[ABE-L] Scientists rise up against statistical significance

Michele Figueiró mferrazfigueiro em gmail.com
Ter Ago 27 15:12:29 -03 2019


Segue o pdf 😊
http://gen.lib.rus.ec/book/index.php?md5=E6ABB4F8335B5B86CAF6674A6A0AB1CA

On Tue, Aug 27, 2019, 14:52 Danilo Sarti <daniloasarti em gmail.com> wrote:

> prezados,
>
> há um livro chamado the cult of statistical significance que descreve bem
> essa questão:
>
>
> https://www.amazon.com/Cult-Statistical-Significance-Economics-Cognition/dp/0472050079
> abs!
>
> Em ter, 26 de mar de 2019 às 18:20, Basilio de Braganca Pereira <
> basiliopereira em gmail.com> escreveu:
>
>> Estou mais de acordo com o " Dr Fisher"  editor de Significance. que
>> afirma que se em vez de SIGNIFICANTE tivessem usado o termo
>> IMPROBABILIDADE, muito dessa confusão teria sido evitada
>> Basilio
>>
>> Em ter, 26 de mar de 2019 às 08:29, Clécio da Silva Ferreira por (abe) <
>> abe em lists.ime.usp.br> escreveu:
>>
>>> Espero que não seja semelhante às "descobertas" dos
>>> benefícios/malefícios do ovo. As primeiras "pesquisas" diziam que fazia
>>> mal; depois novas "pesquisas" diziam que faziam bem; agora novas
>>> "pesquisas" dizem que não é  bem assim (pode fazer mal).
>>>
>>> Clécio
>>>
>>> Em segunda-feira, 25 de março de 2019 11:41:24 BRT, Leo Bastos <
>>> lsbastos em gmail.com> escreveu:
>>>
>>>
>>> Olá a todos,
>>>
>>> Eu recebi o convite, na época o título do manuscrito era outro (Retire
>>> statistical significance),  e sou um dos 800+ signatários. E não vi,
>>> nesse artigo, nenhuma recomendação de banir o valor-p ou qq outra
>>> medida estatística (não é essa a solução!). Vejam esse trecho do
>>> artigo:
>>>
>>> "We are not calling for a ban on P values. Nor are we saying they
>>> cannot be used as a decision criterion in certain specialized
>>> applications (such as determining whether a manufacturing process
>>> meets some quality-control standard). And we are also not advocating
>>> for an anything-goes situation, in which weak evidence suddenly
>>> becomes credible. Rather, and in line with many others over the
>>> decades, we are calling for a stop to the use of P values in the
>>> conventional, dichotomous way — to decide whether a result refutes or
>>> supports a scientific hypothesis."
>>>
>>> O que é reforçado mais embaixo:
>>>
>>> "Again, we are not advocating a ban on P values, confidence intervals
>>> or other statistical measures — only that we should not treat them
>>> categorically. This includes dichotomization as statistically
>>> significant or not, as well as categorization based on other
>>> statistical measures such as Bayes factors."
>>>
>>> O ponto que me fez assinar vai na direção de "aposentar" o uso do
>>> termo "estatisticamente significativo" para concluir possíveis
>>> associações puramente baseado em um critério dicotômico, seja ele o
>>> valor-p, Bayes factor, ou whatever. Essa dicotomização é usada demais
>>> nas pesquisas aplicadas, em particular na saúde que é onde posso falar
>>> um pouquinho, mas imagino que em todas as áreas da ciência. E eu mesmo
>>> dou a mão a palmatória pois usei bastante (ou ajudei a usar) critérios
>>> dicotômicos para responder alguma pergunta de pesquisa que era
>>> traduzida de certa forma por um teste de hipóteses (estou considerando
>>> aqui tb como "teste de hipoteses" a inclusão ou não de um determinado
>>> valor em um intervalo q descreva incerteza). Evitar tomadas de decisão
>>> baseadas em critérios dicotômicos (valor-p < 0.05? sendo o principal
>>> desses critérios) já foi bastante discutida nas ultimas décadas, em
>>> particular na edição especial de 2016 no The American Statistician
>>> (TAS) dizendo o que não devemos fazer, e, agora em março, uma nova
>>> edição especial no TAS com propostas do que fazer então.
>>>
>>> Dado o alcance da lista da ABE, concordem ou não com o que saiu no
>>> paper da Nature (que realmente não tem nada de novo para quem pesquisa
>>> na área de estatística) e nos artigos da TAS (aí sim tem muito
>>> material interessante no ponto de vista de pesquisa estatística. Não
>>> nos editoriais, mas nos papers associados, como o paper do Carlinhos e
>>> Adriano por exemplo), eu acho muito importante que essa discussão se
>>> aprofunde e entre nas disciplinas de estatística oferecidas para
>>> graduação e pós para estatísticos* (*pessoas que independente da
>>> formação entendem o que está rolando por trás dos resultados) e,
>>> principalmente, para não estatísticos* já que são exatamente os não
>>> estatísticos que vão usar e abusar dos valores-p em suas pesquisas.
>>>
>>> Bom é isso, achei melhor me posicionar pois uma curiosidade natural é
