[ABE-L] Ainda sobre a inversão de mérito

Gauss Cordeiro gauss em de.ufpe.br
Dom Jul 22 06:17:41 -03 2018


Caríssimos,

Foi enfatizado num e-mail aos senhores que as pessoas não deveriam ser
rotuladas por números como as diferentes formas de H. Esses índices
podem não ser os melhores indicadores para medir a produtividade
dos acadêmicos, pois eles dependem fortemente da área de trabalho.

Uma análise cautelosa dos seus artigos e dos seus orientandos podem representar
melhores procedimentos de avaliação.

Entretanto, na comunidade estatística internacional, eles têm sido usados
rotineiramente e até bem referenciados nos cvs de pesquisadores de prestígio
científico.

Apenas para exemplificar seguem os Hs (do goolge) de dois
estatísticos, entre aqueles
mais renomados que conhecemos muito bem:

David Cox     H= 111,   191295 citações

N. Balakrishnan  H= 74,  58662 citações


Cordiais Saudações,

Gauss

Em 16 de julho de 2018 13:12, Paulo C Rodrigues <paulocanas em gmail.com> escreveu:
> Prezados Colegas,
>
> considero esta discussão sobre o QUALIS e sobre a avaliação do mérito dos
> pesquisadores de extrema importância.
>
> Sobre o QUALIS, talvez por ignorância histórica da minha parte, não consigo
> entender exatamente qual o objetivo de criar uma lista de revistas
> (aparentemente com classificação subjetiva) quando existem listas
> internacionais feitas por profissionais (e não por pesquisadores que têm
> outras atividades mais relevantes com que se preocupar). Penso que as duas
> listas mais relevantes internacionalmente são o índice do Scimago
> (https://www.scimagojr.com/journalrank.php?area=2600&category=2613) e o
> Fator de Impacto da Thomson Reuters, que são bem objetivos! Apenas uma
> pergunta básica:
>
> Porque não considerar uma combinação destes dois índices para definir os
> estratos do QUALIS A1, A2, B1, B2 e B3? Por exemplo:
>
> fazer uma média (usando o Scimago e o Impact Factor) de ranks por área,
> considerando como revista "Core" toda a revista que aparece em pelo menos um
> dos índices. Todas as outras seriam classificadas como "Não Core";
> definir (internamente no CNPq?) a percentagem de revistas em cada um dos
> estratos do QUALIS A1, A2, B1, B2 e B3 (igual para todas as áreas e
> sub-áreas)
> com o rank obtido em 1, criar a lista das revistas em cada um dos estratos
> (e em cada uma das áreas), considerando as percentagens em 2.
> atualizar todos os anos em julho após a divulgação do Impact Factor
> fim
>
> Vantagens:
>
> É objetivo
> As áreas e sub-áreas já estão bem definidas
> Todas as revistas relevantes são consideradas e não apenas aquelas onde os
> membros integrados dos programas de pós-graduação publicam
>
> um exemplo "engraçado" (mas sem graça nenhuma) que me aconteceu no final do
> ano passado: um colega do Colegiado em Matemática da UFBA diz-me que é uma
> pena que o meu artigo com fator de impacto de mais de 7 não esteja no QUALIS
> de Matemática/Probabilidade e Estatística e que o meu vínculo foi alterado
> de membro permanente para colaborador. A contagem dos meus artigos foi mal
> contabilizada e, felizmente, na reunião seguinte do Colegiado, essa decisão
> foi revogada. Ah, a revista em causa é apenas a 5ª (!) no indice Scimago na
> área de Probabilidade e Estatística
>
>
> Será que estou a ser simplista demais? Ou talvez naïve...
>
>
> Sobre a avaliação do mérito, tenho algumas histórias interessantes mas
> certamente não tão chocantes como a do Marcelo.
>
>
> Um abraço a todos
> Paulo.
>
> --------------------------------------------------------------------------------------------------------------
> Paulo Canas Rodrigues
> Research Director
> Center for Applied Statistics and Data Analytics (CAST)
> University of Tampere, Finland
>
