[ABE-L] Ciência
Marcelo L. Arruda
mlarruda em terra.com.br
Qua Abr 13 13:24:52 -03 2016
Acho que um ponto de vista discordante faz bem para uma discussão saudável.
Posso estar sendo otimista e/ou idealista, mas eu acho que a situação do
país tem uma grande chance de melhorar. Eu vejo em forte andamento um
movimento que começou lááááá atrás com o Mensalão, que está atualmente
atingindo o cume com o Petrolão e que tudo indica que ainda se alastrará e
atingirá outros partidos, outros caciques e outras esferas. E o significado
desse movimento é tão importante quanto auspicioso: a força e a
independência do Judiciário se firmando na extirpação da impunidade. É claro
que trata-se "apenas" da impunidade em alto nível e que quem vende DVD
pirata, faz TV a gato ou fura o sinal vermelho vai continuar tão impune e
sem vergonha quanto antes, mas essa reviração das entranhas dos altos
círculos da política já é altamente positiva no mínimo como lição para os
mais jovens.
Em termos de curtíssimo prazo, vejo dois anos de N operações, delações e
quetais continuando a faxina política nacional e criando o cenário sob o
qual serão disputadas as eleições de 2018. E só Deus sabe quem chegará lá
com cacife para vencer o pleito. A esperança é que esse período de faxina
sob a administração Temer provoque alguma conscientização nos eleitores e
(por que não?) nos próximos candidatos.
E com relação à vinda de um regime ditatorial, pergunto: 14 anos com
pensadores influentes tentando enfiar goela abaixo do povo um Pensamento
Único, 14 anos em que qualquer palavra mal calculada já vira ofensa,
preconceito e denegrimento, não são uma forma de regime ditatorial?
Saudações esperançosas,
Marcelo
-----Mensagem Original-----
From: poliveir em ime.usp.br
Sent: Wednesday, April 13, 2016 11:09 AM
To: Julio Stern
Cc: ABE Lista
Subject: Re: [ABE-L] Ciência
Prezados colegas
REsolvi agora dá minha opinião sobre a situação atual que resume no
seguinte:
1 - A crise vai piorar com ou sem impeachment
2 - O impeachment na verdade só vai fazer acobertar a corrupção e não
exterminá-la
3 - Não vejo perspectiva de futuro nesse país
4 - Se já estava sem emprego ou trabalho vai continuar e com
perspectivas de piorar ainda mais
5 - Tende a piorar mais para as minorias como pessoas com deficiência,
negros e outras com maior discriminação e mais dificuldades para serem
incluídas.
6 - Vikslumbro a vinda de um regime ditatorial.
Saudações mais pessimistas,
Paulo Tadeu Oliveira
Citando Julio Stern <jmstern em hotmail.com>:
> Fatos: - Final do velho mandato: Populismo desvairado com desperdicio
> macico de recursos. - Comeco do novo mandato: Pais na bancarrota,
> falencia institucional generalizada, e consequente corte de muitas
> atividades vitais. Conclusao (nao juridica -- sou leigo -- mas
> ica): - Pedalar (atentar contra a lei orcamentaria) eh crime! ---Julio
> Stern
>
> Date: Wed, 13 Apr 2016 10:05:54 -0300
> From: cribari em de.ufpe.br
> To: abe-l em ime.usp.br
> Subject: [ABE-L] Ciência
>
> Fonte:
> http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,com-menor-verba-em-12-anos--ciencia-perde-r-1-bi-e-bolsas-sao-congeladas,1855374
>
> O Estado de São Paulo, 13 de abril de 2016
> Ciência perde R$ 1 bi e bolsas são congeladasHERTON ESCOBAR - O ESTADO DE
> S. PAULO13 Abril 2016 | 03h 00 - Atualizado: 13 Abril 2016 | 07h 40Verba
> é a menor em 12 anos; MCTI sofreu redução de 25% nos recursos
> disponíveis, enquanto MEC perdeu R$ 4,3 bilhõesNovos cortes orçamentários
> no Ministério da Educação (MEC) e no Ministério da Ciência, Tecnologia e
> Inovação (MCTI) ameaçam agravar a situação de penúria da ciência
> nacional, com redução de recursos para bolsas e para financiamento de
> pesquisas nas universidades.O MCTI sofreu contingenciamento de R$ 1
> bilhão, uma redução orçamentária de quase 25%, que fez seu limite de
> empenho despencar para R$ 3,3 bilhões – o menor dos últimos 12 anos, pelo