>>> ver quem assinou, e daqui a pouco estão apontando meu nome na Medina.
>>> rs
>>>
>>> Abraço,
>>> Leo Bastos.
>>>
>>> Pesquisador em Saúde Pública,
>>> Programa de Computação Científica (PROCC)
>>> Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz
>>> Rio de Janeiro, Brasil
>>> Homepage: https://lsbastos.github.io
>>>
>>> On Mon, 25 Mar 2019 at 11:30, Ângela Paes <atpaes em gmail.com> wrote:
>>> >
>>> > Perfeito Alexandre!
>>> > Eu até achei legalzinho o texto, mas fiquei pensando porque ele andou
>>> tão falado na semana passada, dado que não trazia nada novo.
>>> > Aí vi que a The American Statistician publicou um suplemento com mais
>>> de 40 artigos sobre p-valor. Não li ainda, mas tem muitos autores
>>> diferentes, alguns bem conhecidos.
>>> > Também acho que esse texto da Nature foi feito por encomenda e quem
>>> escreveu está reproduzindo a interpretação do que leu sem muita base
>>> teórica, mas o importante é que textos assim ( e são centenas nos últimos
>>> anos) movimentam a comunidade científica e assim a missão dos estatísticos
>>> fica cada vez maior.
>>> > Abç,
>>> > Ângela
>>> >
>>> > Em seg, 25 de mar de 2019 às 09:50, Alexandre Galvão Patriota <
>>> patriota.alexandre em gmail.com> escreveu:
>>> >>
>>> >> Em geral, esses artigos são escritos a convite dos editores e depois
>>> os autores saem por aí pedindo assinaturas. Em 2017, eu recebi um convite
>>> para co-autorar o artigo "Manipulating the Alpha Level Cannot Cure
>>> Significance Testing", mas neguei por discordar de vários pontos. Seria
>>> interessante saber quantos autores negaram participar desses artigos (800 e
>>> poucos de quantos?). Aliás quantos desses entendem a teoria e fundamentos
>>> da estatística?
>>> >>
>>> >> Há muita informação equivocada na literatura sobre o valor-p. Tem
>>> gente que tentou mostrar que há um problema lógico nos testes de
>>> significância aplicando de forma equivocada o Modus Tollens:
>>> >>
>>> >> NHST is still logically flawed (
>>> https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-018-2655-4)
>>> >>
>>> >> Segue meu comentário:
>>> >> Is NHST logically flawed? Commentary on: “NHST is still logically
>>> flawed” (https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-018-2817-4)
>>> >>
>>> >> O Trafimow, editor da BASP, resolveu banir os valores-p em 2015. Ele
>>> justificou o banimento baseando-se em um de seus artigos publicados em 2003
>>> em que o valor-p é definido como probabilidade condicional a H0. Ou seja,
>>> para ele os eventos {T(X) \in A} e {theta in Theta0} são mensuráveis na
>>> mesma sigma-álgebra (ela não deixa isso claro, mas está implícito nas
>>> operações que usou). Isso é uma interpretação Bayesiana do valor-p (é como
>>> rejeitar o cristianismo usando a linguagem marxista ou vice versa: os
>>> argumentos só valem para aqueles que comungam da mesma ideologia). Se quer
>>> mostrar que o valor-p é falho, use a linguagem da estatística clássica.
>>> >>
>>> >> Há problemas com o valor-p, mas nenhum deles provê justificativa
>>> suficiente para o seu banimento. Na prática o pessoal quer usar as
>>> ferramentas estatísticas sem entender o domínio de aplicação e a teoria que
>>> tem por trás. Qualquer outra ferramenta
>>> matemática/estatística/probabilística que substitua valor-p será mau
>>> utilizada ao longo do tempo.
>>> >>
>>> >> Quanto mais "banimentos" e controvérsias, mais em evidência fica a
>>> área de fundamentos de estatística e mais trabalho para gente.
>>> >>
>>> >> Abraços
>>> >>
>>> >>
>>> >> On Fri, 22 Mar 2019 at 19:23, Jan Sousa <jan.sousa em gmail.com> wrote:
>>> >>>
>>> >>> Boa leitura...
>>> >>>
>>> >>>
>>> https://www.nature.com/articles/d41586-019-00857-9?fbclid=IwAR28bbFeOubkHYJQfSzULo_alxHLB1J4bWdYvaImLKVNGl7yNduhjB0H8uA
>>> >>>
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>>> >> Prof. Dr. Alexandre G. Patriota,
>>> >> Department of Statistics,
>>> >> Institute of Mathematics and Statistics,
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>> Basilio de Bragança Pereira,M.Sc. and D.L. (COPPE) D.I.C. and Ph.D.
>> (Imperial College).
>> Professor Emérito da UFRJ  - Universidade Federal do Rio de Janeiro
>> PEP/COPPE, ICES  e Faculdade de Medicina.
>> Pesquisador Colaborador- LNCC , Pesquisador Visitante Emérito - FAPERJ
>> Tel: 55 21 98890-6489
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>> The best thing about being a statistician is that you get to play in
>> everyone´s backyard (John Tukey)
>> O artista vê a verdade no belo, o cientista vê o belo na verdade.
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