> Assistant Professor
> Federal University of Bahia, Brazil
>
> CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/0029960374321970
> Web: http://sites.google.com/site/paulocanas/
> --------------------------------------------------------------------------------------------------------------
>
>
>
> 2018-07-12 07:40 GMT-03:00 Gauss Cordeiro <gauss em de.ufpe.br>:
>>
>> Caríssimos,
>>
>> Gostaria de salientar apenas três pontos.
>>
>> Primeiro, a área “Lifetime and Data Analysis” cresceu muito no Brasil
>> nos últimos 15 anos graças aos esforços de vários pesquisadores.
>> Uma prova viva desse fato é que temos um encontro específico nesta
>> área a cada dois anos  denominado “Workshop em Análise de
>> Sobrevivência
>> e Aplicações”.  A 5ª edição ocorreu em Salvador em março deste ano.
>> Sem medo de errar, essa área vem se configurado com uma
>> das mais produtivas da Estatística no País.
>>
>> Segundo, as pesquisas nesta área envolvem os seguintes tópicos:
>> metodologia, análise de dados, computação intensiva por conta da
>> complexidade de alguns modelos e estudos amplos de simulação Monte
>> Carlo. Nestes termos, as dezenas de pesquisadores brasileiros
>> desta área direcionam seus trabalhos para periódicos aplicados ou para
>> os seguintes periódicos de Estatística que contemplam os tópicos
>> acima: Computational Statistics and Data Analysis, Lifetime and Data
>> Analysis, Journal of Statistics Computation and Simulation (JSCS),
>> entre alguns poucos outros. Os dois primeiros tinham Qualis nível A no
>> passado.
>>
>> Terceiro, o fator de impacto de um periódico representa uma média
>> global da influência do periódico na comunidade científica,
>> mas não contempla as variações das influências dos papers publicados
>> nele. Apenas um exemplo dentre muitos:
>> um paper publicado em 2011 no JSCS foi ranqueado em 2017 entre aqueles
>> 1% mais citados na área de Matemática
>> (arquivos em anexo). Esse artigo demandou um trabalho árduo de mais de 4
>> meses.
>>
>>
>> Cordiais Saudações,
>>
>> Gauss Cordeiro
>>
>>
>>
>> Em 11 de julho de 2018 19:40, Lorena Barberia
>> <lorena.barberia em gmail.com> escreveu:
>> > Caros,
>> >
>> > Estou acompanhando esta discussão que pensou muito importante e
>> > relevante.
>> > Recentemente, elaboramos um artigo discutindo a classificação
>> > Qualis/Capes
>> > vs. SJR, etc. para a ciência política que publicamos no Brazilian
>> > Political
>> > Science Review.  Segue em anexo.  Como pretendemos avançar com um estudo
>> > maior para comparar varias áreas, agradeceríamos muito os comentários e
>> > criticas.
>> >
>> > Abraços, Lorena
>> >
>> > Lorena Barberia
>> >
>> > Professor
>> >
>> > Department of Political Science
>> > University of São Paulo
>> >
>> > Avenida Professor Luciano Gualberto, 315
>> >
>> > Sala 2067
>> >
>> > Cidade Universitária
>> >
>> > São Paulo - SP
>> >
>> > Brazil Cep 05508-900
>> >
>> >
>> > Tel: +55.11.3091-3780 (Department)
>> >
>> > Tel: +55.11.3091-0324 (Office)
>> > E-mail:lorenabarberia em usp.br
>> >
>> > Department website: http://dcp.fflch.usp.br/dcp/
>> >
>> > Faculty webpage:
>> > http://dcp.fflch.usp.br/dcp/index.php/docentes/lorena-barberia
>> >
>> >
>> >
>> > Save the date! "Concepts, Methods and Techniques in Political Science,
>> > IPSA-USP Summer School 2019, January 14-February 1,2019. 10th Session.
>> > University of São Paulo, Brazil.
>> >
>> > http://summerschool.fflch.usp.br
>> >
>> >
>> >
>> >
>> >
>> >
>> > On Wed, Jul 11, 2018 at 3:28 PM Hedibert Lopes <hedibert em gmail.com>
>> > wrote:
>> >>
>> >> Mais dois graficos para enriquecer o importante debate.  Dessa vez
>> >> usando
>> >> o indice SJR (Scientific Journal Rankings, SCImago).
>> >> Parece que o SJR discrimina melhor entre A1/A2 e B1/B2, o que nao
