[ABE-L] PNAD (2017-4o trimestre)

Alexandre Galvão Patriota patriota.alexandre em gmail.com
Seg Fev 26 12:31:05 -03 2018


Júlio,

Não sei como você define justiça, mas a impressão que eu tenho é que do
ponto de vista socioeconômico atual: é melhor trabalhar intermitentemente
do que não trabalhar. Podemos entrar numa longa discussão sobre economia e
os efeitos colaterais de certas intervenções Estatais nas relações de
trabalho. Mas deixemos essa discussão para outra hora e outro lugar; se
quiser, conversamos em privado.

Voltemos ao assunto principal. Independente da ideologia do analista, o
número de horas trabalhadas no mês trás informação relevante para
interpretar os dados.

Abraços

2018-02-26 10:35 GMT-03:00 Júlio César Pereira <
julio.pereira.ufscar em gmail.com>:

> Caro Alexandre,
>
> Eu poderia concordar com você se o aluguel, mensalidade de escola,
> impostos e tudo mais o que pagamos fosse proporcional às horas trabalhadas.
> Infelizmente não é assim.  Independente de quantas horas o trabalhador
> informal consiga trabalhar no mês, os gastos pra suas necessidades se
> mantém. Por isso, pelo menos do ponto de vista social essa comparação é
> mais justa do que a que você propõe.
>
>
> Em sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018, Alexandre Galvão Patriota <
> patriota.alexandre em gmail.com> escreveu:
>
>> Prezados,
>>
>> O G1 publicou uma matéria sobre a PNAD divulgada hoje (23/02) pelo IBGE.
>> O título da matéria segue:
>>
>> *Trabalhador sem carteira ganha 44% menos que empregado formal, aponta
>>> IBGE*
>>>
>>
>> Lendo a matéria, percebi que a comparação estava sendo feita em termos de
>> salário mensal. Ora, se os trabalhadores sem carteira assinada, em
>> média, trabalharam menos por mês, então é natural que estes ganhem menos
>> por mês quando comparados àqueles que possuem carteira assinada. A matéria
>> deveria mostrar o ganho médio por hora trabalhada em vez do salário mensal
>> médio.
>>
>> Fui então ao site do IBGE para estudar os dados brutos. Para a minha
>> surpresa, não encontrei nenhuma tabela que apresentasse a média das horas
>> de trabalho de um trabalhador sem carteira assinada. Se há alguma tabela
>> que disponibilize essa informação, por favor me indiquem o link.
>>
>> Não me parece acertada a divulgação de tais números sem ponderá-los pelas
>> horas trabalhadas. Daqui a pouco vão  usar esses números para defender
>> ideologias exóticas relacionadas ao tipo de contrato de trabalho.
>>
>>
>> *Link dos resultados IBGE*: https://www.ibge.gov.br/estati
>> sticas-novoportal/sociais/populacao/9173-pesquisa-
>> nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-trimestral.html?&t=resultados
>>
>> *link da matéria G1*: https://g1.globo.com/economia/
>> noticia/trabalhador-sem-carteira-ganha-44-menos-que-empregad
>> o-formal-aponta-ibge.ghtml
>>
>> Saudações,
>>
>> --
>> Prof. Dr. Alexandre G. Patriota,
>> Department of Statistics,
>> Institute of Mathematics and Statistics,
>> University of São Paulo, Brazil.
>>
>
>
> --
> * Dr. J*
> *ulio Cesar Pereira*
>  Lecturer in Statistics
> Federal University of Sao Carlos - Brazil
> http://dca.sorocaba.ufscar.br/
>
>


-- 
Prof. Dr. Alexandre G. Patriota,
Department of Statistics,
Institute of Mathematics and Statistics,
University of São Paulo, Brazil.
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