[ABE-L] Editorial do Esta dão

Francisco Louzada louzada em icmc.usp.br
Dom Set 27 15:24:02 -03 2015


Caro(a)s Redistas,

Sim, talvez o problema seja a dimensão do programa e a percepção dos governistas de que ele deveria ser extendido a muitas áreas e níveis (graduação, mestrado, doutorado e pósdoc).
Uma questão, quais são as áreas prioritárias mesmo? Não seria interessante termos este conhecimento e pensarmos em algum processo de indução? Todos os níveis devem ser contemplados? Por hora me parece que o subjetivismo e falta de planejamento impera. 
Além do que, parece que a decisào de quem se beneficia do CsF não tem sido uniforme, ou melhor, deve ter levado em consideração critérios muito diferentes de IES para IES, e com foco prioritário na graduação. Não deveria ser no doutorado?

Pelo que entendo, localmente, todos os alunos do nosso Programa de Doutorado que se beneficiaram ou estão se beneficiando do CsF são bons ou excelentes e os benefícios para o nosso programa de pós e para os alunos são perceptíveis. Tbem, amigos/colegas de outros programas de doutorado têm reportado casos de sucesso. 

Tenho entretanto dúvidas com relação aos alunos de graduação/especialização. Ter uma experiência no exterior quando ainda na graduação/especialização me parece interessante pessoalmente  (eu mesmo gostaria de ter tido essa oportunidade), mas deve agregar pouco em termos científicos (para o indivíduo e para o país) se não se tem uma política clara de cobrança. A pergunta que devemos responder é se o governo deve fazer esse tipo de investimento. Eu acredito que não. 

Ou seja, de fato, a implementação do CsF parece ter sido muito flexível,  principalmente relativa as graduações, o que pode ter levado a distorções. Não esta claro, pelo menos pra mim, quais os indicadores de qualidade que estão sendo utilizados, se é que o são. Além do que, precisaríamos de mais indicadores de resultados que ainda estão por aparecer.

Por hora, no link http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/painel-de-controle <http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/painel-de-controle> tem um "painel de controle do Programa CsF”. Podemos verificar que, no geral, quase 80% (pouco mais de 69.000) das bolsas implementadas são de graduação sanduíche. Na área prioritária “Ciencias Exatas e da Terra”, 52% (aprox 3.700) das bolsas são para graduação... bem vale a pena visitar o site se espantar, digo, contemplar...

Abs 

Louzada






Prof. Francisco Louzada
USP  São Carlos   Brazil                             
Homepage <http://www.mwstat.com/franciscolouzada>