>> >> acontece
>> >> com o fator de impacto (FI).
>> >>
>> >> Saudacoes Croatas a todos,
>> >> Hedibert
>> >>
>> >>
>> >>
>> >> On Wed, Jul 11, 2018 at 1:41 PM Hedibert Lopes <hedibert em gmail.com>
>> >> wrote:
>> >>>
>> >>> Boa tarde pessoal,
>> >>>
>> >>> Tenho acompanhado de perto essa discussao sobre qualis/fator de
>> >>> impacto/merito/bolsa CNPq/etc e, assim como varios membros, acho que
>> >>> sao
>> >>> temas muito relevantes para nossa area de pesquisa. Particularmente
>> >>> importante para os jovens pesquisadores (menos que 35 anos, ou por ai)
>> >>> que
>> >>> comecam a encontrar os caminhos das pedras nesse mundo
>> >>> academico-cientifico.
>> >>>
>> >>> Estou adicionando dois resumos que fiz para melhor entender o cenario
>> >>> atual.  E' incompleto e representa todos meus vieses, portanto nao
>> >>> assumo
>> >>> nenhuma responsabilidade pelo uso indevido desse material.
>> >>>
>> >>> Uma curiosidade:  O Brasil esta' entre os paises que mais publicaram,
>> >>> nos
>> >>> ultimos 3 anos, no Journal of Applied Statistics (JAS) e no Journal of
>> >>> Statistical Computation and Simulation (JSCS), com pesadas
>> >>> contribuicoes da
>> >>> USP e UFPE (UFSCAR tambem, mas no JAS). O JSCS tem FI=0.87 (2017) e o
>> >>> JAS
>> >>> tem FI=0.67 (2017), ambos proximos ao BJPS (IF=0.82, 2017) onde a
>> >>> maioria
>> >>> das publicacoes tambem sao de brasileiros. Essas, e varias outras
>> >>> revistas,
>> >>> estao no canto direito inferior da minha figura, entre as revistas com
>> >>> menor
>> >>> impacto e classificacao B1/B2 no Qualis.
>> >>>
>> >>> Perguntas que me vem a cabeca:  E' isso que somos?  Pesquisadores do
>> >>> "canto direito inferior"?  Porque publicamos muitos artigos ali?  E' o
>> >>> porto
>> >>> final do processo de submissao ou um dos iniciais?  As publicacoes
>> >>> saem mais
>> >>> rapidamente ali ou nao?  Nao tenho solucoes obvias.  O que fiz no
>> >>> Insper,
>> >>> assim que cheguei ao Brasil foi usar os indices Scimago JCR (e nao o
>> >>> fator
>> >>> de impacto) para listas revistas de estatistica (hoje nem usamos mais
>> >>> essa
>> >>> listagem, fazemos um estudo caso a caso com pareceristas internos e
>> >>> externos).
>> >>>
>> >>> Queria finalizar dizendo que nao acho um "merito", dentro da nossa
>> >>> area
>> >>> (estatistica) ter uma ideia em uma semana, escrever o artigo em 2
>> >>> semanas e
>> >>> te-lo publicado em 2 meses.  No minimo acho suspeitoso.
>> >>>
>> >>> Abs,
>> >>> Hedibert
>> >>>
>> >>>
>> >>>
>> >>> On Wed, Jul 11, 2018 at 10:39 AM Florencia Leonardi
>> >>> <leonardi em ime.usp.br>
>> >>> wrote:
>> >>>>
>> >>>> Caros colegas,
>> >>>>
>> >>>> segui com atenção a discussão dos últimos dias sobre as avaliações de
>> >>>> produtividade e o que foi exposto sobre as injustiças dessas
>> >>>> avaliações.
>> >>>> Na nossa pós-graduação do IME-USP nós temos discutido este assunto
>> >>>> faz
>> >>>> algum tempo, em relação com o credenciamento de orientadores e
>> >>>> possíveis
>> >>>> mudanças
>> >>>> de regras. Eu gostaria de manifestar meu apoio às ideias que
>> >>>> Alexsandra
>> >>>> e Adriano expuseram nas respectivas mensagens. Eu acho que nós
>> >>>> devemos sim
>> >>>> usar
>> >>>> os índices "objetivos" como ferramentas para nos auxiliar nas
>> >>>> avaliações, porque seria impossível conhecermos por exemplo a
>> >>>> qualidade de
>> >>>> todas as revistas,
>> >>>> mas eles nunca deveriam substituir a análise criteriosa de colegas da
>> >>>> área. Eu acho que essa búsqueda pela "objetividade" está perdida, e
>> >>>> além
>> >>>> disso,
>> >>>> pode ser muito mais injusta que a suposta "subjetividade" da análise
>> >>>> por
>> >>>> pares.
>> >>>> Acho que, como foi dito, nós deveríamos buscar mais transparência nos
