IBGE.

Especialistas e técnicos do IBGE veem na decisão do Planejamento uma forma
de minar a autonomia do órgão, que sofre com atrasos em pesquisas e
esvaziamento do quadro de funcionários.

Para Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE, "um requisito importante
para o bom funcionamento e autonomia de um instituto nacional de
estatísticas é ter financiamento regular e programa de trabalho bem
definido, com datas fixas para a divulgação dos resultados".

Para técnicos da instituição, que pediram anonimato, a resposta do
ministério não esclarece os motivos do corte e revela que o órgão não é uma
prioridade do governo.

Sérgio Vale, economista-chefe da MB & Associados, afirma que o IBGE
"deveria ser uma das joias da coroa do governo, pois informação é
absolutamente essencial para políticas públicas minimamente decentes".

Procurado, o Ministério do Planejamento não se pronunciou, até a conclusão
desta edição, sobre as críticas nem informou se houve outros cortes desse
tipo no último ano de governos anteriores.

Recursos para o IBGE em 2015

R$ 776 milhões
era o orçamento pleiteado
IBGE tentava obter mais recursos do governo em 2015...

R$ 204 milhões
é o orçamento autorizado
...mas o pedido foi negado pelo Ministério do Planejamento, que autorizou
um orçamento menor para o IBGE...

R$ 193 milhões
foi o orçamento em 2014
...o valor autorizado para o instituto em 2015 é pouco acima do orçamento
de 2014


Em 4 de setembro de 2014 16:23, Jose Carvalho <carvalho em statistika.com.br>
escreveu:

> -----BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-----
> Hash: SHA1
>
> Curioso... ontem recebi o seguinte texto, da Profa Édina Miazaki:
>
> "Entrei no site do IBGE em busca dos municípios que compõem as regiões
> metropolitanas e, para minha agradável surpresa, descobri que os dados
> estão disponibilizados em xls e em ods! Copiaram da STK :D"
>
>
>
> Eu cheguei a responder-lhe, agradecendo a informação e dando meu
> "piteco" -  expressei minha suposição que o IBGE gerava os arquivos em
> LibreOffice e com este software convertia as tabelas para o Excel. Com
> isso se economizava divisas, que não iriam, por nada, para a Micro$oft.
> Em suma, estava feliz, mais uma vez com o IBGE.
>
> E, já no dia seguinte, hoje, vem o editorial do Estadão. O IBGE vai
> ter de economizar muito no ano que vem. Não será apenas em software.
> Pobre IBGE! Não repetirei o que está no editorial, por ser
> desnecessário. Já está comentado e divulgado nesta lista. Agrego
> apenas que, depois dos problemas que soubemos, agências produtoras de
> estatísticas ou vão alinhar-se à propaganda do Leviatã governista ou
> pagar com o seu desapoio e até oposição.
>
> - ------------------------------------------------------------------------
>
> É outro o assunto, bem outro. Sobre a iniciativa do IBGE em adotar
> formatos livres (Open Document Format): ele convida a todos para
> usarem software livre. Mesmo meus colegas e amigos que usam R, em sua
> maioria usam-no sob Ruindows. Uns poucos até me confessam que seu
> Windows custa nada, pois é pirata. A M$ deve adorar essa pirataria,
> que fideliza clientes para si, gerando lucros e, sobretudo, controle
> estratégico sobre o país.
> - -------------------------------------------------------------------------
>
> E, voltando ao tema maior: temos de apoiar o IBGE. Não podemos deixar
> que o "Retrato do Brasil" saia desfocado ou distorcido. Diabos! Isto
> aqui não é Argentina, onde estatísticas são oficialmente
> alteradas.Mesmo que a nossa presidente também se faça chamar de
> "presidenta", em arrepio à língua, da qual ela não é dona. Esse mau
> uso da língua começou com a Sra Kirschner, presidente da infelicitada
> Argentina. Foi copiado. Que a cópia pare nisso. E que pare aqui e agora!
>
> José Carvalho
> -----BEGIN PGP SIGNATURE-----
> Version: GnuPG v1
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> iQEcBAEBAgAGBQJUCLxBAAoJEHvxLnCikUOThKcH/3ALd+RBEa6/kQ3kRg2EKle/
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