> Em 27/09/2015, à(s) 12:44, Mel Oliveira <oliveira.mel em gmail.com> escreveu:
> 
> Boa tarde, 
> 
> Sou aluna do ciencias sem fronteiras no exterior. Faco doutorado pleno em Estatistica na Florida State University. Estou comecando meu segundo ano aqui.
> Fiz graduacao e mestrado em Estatistica no IME, com o Prof. Carlinhos.
> Acredito que o Ciencias sem fronteiras tem problemas, mas certamente mais beneficios. E justamente pelo motivo de abrir oportunidade de estudar fora a pessoas que talvez nao conseguiriam com o criterio anterior. 
> Viver em outra cultura te ensina sobre ser cidadao, sobre o seu pais, a ter pensamento critico, alem de te mostrar uma nova maneira de fazer ciencia. Acredito que um programa desse tipo, mais amplo, poderia contribuir positivamente formando  cabecas pensantes muito mais criticas ao pais, em menos tempo e assim, contribuir para a evolucao da sociedade brasileira, no geral. Tanto publica como privada. Independente de onde essas pessoas forem trabalhar depois. Nao apenas exclusivo aqueles que ficarao na academia.
> 
> Acredito que nao preciso falar sobre a importancia de estudar fora, mas aqui vai um resumo do que sinto ate entao: Alem de aprender estatistica, viver em outra cultura eh criticar a sua propria. O amadurecimento nao eh apenas academico, mas pessoal. Nunca pensei tanto sobre o Brasil - o vendo de fora - sobre nossas politicas publicas, sistema politico, nossa democracia, cidadania.... nunca li tantos livros, nunca produzi tanto.... 
> Morar fora, por tanto tempo, tambem nao eh nada facil, eh solitario, eh triste, eh dificil.... fica mesmo eh quem gosta do que faz. Assim como penso dos professores que mais escrevem aqui. Acredito que professores de universidades publicas, o sao porque gostam do que fazem. 
> E dentre as muitas coisas que me intrigam, sobre a academia, parece que somos tao melhores em teoria, que nossos professores conhecem estatistica tao mais a fundo do que os professores daqui, mas ainda assim os daqui publicam nas revistas mais relevantes... sera que eh porque fazem pesquisas mais relevantes? Afinal, como se define o que eh relevante? Ou melhor, quem define? 
> Sera falta de estatistica, ou falta de maturidade, falta de acreditar no proprio trabalho, falta de engajamento, falta de jogo de cintura, falta de objetividade, falta de humildade para se juntar a outras areas e trocar conhecimento, falta de esforco para expandir o pensamento formado na academia, para distribuir conhecimento e mostrar a importancia da ciencia produzida na academia no dia-a-dia de uma empresa (pois o impacto eh obvio) e da sociedade, para fazer a ponte entre a academia e a vida fora dos portoes da universidade. 
> Temos sim complexo de vira-lata, mas nao eh so isso... 
> 
> Alem disso, nao sei se estaria aqui se nao fosse o ciencias sem fronteiras.
> Fiz a graduacao no IME (2002-2008), mas levei 7 anos para termina-la e com media ponderada de 6.1. Fui uma aluna mediocre. Mas sempre amei a estatistica. Apos alguns anos trabalhando (2004-2013), decidi fazer mestrado, porque achei que conhecendo mais sobre a estatistica, teria mais criatividade para resolver os problemas dos clientes. O problema agora seria encontrar um professor que topasse me orientar e acredito que nao preciso explicar o porque. Foi entao que fiz uma materia com o Prof. Carlinhos, como aluna especial, e ele me disse: "Pare de bobagem, eu te oriento e sera otimo. Passe na prova e venha falar comigo." 
> Passei na prova do mestrado do IME (2012) entre os primeiros colocados. Fui uma otima aluna de mestrado. Em 2013, larguei o trabalho de R$7.000,00 e passei a receber a bolsa de R$1.200,00 pois percebi que trabalhar no meu proprio desafio era mais legal do que resolver os desafios dos outros. No final do mestrado, decidi continuar e aqui estou no doutorado (2014-2019) GPA > 3.8. Eu nem tinha pra quem pedir minhas cartas de recomendacao. Apenas minha chefe e o Prof. Carlinhos realmente me conheciam. Sera que eu conseguiria bolsa pra vir fazer o doutorado fora, se nao fosse o ciencias sem fronteiras? Tenho eu o merito ai dito? Qual a definicao, afinal?
> 
> Bom domingo!
> 
> 
> 
> Em 27 de setembro de 2015 09:54, Heliton Tavares <heliton em globo.com <mailto:heliton em globo.com>> escreveu:
> Prezados,
> 