>> >>>> processos de avaliação por pares, termos pareceres bem justificados,
>> >>>> e não
>> >>>> tentar substituir a
>> >>>> avaliação humana por um número ou um ranking de pessoas segundo
>> >>>> número
>> >>>> de artigos, número de citações, etc. O que é que esses índices
>> >>>> representam
>> >>>> sobre a relevância
>> >>>> da pesquisa dessa pessoa? Além disso, como foi exposto aqui, as
>> >>>> classificações da Capes no Qualis não seguem rigorosamente os mesmo
>> >>>> critérios que a própria Capes propõe.
>> >>>> Isso na minha opinião não faz o menor sentido, porque um índice é só
>> >>>> isso, um índice, e retocá-lo manualmente não corrige nenhuma
>> >>>> distorção, só
>> >>>> destrói a única propriedade que
>> >>>> esse número tem, que é o de ser objetivo. O que não deveríamos é usar
>> >>>> esses números como único critério de avaliação, as pessoas são muito
>> >>>> mais
>> >>>> que seu h-index.
>> >>>>
>> >>>> Outro assunto que foi levantado na discussão é sobre a
>> >>>> multidisciplinaridade, acho que o "sistema" ainda não está preparado
>> >>>> para
>> >>>> isso, para poder impulsar a multidisciplinaridade
>> >>>> não basta só querer que as pessoas façam isso, o sistema deve
>> >>>> proporcionar a elas condições. Como fazer isso não está claro para
>> >>>> mim, mas
>> >>>> como não fazer sim está claro.
>> >>>> Os editais de concursos pedem muitas vezes graduação e doutorado na
>> >>>> mesma área, mesmo pessoas que tem pesquisa de qualidade na área do
>> >>>> concurso
>> >>>> não podendo se inscrever.
>> >>>> Isso faz algum sentido?
>> >>>>
>> >>>> Abraços,
>> >>>> Florencia
>> >>>>
>> >>>>
>> >>>> 2018-07-09 15:55 GMT-03:00 Carlos Alberto de Bragança Pereira
>> >>>> <cpereira em ime.usp.br>:
>> >>>>>
>> >>>>> Caros redistas, colegas e amigos
>> >>>>> Quero agradecer a todos que se manifestaram em solidariedade à minha
>> >>>>> reclamação, mas principalmente aos colegas que se dispuseram a
>> >>>>> discutir tema
>> >>>>> tão importante para todos nós.
>> >>>>>
>> >>>>> Os e-mails da Alex e do Adriano talvez tenham dado a direção a
>> >>>>> seguir
>> >>>>> em nossas ambições de cpoder construir um sistema justo de
>> >>>>> avaliação.
>> >>>>>
>> >>>>> Mas escrevo hje para divulgar uma mensagem de um jovem pesquisador a
>> >>>>> qual me tocou profundamente devido à consequência de uma injustiça.
>> >>>>> O
>> >>>>> último parágrafo dele me fez pensar que o que aconteceu comigo é
>> >>>>> nada em
>> >>>>> comparação com a situação dele.  Vou divulgar porque ele me
>> >>>>> autorizou a
>> >>>>> fazê-lo.
>> >>>>>
>> >>>>> Antes de colocar a mensagem do jovem eu gostaria de dizer que
>> >>>>> colaboro
>> >>>>> com o melhor grupo de psiquiatria deste pais e a seguinte mensagem
>> >>>>> eu recebi
>> >>>>> agora de nossa colega psiquiatra.
>> >>>>>
>> >>>>> _______________________________________________________________________
>> >>>>> obrigada Carlinhos,
>> >>>>> assim que o Daniel me mandar eu te encaminho
>> >>>>> a revista é o Journal of Anxiety Disorders, fator de impacto 3.481
>> >>>>> abraços
>> >>>>> Roseli
>> >>>>>
>> >>>>> _______________________________________________________________________
>> >>>>>
>> >>>>> Aqui vai o que interessa
>> >>>>> Retirei o sobrenome que identificaria completamente o autor
>> >>>>>
>> >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> Prezado professor Carlinhos,
>> >>>>>
>> >>>>> Meu nome é Marcelo Pereira, sou um jovem estatístico (hoje eu tenho
>> >>>>> 32
>> >>>>> anos de idade) que inclusive já trocou alguns emails com o senhor.
>> >>>>> Venho
>> >>>>> através deste email me solidarizar com o que aconteceu com o senhor,
>> >>>>> pois
>> >>>>> aconteceu algo no mesmo contexto comigo.
>> >>>>>
>> >>>>> Ano passado eu completei 3 anos de doutorado e assim eu tinha
