[ABE-L] provocação acadêmica

Filipe Zabala filipezabala em gmail.com
Qua Out 22 22:31:09 -03 2014


Prezados,

Segue um texto sobre o tema.

Abs,
Filipe Zabala

Em 22 de outubro de 2014 19:27, Carlos Alberto de Bragança Pereira <
cpereira em ime.usp.br> escreveu:

>
> Caro amigo Rafa
> O Neale não trabalha como Bayesiano!
> Não entendo muito o que seria empate técnico pois precisaria colocar um
> conjunto de credibilidade para ver se a reta p1=p2 estaria ali por perto.
> Não consigo responder o que você pergunta pois o Neale inclusive fala em
> probabilidade verdadeira do eleitor joão votar no Aédio ou na Dilma.
> Probabilidade não é uma quantidade invisível que está ali colada no
> eleitor.
> Como você bem sabe probabilidades não existe e como você eu nunca falaria
> em estimar probabilidades e sim calcula-las como você bem colocou.
> Um abraço meu caro
> Carlinhos
>
>
>
> 2014-10-22 15:01 GMT-02:00 Raphael Nishimura <raphael_nishimura em yahoo.com.
> br>:
>
> Caro prof. Carlinhos,
>
> É sempre um prazer ouvir (ou ler) o que o senhor tem a dizer sobre
> assuntos tão interessantes como esse! Muito obrigado por enviar o paper
> para a lista. Já tinha ouvido falar sobre esse estudo em ocasiões
> anteriores, mas é ainda mais interessante ler os detalhes dela.
>
> Relacionado a amostragem intencional: assim como o senhor, sempre que
> possível, eu também gosto de trabalhar com amostras balanceadas.
> Recentemente (mas não tão recentemente assim) Deville e Tillé (Biometrika,
> 2004) desenvolveram um método para seleção de amostras balanceadas que pode
> agradar gregos e troianos. Esse método, chamado de método cubo, permite a
> seleção de amostras probabilísticas (com probabilidades de seleção iguais
> ou desiguais) de forma que as estimativas para variáveis auxiliares usadas
> para balanceamento da amostra, quantitativas ou qualitativas, sejam iguais
> ou aproximadamente iguais aos totais populacionais.
>
> Agora eu gostaria de lançar uma outra provocação acadêmica na lista.
> Alguns bayesianos criticam (e com razão, na minha opinião) o chamado
> "empate técnico", como muitas pesquisas de intenção de voto publicam quando
> os intervalos de confiança de cada candidato se sobrepõem, o que pode
> passar a impressão que cada candidato tem a mesma chance de vencer a
> eleição. Como alternativa, alguns recomendam o cálculo da probabilidade de
> cada candidato ganhar a eleição (no caso do 2o turno), usando métodos
> bayesianos, como o Neale vem fazendo no Pollingdata.com.br. Não sei se
> vocês vem acompanhando o site do Neale, mas nesse momento ele apresenta uma
> probabilidade de 51% para o Aécio e 49% para Dilma. Digamos que um dia
> antes do 2o turno cheguemos a 50% para cada candidato. Seria esse o "empate
> técnico" bayesiano?
>
> Um abraço,
> Raphael
>
> --
> Carlos Alberto de Bragança Pereira
> http://www.ime.usp.br/~cpereira
> http://scholar.google.com.br/citations?user=PXX2AygAAAAJ&hl=pt-BR
> Stat Department - Professor & Head
> University of São Paulo
>
>
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Nome: Zabala (2009) - Desempate Tecnico.pdf
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