> É do nosso umbigo tentar achar um culpado que não nós, mas quem deu vazão ao CsF fomos nós próprios, mesmo que o projeto tenha sido super-dimensionado. Se o projeto fosse tímido demais, nós reclamaríamos também.  E não creio que os tais Coordenadores (nós) tenham sido "selecionados", à toda, sem mérito, assim como a concepção do CsF.
> 
> Um excelente domingo a todos.
> 
> Héliton
> 
>  
> Em 27/09/2015 10:06, Vermelho escreveu:
> 
>> A Doris coloca bem a discussão. É muito fácil eleger só  culpado. Claro que o programa tem falhas, aliás, como tudo que fazemos na vida, sem excluir ninguém. Aqueles que acham que não erram já erraram por achar que não.
>> O programa tem falhas no presente do indicativo, pois, afinal, o Estadão não tem a prerrogativa de extingui-lo.
>> 
>> Em 27/09/2015 09:50, "Dani Gamerman" <dani em im.ufrj.br <mailto:dani em im.ufrj.br>> escreveu:
>> Caros
>> 
>> Acho que a maior crítica ao CsF foi a dimensão do projeto.
>> Isso acabou incentivando inúmeros usos indiscriminados.
>> Mais um dos vários exemplos de má administração de verbas,
>> levando a dúvidas sobre a concessão de autonomia completa
>> para as universidades públicas.
>> 
>> Bom domingo
>> Dani
>> 
>> > Caros colegas,
>> > Não podemos generalizar. O Programa Ciência Sem Fronteiras,
>> >  realmente beneficiou pessoas que não mereciam (infelizmente, tudo
>> > depende da honestidade das pessoas) mas, por outro lado, beneficiou
>> > também aqueles que mereciam. Temos casos de diplomas duplos
>> > resultantes desse programa e que trouxeram melhorias  aos PPGs .
>> >
>> > O problema que vejo no momento é o nivelamento por baixo,
>> > penalizando aqueles que fizeram as coisas corretamente e tirando
>> > oportunidades de quem realmente merece.
>> >
>> > Saudações, Clarice
>> >
>> > ----- Mensagem original -----
>> >
>> > > De: "Doris Fontes" <dsfontes em gmail.com <mailto:dsfontes em gmail.com>>
>> > > Para: "Julio Stern" <jmstern em hotmail.com <mailto:jmstern em hotmail.com>>
>> > > Cc: "Alfredo Mayall Simas" <simas.ufpe.br em gmail.com <mailto:simas.ufpe.br em gmail.com>>, "manoel lemos"
>> > > <mjmslemos em gmail.com <mailto:mjmslemos em gmail.com>>, "MARIA DA CONCEICAO SAMPAIO DE SOUSA"
>> > > <csampaiodesousa em gmail.com <mailto:csampaiodesousa em gmail.com>>, "ABE Lista" <abe-l em ime.usp.br <mailto:abe-l em ime.usp.br>>
>> > > Enviadas: Domingo, 27 de Setembro de 2015 8:54:45
>> > > Assunto: Re: [ABE-L] Editorial do Estadão
>> >
>> > > Pergunto: só o governo federal tem culpa no fracasso do CsF, ou as
>> > > próprias IES têm também (grande) parcela da culpa? Se houve
>> > > estudante ruim ganhando bolsa, alguém aprovou este estudante. Não é
>> > > possível pedir para o governo criar um fiscal para cada coordenador
>> > > local do CsF...  No meu ver, o programa era, sim, MERITOCRÁTICO.
>> >
>> > > Concordo que havia muitas falhas, mas os usuários ruins e
>> > > coordenadores das IES ajudaram, com sua falta de comprometimento,
>> > > eliminar um programa que poderia ser bom.
>> >
>> > > Bom domingo a todos,
>> > > Doris
>> >
>> > > Homologação de Inscrições
>> >
>> > > Procedimentos
>> >
>> > > O processo de homologação realizado pelos Coordenadores
>> > > Institucionais do Programa Ciência sem Fronteiras visa,
>> > > principalmente, selecionar os melhores estudantes inscritos nas
>> > > Chamadas Públicas para concessão de bolsas de Graduação Sanduíche no
>> > > Exterior. Os candidatos deverão estar regularmente matriculados em
>> > > cursos de graduação ligados às Áreas Prioritárias, cumprir com os
>> > > requisitos das Chamadas, ter excelente desempenho acadêmico e
>> > > proficiência no idioma do país de destino, quando exigido. 
>> > > Atenção:  Cada Instituição de Ensino Superior deverá indicar o seu
>> > > representante do Ciência sem Fronteiras institucional. As
>> > > mantenedoras dessas instituições deverão orientar para que que os
>> > > respectivos Reitores, ou possuidores de cargo equivalente, indiquem
>> > > o seu representante para cada IES.
>> > > (...)
>> >
>> > > Instruções importantes:
>> >
>> > > Faz-se necessário mencionar os requisitos que os candidatos,
>> > > obrigatoriamente, deverão preencher para assim terem suas
>> > > candidaturas devidamente homologadas. 
>> >
>> > > * Estar regularmente matriculado em curso de nível superior nas áreas
>> > > e nos temas indicados na chamada pública;
>> > > * Percentual do curso concluído, tendo integralizado no mínimo 20% e,