>> >>>>> direito
>> >>>>> de pedir uma bolsa PQ nível 2. Bom, fiz o meu projeto enviei no
>> >>>>> prazo com
>> >>>>> tudo nos conformes.
>> >>>>>
>> >>>>> Quando saiu o resultado, eu só recebi a avaliação de 1 parecer ad
>> >>>>> hoc
>> >>>>> (geralmente são 3-4). O parecer de Pré-seleção foi dado 1 mês após o
>> >>>>> único
>> >>>>> parecer ad hoc que eu recebi, e o mesmo falou que eu conclui o
>> >>>>> doutorado em
>> >>>>> 2015, e portanto não estava apto a receber bolsa PQ, sendo que eu
>> >>>>> terminei
>> >>>>> em 2014. Bom, eu recorri do resultado no dia 18/01/2018 e até 20
>> >>>>> dias atrás
>> >>>>> o resultado estava "em Análise pelo CNPq", sendo que já tinha um
>> >>>>> outro
>> >>>>> edital aberto. Enviei um email para a ouvidoria, e em menos de duas
>> >>>>> semanas
>> >>>>> resolveram soltar o resultado de reconsideração, que continuou como
>> >>>>> indeferido. Mas, agora falaram que não tinha mérito para estar entre
>> >>>>> os que
>> >>>>> mereciam bolsa e minha resposta foi a seguinte:
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> Ainda, referente ao mérito da proposta, cabe alguns destaques:
>> >>>>>
>> >>>>> 1) Eu possuo mais de 50 artigos científicos publicados e/ou aceitos
>> >>>>> em
>> >>>>> periódicos internacionais (apesar da pouca idade) com sistema de
>> >>>>> arbitragem
>> >>>>> em diferentes linhas de pesquisa. Nos últimos 3 anos (número de anos
>> >>>>> após a
>> >>>>> minha defesa de doutorado) eu publiquei 24 artigos científicos (6 em
>> >>>>> 2015,
>> >>>>> 10 em 2016 e 8 em 2017) em periódicos internacionais. A grande
>> >>>>> maioria de
>> >>>>> meus artigos estão publicados em revistas com grandes visibilidade e
>> >>>>> impacto
>> >>>>> na área de estatística, mostrando intensidade e regularidade das
>> >>>>> publicações. Em termos de Qualis/CAPES, possuo melhores métricas que
>> >>>>> vários
>> >>>>> outros bolsistas PQ do mesmo comitê da Matemática e Estatística.
>> >>>>> Acredito,
>> >>>>> fortemente, que a minha produção (nos últimos 3 anos) é equivalente
>> >>>>> à
>> >>>>> produção científica de pesquisadores nível 1D da área de
>> >>>>> probabilidade e
>> >>>>> estatística.
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> 2) Tenho trabalhado em colaboração com diferentes pesquisadores, do
>> >>>>> Brasil e do exterior e com diferentes graus de senioridade, além de
>> >>>>> desenvolver trabalhos solo. No momento, venho trabalhando em cerca
>> >>>>> de 25
>> >>>>> artigos científicos que serão submetidos a periódicos internacionais
>> >>>>> da área
>> >>>>> de estatística e tenho 16 artigos submetidos. Esses dados mostram
>> >>>>> intensidade e autonomia
>> >>>>> científica superior a outros bolsistas PQ da mesma área.
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> 3) Apesar de jovem, vale ressaltar que eu sou revisor de cerca de 90
>> >>>>> importantes periódicos internacionais, além de ser Editor Associado
>> >>>>> de dois
>> >>>>> periódicos internacionais: International Journal of Computer
>> >>>>> Sciences and
>> >>>>> its Applications e International Journal of Statistics: Advances in
>> >>>>> Theory
>> >>>>> and Applications.
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> 4) Ressalto ainda que, com apenas 30 anos de idade, eu assumi em
>> >>>>> 2016 a
>> >>>>> coordenação da Pós-Graduação em Matemática Aplicada
>> >>>>> e Estatística da UFRN (ainda continuo como coordenador), sendo
>> >>>>> talvez o
>> >>>>> coordenador mais jovem dentre todas as áreas de conhecimento da
>> >>>>> CAPES.
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> 5) Os bons fóruns cientíticos que venho publicando evidenciam a
>> >>>>> qualidade de minha pesquisa. Contudo, destaco ainda que recebi o
