[ABE-L] Eleições
Elias T. Krainski
eliaskrainski em yahoo.com.br
Seg Out 6 15:24:32 -03 2014
Para mim o pior problema é o viés de seleção cometido nas pesquisas
eleitorais. Suponha que nessas pesquisas entrevistam-se apenas pessoas
nas ruas. Assim, muitos, que não estão na rua durante o período em que a
pesquisa é realizada, tem probabilidade zero de seleção.
Nas pesquisa boca-de-urna, esse viés pode ser eliminado. Porém, aí entra
o erro metodológico da seleção por quotas. Não justifica-se que numa
situação em que se poderia aplicar técnicas de amostragem (quase ao
mesmo custo) cometa-se erros tão grandes.
Elias.
On 06/10/14 17:20, Marcelo L. Arruda wrote:
> Além disso (se me permitem o pitaco), infelizmente há muita gente das
> classes menos instruídas que vota em quem está crescendo e/ou
> liderando as pesquisas (minha família mesmo já teve empregados assim).
> Isso cria um efeito "recursivo" que é difícil ser adequadamente
> considerado num modelo estatístico.
>
> Marcelo
>
> Em 06/10/2014 10:38, João Daniel Duarte escreveu:
>> Acho que muito vem da má interpretação dos resultados. As pesquisas
>> mostram a intenção de voto naquele momento, mas não incorporam
>> tendência. O Aécio apresentou uma clara tendência de crescimento nas
>> últimas semanas, mas ela não é incorporada aos resultados.
>>
>> Em 6 de outubro de 2014 10:15, Luiz Sergio Vaz <luizvaz em sarah.br
>> <mailto:luizvaz em sarah.br>> escreveu:
>>
>> Bom dia,
>>
>> Fui dormir perplexo com o resultado oficial das eleições para
>> presidente. Talvez a metodologia empregada não estaria adequada
>> para uma eleição majoritária para Presidente. O Brasil é um pais
>> imenso e multi - tudo: multicultural, multirracial e
>> multivariado. Talvez essa característica esteja prejudicando os
>> institutos.
>>
>> As pessoas sempre nos perguntam porque os Institutos de pesquisa
>> erram tanto. E os que me perguntam sempre jogam a conta para a
>> ciência Estatística. Hoje alguém, com certeza, vai me contar pela
>> n-ésima vez que aquela estorinha: há três mentiras universais e
>> uma delas é a Estatística. Na boca de urna, o IBOPE só passou
>> perto dos 22% da Marina*.
>>
>> Acho que a comunidade estatística, através de suas Associações e
>> Conselhos profissionais, deveriam tomar partido por uma
>> estatística melhor nessa área. Quem sabe fazer uma avaliação
>> oficial dos resultados (pesquisa x urna) . A sociedade brasileira
>> e os estatísticos agradeceriam.
>>
>> Abraço,
>>
>> Luiz
>>
>> *Segundo a pesquisa de boca de urna do Ibope, com 5.000
>> entrevistados, a presidente teria confirmado seu favoritismo e
>> recebido 44% dos votos válidos, contra 30% para Aécio. Marina
>> Silva (PSB), que até pouco tempo aparecia à frente de Aécio nas
>> pesquisas de intenção de voto, viria em terceiro, com 22% dos
>> votos válidos.
>>
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