[ABE-L] Folha de SP 27 março 2022

Vermelho vermelho2 em gmail.com
Ter Mar 29 13:34:16 -03 2022


Bem, se há uma probabilidade igual a 30% que vai chover amanhã, não
significa que vai chover nem que não vai chover. Qual a dificuldade?
*Antonio José Ribeiro Dias - Vermelho*


Em seg., 28 de mar. de 2022 às 19:07, Edmilson Rodrigues Pinto <
edmilson.pinto em ufu.br> escreveu:

> Oi Lisbeth.
>
> Obrigado por compartilhar.
>
> Gostei da referência dada no texto. Não conhecia.
>
>
> https://www.amazon.com.br/Aubrey-Clayton/e/B08NWQNCM1%3Fref=dbs_a_mng_rwt_scns_share
>
> Vou ler.
>
> Abçs.
>
> Edmilson.
>
>
>
> Em 2022-03-28 16:36, Lisbeth Cordani escreveu:
>
> *Helio Schwartsman Folha SP *
>
>
>
> *Cálculo de probabilidades esconde sutil discussão filosófica*
>
> Se há algo ao mesmo tempo sutil e controverso, é a filosofia da
> probabilidade
>
>
>
> ·
>
> ·
>
> O que significa dizer que há 30% de probabilidade de chover amanhã em sua
> cidade? No dia seguinte, choverá ou não choverá. Então, o que são esses
> 30%? Um jeito de entender a cifra é pensá-la como uma frequência. De cada
> 100 previsões de tempo iguais a essa, o cenário com chuva se materializará
> 30 vezes. Mas o que é uma previsão "igual a essa"? Se há algo que quase
> nunca se repete, é o conjunto dos parâmetros usados em um modelo climático.
>
> Outro modo de compreender os 30% é encará-los como a confiança que o
> próprio meteorologista deposita em sua previsão. Ao anunciar os 30%, ele
> estaria dizendo que apostaria 7 contra 3 que não vai chover. Nesse caso,
> deixamos de falar do clima para falar de características subjetivas de quem
> o analisa.
>
>
>
> Se há algo ao mesmo tempo sutil e controverso, é a filosofia da
> probabilidade. Em "Bernoulli's Fallacy", Aubrey Clayton nos conduz pelos
> fascinantes meandros dessa metafísica estatística. Clayton se classifica
> como militante bayesiano (a corrente que aceita o subjetivismo) e mostra
> vários problemas associados à interpretação frequentista, que, segundo ele,
> se firmou nas ciências, particularmente nas ciências sociais, porque
> prometia uma objetividade matemática. Essa, porém, era uma falsa promessa,
> baseada numa falácia cometida por Jacob Bernoulli no século 18.
>
> Para Clayton, o paradigma frequentista é o grande responsável pela crise
> de reprodutibilidade nas ciências. Ele nos levou a aceitar muitos falsos
> positivos como se fossem boa ciência. Não surpreende que seja difícil
> reeditá-los em estudos posteriores. O matemático defende que troquemos de
> vez a concepção frequentista pela bayesiana. Os elementos subjetivos que
> ela traz são indissociáveis da própria ciência, atividade que, por
> definição, nunca oferece respostas finais. Estamos sempre atualizando
> nossas perspectivas à luz de nova informação, exatamente como no teorema de
> Bayes.
>
> helio em uol.com.br
>
> Hélio Schwartsman 27 de março de 2022
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