>> > > no máximo, 90% do currículo previsto para seu curso, no momento do
>> > > início previsto da viagem de estudos;
>> > > * Para os alunos de cursos de saúde, verificar a restrição total ou
>> > > parcial (ciclo clínico) para cada uma das chamadas;
>> > > * Apresentar perfil de aluno de excelência, baseado no bom desempenho
>> > > acadêmico segundo critérios da própria IES; -- Isso não é
>> > > meritocracia?
>> > > * Se aplicável, confirmação de prêmio acadêmico e de mérito;
>> > > * Se aplicável, confirmação de participação em programa de iniciação
>> > > científica ou docência.
>> >
>> > > A elegibilidade do curso de graduação, o nível de proficiência
>> > > EXIGIDO e a nota do ENEM são verificados pela Equipe do Programa
>> > > Ciência sem Fronteiras quando da pré-seleção dos candidatos, não
>> > > devendo assim ser motivo de NÃO HOMOLOGAÇÃO de candidatos.
>> >
>> > > Em 27 de setembro de 2015 08:02, Julio Stern < jmstern em hotmail.com <mailto:jmstern em hotmail.com> >
>> > > escreveu:
>> >
>> > > > O Ciencia Sem Fronteiras implementou uma politica explicitamente 
>> > > > Anti-Meritocratica. 
>> > >
>> > > > O programa consumiu RS 6.5 Bilhoes, esvasiou programas bem
>> > > > estabelecidos, 
>> > >
>> > > > gerou frustracoes enviando alunos mal preparados mundo afora, 
>> > >
>> > > > denegriu a boa reputacao dos estudantes de pos-graduacao
>> > > > Brasileiros
>> > > > no exterior, 
>> > >
>> > > > e deixou um rombo orcamentario que teremos que agora pagar em meio
>> > > > a
>> > > > uma crise 
>> > >
>> > > > economica que eh resultado de politicas economicas concebidas com
>> > > > igual zelo 
>> > >
>> > > > anti-meritocratico e anti-produtivista, embaladas com a pior
>> > > > demagogia populista. 
>> > >
>> > > > Como nacao, reelegemos a Dilma:  
>> > >
>> > > > Nao temos como reclamar.  
>> > >
>> > > > Ta ruim. 
>> > >
>> > > > ---Julio Stern 
>> > >
>> >
>> > > >      
>> > >
>> >
>> > > > Date: Fri, 25 Sep 2015 09:42:37 -0300
>> > >
>> > > > From: cribari em de.ufpe.br <mailto:cribari em de.ufpe.br>
>> > >
>> > > > To: abe-l em ime.usp.br <mailto:abe-l em ime.usp.br> ; mjmslemos em gmail.com <mailto:mjmslemos em gmail.com> ;
>> > > > csampaiodesousa em gmail.com <mailto:csampaiodesousa em gmail.com> ; simas.ufpe.br em gmail.com <mailto:simas.ufpe.br em gmail.com>
>> > >
>> > > > Subject: [ABE-L] Editorial do Estadão
>> > >
>> >
>> > > > O Estado de São Paulo, 25 de setembro de 2015 - EDITORIAL
>> > >
>> >
>> > > > O fim do Ciência sem Fronteiras
>> > >
>> >
>> > > > Lançado há quatro anos como uma das principais iniciativas do
>> > > > primeiro governo da presidente Dilma Rousseff no campo da educação
>> > > > e
>> > > > usado como bandeira eleitoral na campanha pela reeleição, o
>> > > > programa
>> > > > Ciência sem Fronteiras está chegando a um final melancólico.
>> > >
>> > > > Embora afirmem que ele não será encerrado, as autoridades
>> > > > educacionais admitiram publicamente que a oferta de novas vagas
>> > > > está
>> > > > suspensa por falta de verbas. As bolsas dos alunos que estão no
>> > > > exterior continuarão sendo pagas, mas as dos estudantes que haviam
>> > > > sido selecionados serão canceladas. A suspensão foi anunciada por
>> > > > um
>> > > > assessor do Ministério da Educação durante sabatina no Comitê para
>> > > > os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas.
>> > >
>> > > > Concebido mais como instrumento de marketing do que como uma
>> > > > política
>> > > > destinada a acelerar a internacionalização do ensino superior, o
>> > > > Ciência sem Fronteiras apresentou problemas desde que foi lançado.
>> > > > Em vez de selecionar alunos de áreas técnicas em que o Brasil
>> > > > carece
>> > > > de especialistas, especialmente no campo das ciências exatas e
>> > > > biomédicas, o programa financiou indiscriminadamente estudantes de
>> > > > quase todas as áreas do conhecimento [UTF-8?]â€" inclusive publicidade e
>> > > > comunicações.
>> > >
>> > > > Por falta de critérios, de objetivos e de metas, o programa também
>> > > > concedeu indiscriminadamente bolsas de graduação, de mestrado, de
>> > > > doutorado, de especialização e de pós-doutorado, sem prever
>> > > > mecanismos de avaliação de desempenho dos bolsistas. Houve até quem
>> > > > ganhou bolsa para passar um ano nos Estados Unidos, Inglaterra e
