[ABE-L] IBGE

Pedro Luis do Nascimento Silva pedronsilva em gmail.com
Sex Set 5 18:12:51 -03 2014


Interessante a explicação fornecida.

Os recursos para as mesmas duas pesquisas haviam sido solicitados para o
orçamento de 2014, e foram também negados no ano passado. Note que não foi
decisão do Congresso, mas do Executivo, ao preparar e enviar ao Congresso
proposta de LOA. Conclui-se então que também não é possível alocar recursos
similares no penúltimo ano de governo...

Sobram portanto apenas os dois primeiros anos de governo. Como nos anos de
2003, 2004, e 2005 também não foram alocados recursos para operações
similares (o que ocorreu somente em 2006), as duas operações (Contagem
Populacional e Censo Agropecuário) só foram feitas em 2007 na década
passada. Por coerência com a explicação fornecida agora, não deviam ter
ocorrido...

Pedro.

Em 5 de setembro de 2014 00:02, Luis Paulo Braga <lpbraga em geologia.ufrj.br>
escreveu:

> *Governo corta no IBGE por ser 'último ano'*
>
> Explicação foi dada pelo Ministério do Planejamento para tirar do
> orçamento de 2015 despesas com duas pesquisas
>
> Questionada, pasta não esclarece se houve outros cortes dessa natureza no
> último ano de governos anteriores
>
> PEDRO SOARES DO RIO
>
> Após determinar um corte de R$ 572 milhões no orçamento do IBGE para 2015,
> o Ministério do Planejamento disse, em resposta à Folha, que "considera que
> o último ano de governo não é o momento adequado para tomar decisão sobre
> uma despesa futura desse montante".
>
> A pasta se refere aos R$ 3 bilhões estimados para a realização do Censo
> Agropecuário e da Contagem da População --valor diluído até 2017.
>
> As pesquisas seriam realizadas em 2016. Com o corte orçamentário
> determinado pelo Planejamento, pasta sob o comando da petista Miriam
> Belchior, o IBGE foi obrigado a postergar os dois levantamentos para 2017.
> Ou seja, dois anos após a data inicialmente prevista.
>
> A fase de planejamento das pesquisas seria neste ano, mas já havia sido
> adiada porque o Planejamento contingenciou no começo do ano recursos
> destinados ao órgão.
>
> Segundo o Planejamento, o corte não representa o "adiamento efetivo dessas
> pesquisas", pois caso exista "espaço fiscal" será "possível ampliar a
> dotação do IBGE ainda em 2015".
>
> O IBGE pleiteava um orçamento de R$ 776 milhões para 2015. O pedido foi
> negado pelo ministério, que prevê despesa de R$ 204 milhões.
>
> O valor só é suficiente para as despesas correntes e a realização da POF
> (Pesquisa de Orçamentos Familiares), que serve para atualizar o IPCA,
> índice oficial de inflação, pois mapeia o padrão de renda, despesa e
> consumo das famílias do país.
>
> Não é a primeira vez que a contagem é adiada. A pesquisa que estava
> prevista para 2005 sofreu atraso de dois anos porque o governo Lula cortou
> recursos do IBGE.
>
> Especialistas e técnicos do IBGE veem na decisão do Planejamento uma forma
> de minar a autonomia do órgão, que sofre com atrasos em pesquisas e
> esvaziamento do quadro de funcionários.
>
> Para Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE, "um requisito importante
> para o bom funcionamento e autonomia de um instituto nacional de
> estatísticas é ter financiamento regular e programa de trabalho bem
> definido, com datas fixas para a divulgação dos resultados".
>
> Para técnicos da instituição, que pediram anonimato, a resposta do
> ministério não esclarece os motivos do corte e revela que o órgão não é uma
> prioridade do governo.
>
> Sérgio Vale, economista-chefe da MB & Associados, afirma que o IBGE
> "deveria ser uma das joias da coroa do governo, pois informação é
> absolutamente essencial para políticas públicas minimamente decentes".
>
> Procurado, o Ministério do Planejamento não se pronunciou, até a conclusão
> desta edição, sobre as críticas nem informou se houve outros cortes desse
> tipo no último ano de governos anteriores.
>
> Recursos para o IBGE em 2015
>
> R$ 776 milhões
> era o orçamento pleiteado
> IBGE tentava obter mais recursos do governo em 2015...
>
> R$ 204 milhões
> é o orçamento autorizado
> ...mas o pedido foi negado pelo Ministério do Planejamento, que autorizou
> um orçamento menor para o IBGE...
>
> R$ 193 milhões
> foi o orçamento em 2014
> ...o valor autorizado para o instituto em 2015 é pouco acima do orçamento
> de 2014
>
>
> Em 4 de setembro de 2014 16:23, Jose Carvalho <carvalho em statistika.com.br>
> escreveu:
>
> -----BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-----
>> Hash: SHA1
>>
>> Curioso... ontem recebi o seguinte texto, da Profa Édina Miazaki:
>>
>> "Entrei no site do IBGE em busca dos municípios que compõem as regiões
>> metropolitanas e, para minha agradável surpresa, descobri que os dados
>> estão disponibilizados em xls e em ods! Copiaram da STK :D"
>>
>>
>>
>> Eu cheguei a responder-lhe, agradecendo a informação e dando meu
>> "piteco" -  expressei minha suposição que o IBGE gerava os arquivos em
>> LibreOffice e com este software convertia as tabelas para o Excel. Com
>> isso se economizava divisas, que não iriam, por nada, para a Micro$oft.
>> Em suma, estava feliz, mais uma vez com o IBGE.
>>
>> E, já no dia seguinte, hoje, vem o editorial do Estadão. O IBGE vai
>> ter de economizar muito no ano que vem. Não será apenas em software.
>> Pobre IBGE! Não repetirei o que está no editorial, por ser
>> desnecessário. Já está comentado e divulgado nesta lista. Agrego
>> apenas que, depois dos problemas que soubemos, agências produtoras de
>> estatísticas ou vão alinhar-se à propaganda do Leviatã governista ou
>> pagar com o seu desapoio e até oposição.
>>
>> - ------------------------------------------------------------------------
>>
>> É outro o assunto, bem outro. Sobre a iniciativa do IBGE em adotar
>> formatos livres (Open Document Format): ele convida a todos para
>> usarem software livre. Mesmo meus colegas e amigos que usam R, em sua
>> maioria usam-no sob Ruindows. Uns poucos até me confessam que seu
>> Windows custa nada, pois é pirata. A M$ deve adorar essa pirataria,
>> que fideliza clientes para si, gerando lucros e, sobretudo, controle
>> estratégico sobre o país.
>> -
>> -------------------------------------------------------------------------
>>
>> E, voltando ao tema maior: temos de apoiar o IBGE. Não podemos deixar
>> que o "Retrato do Brasil" saia desfocado ou distorcido. Diabos! Isto
>> aqui não é Argentina, onde estatísticas são oficialmente
>> alteradas.Mesmo que a nossa presidente também se faça chamar de
>> "presidenta", em arrepio à língua, da qual ela não é dona. Esse mau
>> uso da língua começou com a Sra Kirschner, presidente da infelicitada
>> Argentina. Foi copiado. Que a cópia pare nisso. E que pare aqui e agora!
>>
>> José Carvalho
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>> Version: GnuPG v1
>>
>> iQEcBAEBAgAGBQJUCLxBAAoJEHvxLnCikUOThKcH/3ALd+RBEa6/kQ3kRg2EKle/
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