> menos, em valores corrigidos pela inflação. Já o MEC perdeu R$ 4,3
> bilhões, segundo os novos ajustes fiscais divulgados em 30 de março, no
> Diário Oficial da União.As consequências foram sentidas imediatamente. O
> Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
> agência de fomento do MCTI, suspendeu a concessão de bolsas no exterior
> por tempo indeterminado. “É uma equação muito simples. O orçamento que a
> gente tem dá para pagar todos os bolsistas no País e no exterior. O que
> não dá é para conceder novas bolsas”, disse ao Estado o presidente do
> CNPq, Hernan Chaimovich.Trata-se de uma situação temporária, segundo ele,
> cuja duração vai depender da recuperação econômica do País. “O que é
> certo é que o CNPq tem responsabilidade com a ciência nacional e vamos,
> dentro do orçamento possível, manter todos os compromissos e pagar todos
> os bolsistas”, afirmou.Queda. Segundo a agência, não há como prever
> quantas bolsas deixarão de ser concedidas, pois o processo é sob demanda,
> e isso varia ano a ano. Hoje, 6,9 mil alunos recebem bolsa no exterior do
> CNPq, ante 10,6 mil em 2014 – uma redução de 35%. O número de novas
> bolsas concedidas caiu de forma mais drástica: foram 902 em 2015, ante
> 9,7 mil em 2014. No primeiro trimestre deste ano, foram só 72. Grande
> parte dessa redução está relacionada ao fim da primeira fase do programa
> Ciência sem Fronteiras, cuja continuidade também está ameaçada.O único
> edital de grande porte lançado pelo CNPq neste ano, no valor de R$ 200
> milhões, foi a tradicional Chamada Universal – que não foi aberta em
> 2015, por limitações orçamentárias. Segundo Chaimovich, o CNPq não vai
> abrir nenhum edital sem a certeza de que há recursos disponíveis para
> executá-lo. A prioridade, por enquanto, segundo ele, ainda é terminar de
> pagar a Chamada Universal de 2014 e quitar outras dívidas do órgão. “Uma
> vez que fecharmos o passivo, o valor dos editais vai aumentar.”O MCTI
> negocia desde o ano passado – quando seu orçamento também foi
> contingenciado em 25% – um empréstimo de US$ 1,4 bilhão do Banco
> Interamericano de Desenvolvimento (BID), para reabastecer seus cofres.
> Segundo informações divulgadas nesta terça-feira pelo ministério, o
> empréstimo foi autorizado pelo governo federal e será encaminhado à
> Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) para aprovação
> definitiva.Bolsas congeladas. Assim que o corte no orçamento do MEC foi
> divulgado, coordenadores dos programas de pós-graduação em todo o País
> começaram a receber comunicados da Coordenação de Aperfeiçoamento de
> Pessoal de Nível Superior (Capes) informando sobre a “suspensão do
> cadastramento de novos bolsistas em cotas verificadas como ociosas”.A
> medida congelou 7.408 bolsas, das mais de 88 mil que a Capes paga no
> País. Segundo o aviso, a suspensão ficará em vigor por até dois meses,
> “período no qual será conduzida uma análise detalhada acerca do uso das
> bolsas”, seguida de uma “recomposição gradual” para aqueles programas que
> apresentarem “uso satisfatório”. Na noite desta terça-feira, procurada
> pela reportagem, a Capes informou que 2.295 bolsas já foram reinseridas
> no sistema. Membros da comunidade científica foram surpreendidos pela
> medida. Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 228 bolsas que
> seriam concedidas nos próximos dois meses para alunos já selecionados
> foram recolhidas pela Capes – redução de quase 20% no total de bolsas
> disponíveis para a instituição.“Enfatizamos que essas bolsas não estavam
> ociosas, mas aguardando os alunos para ser implementadas a partir deste
> mês. Não temos nenhuma bolsa sobrando na universidade”, diz o
> vice-coordenador da Câmara de Pós-graduação da Escola Paulista de
> Medicina da Unifesp, Ruy Campos.
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