[ABE-L] Deu na Folha de São Paulo

Hedibert Lopes hedibert em gmail.com
Sex Set 16 09:56:34 -03 2016


Tambem concordo com Pedro e Silvia.  Mesmo porque, nos EUA 4 anos, mesmo
para nossa area (estatistica) tem sido insuficiente para teses
competitivas.  5 anos esta' virando a norma e tambem norma e' fazer 2 anos
pelo menos de pos-doutorado (em outra instituicao de preferencia)
imediatamente apos o doutorado (e nao os sabaticos que pesquisadores
estabelecidos fazem varios anos depois do doutoramento e chamamos
erroneamente, por culpa parcial da CAPES, imagino, de pos-doutoramento!)

Abs,
HEdibert


2016-09-16 9:44 GMT-03:00 <pam em ime.usp.br>:

> Eu também li e concordo  com  a Silvia. Parece que os jornalistas, como
> nossos alunos, não sabem ler e escrever.
>
> Pedro
> Citando Silvia Ferrari <silviaferrari.usp em gmail.com>:
>
> Cribari,
>>
>> Na Folha de 14/09 se lê:
>>
>> *O próprio prazo dos doutorados é um dos problemas que impede a melhoria
>> do
>> trabalho dos pesquisadores em início de carreira, diz ele.*
>>
>> *"Você tem até quatro anos para se doutorar [tempo que, em média, dura uma
>> bolsa de doutorado]. Por quê? No exterior não tem isso –você ganha o grau
>> de doutor quando acaba. A USP tem muitos doutorados por ano, 5 mil.
>> Precisa
>> ser mais exigente".*
>>
>> Por outro lado, no editorial de hoje, escrevem:
>>
>> *Um de seus alvos são as teses de doutorado. O dirigente considera
>> excessivo o prazo de quatro anos das bolsas correspondentes, pois não há
>> incentivo para completar o trabalho em menos tempo.*
>>
>> Não será que o Goldemberg quis dizer que o prazo de 4 anos poderia ser
>> insuficiente (e não excessivo) para completar uma tese de doutorado de boa
>> qualidade?
>>
>>
>> Silvia
>>
>>
>> PS. Segue link para a matéria publicada em 14/09:
>>
>> http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2016/09/1813080-ciencia
>> -tem-que-ter-criterios-mais-rigidos-diz-presidente-da-fapesp.shtml
>>
>> 2016-09-16 7:05 GMT-03:00 Francisco Cribari <cribari em de.ufpe.br>:
>>
>> Folha de São Paulo, 16 de setembro de 2016 - EDITORIAL
>>>
>>> EDITORIAL
>>> Ciência de resultados
>>>
>>> O físico José Goldemberg, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do
>>> Estado de São Paulo (Fapesp), muito tem contribuído para a ciência
>>> brasileira, tanto por sua produção especializada quanto pela franqueza de
>>> seus diagnósticos sobre o setor.
>>>
>>> Nos anos 1980, quando foi reitor da USP, deu curso a processos de
>>> avaliação hoje corriqueiros, mas que na época enfrentavam resistência
>>> —como
>>> no episódio da publicação, por esta Folha, da célebre "lista dos
>>> improdutivos", em 1988.
>>>
>>> Consolidou-se, então, a noção de que o financiamento da pesquisa com
>>> recursos públicos deve guiar-se por parâmetros de mérito e desempenho. A
>>> Fapesp, nesse processo, ocupou uma posição exemplar.
>>>
>>> Hoje na presidência da fundação, Goldemberg mostra preocupação com o
>>> estado da pesquisa. Em entrevista à *Folha* publicada na quarta-feira
>>> (14)
>>> <http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2016/09/1813080-cienci
>>> a-tem-que-ter-criterios-mais-rigidos-diz-presidente-da-fapesp.shtml>,
>>>
>>> o físico atenta para a necessidade de tornar mais rígidos os critérios de
>>> avaliação.
>>>
>>> Um de seus alvos são as teses de doutorado. O dirigente considera
>>> excessivo o prazo de quatro anos das bolsas correspondentes, pois não há
>>> incentivo para completar o trabalho em menos tempo.
>>>
>>> Ademais, a existência em instituições como a USP de apenas dois conceitos
>>> —aprovado ou reprovado— e de relações pessoais entre avaliadores e
>>> avaliados na banca examinadora tende à chancela de todas as pesquisas,
>>> mesmo das que não são merecedoras.
>>>
>>> Não espanta, assim, que a produção científica brasileira tenha baixo
>>> impacto internacional. Os 639,5 mil estudos nacionais publicados em
>>> periódicos de renome de 1996 a 2015 angariaram em média 8,96 citações por
>>> artigo (contra as 21,66 de uma potência como os EUA, com seus 8,45
>>> milhões
>>> de trabalhos no período).
>>>
>>> O Brasil tem relativamente poucos pesquisadores, 698 por milhão de
>>> habitantes —nos EUA são 4.018 por milhão. Investe, contudo, 1,2% de seu
>>> PIB
>>> em pesquisa.
>>>
>>> É o maior percentual na América Latina, cifra igual à da Espanha, com
>>> suas
>>> 14,16 citações por artigo, e o triplo do que despende o Chile (0,4%), que
>>> consegue média de 11,82 menções por trabalho.
>>>
>>> A ciência brasileira não faz má figura no panorama internacional, mas
>>> deveria entregar resultado mais condizente com a parcela da riqueza que
>>> consome.
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
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>>> abe em lists.ime.usp.br
>>> https://lists.ime.usp.br/listinfo/abe
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Hedibert Freitas Lopes, PhD
Professor of Statistics and Econometrics
INSPER - Institute of Education and Research
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Phone: +55 11 4504-2343
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