>> >>>>> prêmio JAN
>> >>>>> TINBERGEN AWARDS 2017 pelo International Statistical Institute (ISI)
>> >>>>> em
>> >>>>> Marrakech, Marrocos. Esse é um dos prêmios mais importantes para
>> >>>>> jovens
>> >>>>> estatísticos do planeta, quiçá não seja o maior. Eu concorri com
>> >>>>> jovens
>> >>>>> estatísticos de 138 países em desenvolvimento e fiquei em primeiro
>> >>>>> lugar.
>> >>>>> Ressalto que no mesmo evento o Professor Sir David Cox recebeu o
>> >>>>> primeiro
>> >>>>> prêmio International Prize
>> >>>>> in Statistics. Esse prêmio é considerado o Nobel da Estatística.
>> >>>>> Este é
>> >>>>> um indicador claro de qualidade da pesquisa
>> >>>>> e de inserção internacional.
>> >>>>>
>> >>>>> 6) Dentre os critérios do Comitê Assessor da Matemática e
>> >>>>> Estatística,
>> >>>>> dentre outros, destaco o seguinte: "especial atenção
>> >>>>> aos jovens com claro potencial para se tornarem lideranças.". Pelos
>> >>>>> argumentos de mérito listados em (1)-(5) acima entendo que
>> >>>>> satisfaço completamente os critérios do comitê, especialmente este
>> >>>>> destacado.
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> O mais estranho é que outros pesquisadores com 5-6 artigos
>> >>>>> publicados
>> >>>>> durante toda a sua vida acadêmica ganharam bolsa.
>> >>>>> Quando o mérito não é levado em conta, perde o sentido de quase
>> >>>>> tudo.
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> Qual foi o efeito causado em mim: hoje em dia não tenho nenhum pouco
>> >>>>> de
>> >>>>> vontade de fazer mais pesquisa. Desanimei completamente. Encontrei
>> >>>>> outras
>> >>>>> atividades que me fazem feliz e estou vivendo. Talvez tenha sido
>> >>>>> excelente
>> >>>>> para a minha vida pessoal.
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> Desculpe pelo longo email e espero que o resultado em relação a
>> >>>>> bolsa
>> >>>>> do senhor seja revertido.
>> >>>>>
>> >>>>> Saudações,
>> >>>>>
>> >>>>> Marcelo
>> >>>>> --
>> >>>>> Carlos Alberto de Bragança Pereira
>> >>>>> http://www.ime.usp.br/~cpereira
>> >>>>> http://scholar.google.com.br/citations?user=PXX2AygAAAAJ&hl=pt-BR
>> >>>>> Stat Department - Professor & Head
>> >>>>> University of São Paulo
>> >>>>>
>> >>>>>
>> >>>>> _______________________________________________
>> >>>>> abe mailing list
>> >>>>> abe em lists.ime.usp.br
>> >>>>> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
>> >>>>
>> >>>>
>> >>>> _______________________________________________
>> >>>> abe mailing list
>> >>>> abe em lists.ime.usp.br
>> >>>> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
>> >>>
>> >>>
>> >>>
>> >>> --
>> >>> Hedibert Freitas Lopes, PhD
>> >>> Professor of Statistics and Econometrics
>> >>> INSPER - Institute of Education and Research
>> >>> Rua Quatá, 300 - São Paulo, SP 04546-042 Brazil
>> >>> Phone: +55 11 4504-2343
>> >>> www.hedibert.org
>> >>
>> >>
>> >>
>> >> --
>> >> Hedibert Freitas Lopes, PhD
>> >> Professor of Statistics and Econometrics
>> >> INSPER - Institute of Education and Research
>> >> Rua Quatá, 300 - São Paulo, SP 04546-042 Brazil
>> >> Phone: +55 11 4504-2343
>> >> www.hedibert.org
>> >> _______________________________________________
>> >> abe mailing list
>> >> abe em lists.ime.usp.br
>> >> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
>> >
>> >
>> > _______________________________________________
>> > abe mailing list
>> > abe em lists.ime.usp.br
>> > https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
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>>
>> _______________________________________________
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>> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
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