>> > > > Canadá sem ter sido submetido a um teste de fluência em língua
>> > > > inglesa. Por não conhecer o idioma, vários bolsistas não
>> > > > conseguiram
>> > > > acompanhar as aulas e retornaram ao Brasil sem aperfeiçoar sua
>> > > > formação intelectual.
>> > >
>> > > > Ao ser lançado, em 2011, o Ciência sem Fronteiras previa a
>> > > > concessão
>> > > > de 101 mil bolsas de estudo no exterior, das quais 75 mil seriam
>> > > > financiadas pela União e 26 mil custeadas pela iniciativa privada.
>> > > > Quando tomaram consciência de que o programa não tinha prioridades
>> > > > bem definidas, bancos e empresas tentaram estabelecer critérios
>> > > > objetivos para a seleção dos estudantes cujos estudos financiariam.
>> > > > Mas, alegando que elas estavam usando o programa para financiar mão
>> > > > de obra de que necessitam, as autoridades educacionais rejeitaram
>> > > > esses critérios e impuseram outros. As empresas cancelaram o
>> > > > patrocínio.
>> > >
>> > > > A inépcia administrativa também se converteu numa das marcas do
>> > > > Ciência sem Fronteiras. Muitos bolsistas viajaram para o exterior
>> > > > só
>> > > > com a passagem de ida e tiveram dificuldades para se instalar nas
>> > > > cidades que escolheram. Por causa dos atrasos no depósito das
>> > > > bolsas, estudantes ficaram sem recursos para pagar aluguel,
>> > > > alimentação, transporte e plano de saúde. Universidades
>> > > > estrangeiras
>> > > > reclamaram dos atrasos do repasse das verbas para gastos com
>> > > > matrículas, mensalidades e atividades acadêmicas [UTF-8?]â€" a ponto de
>> > > > faculdades canadenses de engenharia se recusarem a acolher
>> > > > bolsistas
>> > > > brasileiros. Por excesso de burocracia e de um extenso rol de
>> > > > requisitos estapafúrdios [UTF-8?]â€" como a exigência de que as escolas
>> > > > estrangeiras tivessem a mesma carga horária, o mesmo programa das
>> > > > mesmas disciplinas e dos mesmos currículos das escolas brasileiras,
>> > > > além de traduções juramentadas de documentos expedidos por
>> > > > consulados [UTF-8?]â€", os estudantes brasileiros enfrentaram
>> dificuldades
>> > > > para revalidar diplomas emitidos no exterior.
>> > >
>> > > > A criação de um programa destinado a reduzir a distância entre as
>> > > > universidades brasileiras e as mais prestigiosas universidades
>> > > > estrangeiras foi recebida como uma boa ideia pela comunidade
>> > > > acadêmica. Mas, da forma desastrosa com que foi implementado e com
>> > > > resultados pífios que produziu, ele representou um desperdício
>> > > > bilionário de recursos escassos. Só em seus primeiros quatro anos,
>> > > > ele consumiu R$ 6,4 bilhões [UTF-8?]â€" cerca de 20% do que o governo
>> quer
>> > > > arrecadar anualmente com o restabelecimento da CPMF. O anúncio da
>> > > > suspensão das bolsas do Ciência sem Fronteiras é, na verdade, um
>> > > > epitáfio.
>> > >
>> >
>> > > > _______________________________________________ abe mailing list
>> > > > abe em lists.ime.usp.br <mailto:abe em lists.ime.usp.br> https://lists.ime.usp.br/mailman/listinfo/abe <https://lists.ime.usp.br/mailman/listinfo/abe>
>> > >
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>> > > > abe mailing list
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>> > > > abe em lists.ime.usp.br <mailto:abe em lists.ime.usp.br>
>> > >
>> > > > https://lists.ime.usp.br/mailman/listinfo/abe <https://lists.ime.usp.br/mailman/listinfo/abe>
>> > >
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>> > > _______________________________________________
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>> 
>> 
>> *************************************************
>> Dani Gamerman
>> Depto. de Métodos Estatísticos (DME)
>> Lab. de Sistemas Estocásticos (LSE)
>> Instituto de Matemática - UFRJ
>> http://www.dme.ufrj.br/dani <http://www.dme.ufrj.br/dani>
>> www.statpop.com.br <http://www.statpop.com.br/>
>> fbook: StatPop, twitter: @blogStatPop
>> *************************************************
>> 
>> 
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>> abe em lists.ime.usp.br <mailto:abe em lists.ime.usp.br>
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> Mel.
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Prof. Francisco Louzada
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